sábado, 7 de maio de 2016

A PREEXISTÊNCIA DO FILHO DE DEUS

A PREEXISTÊNCIA DO FILHO DE DEUS

De Volta à Doutrina Apostólica

INTRODUÇÃO

Algum tempo atrás nós ministramos um tema intitulado “A Mensagem de William Branham Versus Teorias Unicistas”, onde mostramos algumas das diferenças entre a mensagem do irmão Branham com relação ao que é ensinado pelos grupos denominacionais unicistas. O irmão Branham não concordava com inúmeras de suas proposições, de tal maneira que é possível facilmente fazermos uma lista comparativa entre a doutrina unicista e o seu próprio ensino. Ao obtermos uma distinção clara entre as duas doutrinas, verificamos que o irmão Branham realmente não poderia ser um unicista como ele mesmo afirmou inúmeras vezes. No entanto, pesa contra os inúmeros crentes da mensagem de William Branham, a incoerência de afirmarem crer em sua doutrina ao mesmo tempo em que defendem os mesmos pressupostos unicistas, que são diametralmente contrários a tudo que o profeta ensinou e defendeu. Destarte, mal sabem eles que são unicistas, embora não admitam.

Um tema que o irmão Branham defendia em seus sermões – o que nos prova mais uma vez que ele não era um unicista, tendo em vista que os unicistas denominacionais combatem isso obstinadamente – é sobre a preexistência do Filho de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo. E pelo fato dos crentes da mensagem de William Branham ser simpatizantes do unicismo denominacional, tal tema também é muito combatido por eles, pois é inadmissível para os tais crer em uma doutrina modalista que faça do Filho o próprio Ser de Deus, e ao mesmo tempo concordar com o irmão Branham sobre o ensino bíblico e apostólico, de que o Filho estava na glória junto ao Seu Pai, atuando como o agente da Sua criação. Portanto, nenhum crente unicista da Mensagem poderá aceitar o ensino de William Branham sobre a preexistência do Filho de Deus. As desculpas criadas por eles são sempre as mesmas: “O irmão Branham deu apenas uma opinião pessoal que depois mostrou estar errada”; “ele não tinha toda a revelação da Deidade quando mencionou tal coisa”; “ele era um trinitário na época”, etc...

William Branham Tinha o “ASSIM DIZ O SENHOR” Sobre a Deidade

Mas para alguém que está realmente disposto a aceitar todo o ensino de William Branham acerca da Deidade, deve considerar cada declaração sua sobre esse assunto, não como uma opinião pessoal, mas como um “ASSIM DIZ O SENHOR”, pois como ele mesmo veio a afirmar, tudo que ele disse com respeito às Escrituras, tratando de dizer exatamente da maneira como foram escritas, nunca precisou passar por um reajuste ou correção, visto que ele apenas se limitou a dizer da maneira como a Bíblia o disse:

Contagem Regressiva (9/09/1962) § 11
Então eu, nestes trinta – por estes TRINTA E DOIS ANOS DE MINISTÉRIO, (Na verdade o irmão Branham iniciou o seu ministério em 1933; sendo assim, naquele ano de 1962, fazia 29 anos que ele estava ministrando. Porém, como o profeta veio a falecer em 1965, isso somou um total de 32 anos de ministério. Sem o irmão Branham saber, ao citar esse número, ele estava profeticamente dizendo o tempo exato que o seu ministério duraria, ou seja, pouco mais de 32 anos. Portanto, o que ele vai dizer agora, serve para todo o tempo em que ele ministrou a Palavra de Deus:) eu tenho tentado ficar fiel à Palavra. Eu não sei de nada que eu alguma vez tivesse que alterar, porque eu somente li isto da Bíblia, DISSE SOMENTE O QUE A BÍBLIA DIZ. E deixo isto ir desta maneira. Então eu não tenho tido que voltar ou reajustar, porque EU SIMPLESMENTE DIGO ISTO DA MANEIRA QUE A BÍBLIA O DIZ.

A Semente Não é Herdeira Com a Palha (18/02/1965) §§ 25-26
Apenas cerca de seis meses depois disso, tive o meu primeiro batismo aqui embaixo no rio, quando a Luz veio bem aqui, na Rua Spring. Muitos de vocês podem querer descer e dar uma olhada nisso, na Rua Spring e na água, à direita na beira do rio. E lá é onde o Anjo do Senhor apareceu em público, em primeiro lugar, e às duas horas, numa tarde. E uma Voz veio disso, e disse: “Como João Batista foi enviado para precursar a primeira vinda de Cristo, tua mensagem precursará a segunda Vinda”. Isto são 30 anos mais tarde, (Na verdade 32 anos) e aqui estou eu ainda, esta noite, proclamando essa Mensagem. E ao redor do mundo Ela foi, e eu estou feliz por estar de volta à minha cidade natal, esta noite, para representar este Senhor Jesus Cristo, que eu ainda amo de todo meu coração. Cada dia Ele cresce ainda mais doce do que Ele era no dia anterior. Eu nunca mudei nenhum iota (ou seja, nem um pouquinho, nenhuma parte) em minha Doutrina. A primeira coisa com que eu comecei, (Há 32 anos atrás) eu ainda creio na mesma coisa esta noite. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Agora eu tenho uma mensagem pela qual eu sou responsável.

Não há dois caminhos para isso. Ou aceitamos que o irmão Branham foi aqui sincero em suas palavras, ou teremos que admitir que durante os seus mais de 32 anos de ministério, William Branham foi tão somente um ministro esforçado e bem intencionado, porém um homem sinceramente enganado. Portanto diante de tal declaração, nós reafirmamos que tudo que o profeta falou e que foi consubstanciado pelas próprias Escrituras acerca do seu ensino sobre a Divindade é o “ASSIM DIZ O SENHOR”, e não somente uma opinião pessoal equivocada, pois como iremos demonstrar aqui, tudo que ele disse sobre este assunto passou pelo teste da Palavra. Considerando que cada declaração sua fora respaldada pela Bíblia, então não há nada a ser alterado, pois a Bíblia ainda continua sendo a imutável Palavra do Deus Todo-Poderoso.

A Razão do Tema

Como já procuramos deixar muito bem claro em outras publicações, nós não temos a pretensão de fazer pessoas mudarem de ideias e opiniões acerca do que os outros lhes ensinaram, mas apenas ajudar aqueles que ainda querem realmente aprender sobre o assunto. É óbvio que se todos tivessem compreendido o tema em questão, não haveria a necessidade de estarmos aqui comentando sobre isso, porém como foram criadas muitas interpretações pessoais fora do contexto doutrinário para certas declarações feitas pelo irmão Branham, sentimos a necessidade de abordar esse assunto com a maior transparência possível e de forma abrangente, analisando em alguns momentos, até mesmo os argumentos utilizados pelos crentes da Mensagem para contrariar o que o irmão Branham ensinou. Para isso, foi usada a linguagem mais simples possível para não haver qualquer dificuldade sobre os diferentes tópicos aqui apresentados. Como o tema é sobre a preexistência do Filho de Deus, nos esforçamos para nos focar somente nesse assunto em si, tendo em vista que o estudo sobre a Deidade é muito lato e abrange muitas outras questões.

Mas esse pequeno trabalho tem por principal objetivo provar somente duas coisas:

- Não há alterações no ensino de William Branham acerca da Deidade.

- Não há contradições ou quaisquer conflitos em suas declarações acerca da Deidade.

A compreensão e aceitação desses dois fatos são de crucial importância para inutilizar quaisquer arrazoamentos que possam vir a ser feitos, de modo a negar a doutrina ensinada por William Branham.

Um Ensino Progressivo

Qualquer estudante sincero dessa Mensagem, que já usou ou que tem usado com frequência ferramentas de buscas de pesquisas nos sermões de William Branham, (refiro-me somente às ferramentas em inglês, visto que qualquer outra ferramenta de pesquisa de um idioma traduzido existente atualmente, não possui todos os sermões disponíveis para pesquisa, o que limita consideravelmente qualquer leitor, ou mesmo um ministro, a uma compreensão doutrinal mais completa) terá que chegar a insofismável conclusão de que o seu ensino sobre a Deidade progredia com o passar dos anos. Porém, há uma tendência perniciosa e um erro crasso em confundir ou interpretar essa “progressão” com “correção”. Ao longo de seu ministério, o irmão Branham avançava gradualmente na sua exposição doutrinária, assentando aos poucos certos fundamentos para que posteriormente outros mais pudessem ser acrescentados sobre aqueles no decorrer dos anos; porém nada disso alterava o que ele já havia estabelecido anteriormente.

É por essa razão que podemos observá-lo fazer certas afirmações, as quais com o passar do tempo, não as repetirá mais com os mesmos detalhes de antes, até o ponto de não haver mais sequer menção sobre aquilo; isso não acontecia porque ele tivesse abandonado ou corrigido algo que fora dito, mas porque havia uma premente necessidade de se avançar e se aprofundar nas demais questões que surgiam por consequência daqueles mesmos fundamentos já lançados, e, assim, Deus estava com isso, usando o Seu profeta para avançar progressivamente na exposição de Sua Mensagem, ao transmitir para ele aos poucos uma nova porção ou medida de fé, que depois era repassado pelo Seu profeta à igreja. Vemos que foi exatamente dessa maneira que Deus trabalhou em seu ministério ao longo dos anos, soubesse o irmão Branham disso ou não. Portanto, para se obter um entendimento completo sobre o seu ensino, cada estudante deveria iniciar os seus estudos começando a ler desde o sermão mais antigo disponível até o mais recente, pois ao fazer assim, não somente compreenderá mais harmonicamente a sua doutrina, como também perceberá o avanço doutrinário que se seguia com o passar dos anos.

Mas tentar obter uma visão panorâmica de todo o seu ensino, começando por leituras e pesquisas somente dos seus últimos sermões, seria como resolver uma longa equação baseando-se somente nos seus últimos membros, deixando de lado os primeiros, ou tentar compreender toda a história de um livro ou de um filme acompanhando somente as cenas finais. No caso da equação, o desespero será em tentar adivinhar quais seriam as primeiras incógnitas e os seus respectivos valores, arriscando-se em intermináveis deduções evasivas e infrutíferas. E é exatamente esse caminho que muitos acabaram seguindo. Por não possuírem o quadro doutrinário completo, alguns começaram a criar ideias e a forjar suas próprias suposições interpretativas para cobrir certas lacunas, criando dessa maneira fundamentos falsos e hipotéticos. Em consequência disso, ao invés de por à prova aquelas suposições que foram criadas para se corrigir um eventual erro, o que se tentou fazer foi forçar tudo mais a se encaixar àqueles mesmos falsos fundamentos que foram admitidos como certos e irrepreensíveis.

Além daquelas desculpas que já citamos, e que são comumente usadas para justificar a incompreensão de certas afirmações que o profeta fez sobre a Deidade, há uma que é muito aceita por alguns ministérios, de que após a ministração dos Selos, em março de 1963, o irmão Branham teria voltado atrás em muitas declarações feitas acerca da Deidade no passado, e que teriam sido supostamente corrigidas por ele, ou até por Deus, mesmo ele afirmando que durante os seus 32 anos de ministério, nunca precisou corrigir nada daquilo que foi dito da Bíblia. O resultado disso não poderia ser mais desastroso, pois essa interpretação converte William Branham em um profeta que esteve enganado durante 30 longos anos de ministração, e que somente por pouco mais de 2 anos teria falado mais corretamente. Como dissemos, converteram progressão em correção. As pessoas que fazem isso dentro dessa Mensagem possuem o mesmo espírito daqueles que diziam para o profeta que ele estava com a razão somente quando discernia os corações, mas que não tinha o “ASSIM DIZ O SENHOR” quando pregava doutrina. Porém sabemos perfeitamente que tudo isso é uma obra de Satanás, para invalidar o ensino do profeta de Deus e cegar o povo a fim de assentá-lo em fundamentos movediços.

CAPÍTULO 1

Tudo Foi Criado Por Meio do Filho de Deus

Há Escrituras que mostram e falam sobre a preexistência do Filho, como em Colossenses 1:12-17:

Ele (Deus) nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho (Jesus Cristo) do Seu amor, no qual (no Filho) temos a redenção, a remissão dos pecados. Ele (está falando do Filho) é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; (O arianismo ou as testemunhas de Jeová usam essa passagem para sugerir que Paulo está dizendo que Jesus foi a primeira criatura de Deus, a mais perfeita de todas; mas o que Paulo está dizendo aqui é que o Filho foi Quem principiou a criação, porque Ele a antecede. E é disso que ele irá tratar a seguir) pois Nele, (no Filho) foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio Dele e para Ele. (Aqui Paulo não está nos dizendo que o Filho foi a primeira criação de Deus, mas que a criação foi feita por intermédio de Jesus Cristo, o Filho de Deus, e como a criação poderia ter sido feita por meio desse Filho a menos que Ele já existisse antes dela? Então Paulo está nos dizendo que o Filho teve uma preexistência, e é o que ele vai procurar deixar bem claro agora no versículo 17:) Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste.

Quem é esse “Ele”? Jesus, o Filho de Deus. No mesmo versículo 17 pela tradução King James, lemos: Ele existe antes de tudo o que há, e Nele todas as coisas subsistem”. Na tradução católica da Editora Ave Maria diz: Ele existe antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele”. Paulo vai nos dizer também em outra epístola que Jesus nasceu de uma mulher (Gálatas 4:4); porém essa afirmação que ele fez em Gálatas não anula o que ele diz aqui em Colossenses. No entanto, há ministros nessa Mensagem, como veremos mais adiante, que usam essas palavras de Paulo em Gálatas para combater a si mesmo em outras, exatamente como fazem com os sermões de William Branham, onde se usa certas declarações suas para tentar criar forçosamente um conflito e contradição com outras declarações que ele fez.

Esse é um relato de toda a criação física e literal feita por Deus, e não de uma “criação espiritual” supostamente feita somente depois que o Filho tivesse nascido, como alguns querem arrazoar. Ao professar que no Filho todas as coisas foram criadas, Paulo não estaria afirmando com isso que Jesus fosse o próprio Criador. Deus é o criador, mas Deus criou por meio do Seu Filho, fazendo Dele o agente da Sua criação. Então para isso, era necessário que o Filho existisse antes que qualquer outra coisa fosse criada. Em Hebreus 1:2 é dito: “Nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a Quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo Qual também fez o universo.Ou seja, Deus criou todo o universo por meio de Seu Filho.

Paulo reafirma este seu ensino de um Jesus preexistente como agente da criação de Deus, quando diz em Efésios 3:9: E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo.

A palavra “por meio de” vem do grego “dia” que quer dizer “através”, “por causa”, mostrando claramente que o Filho de Deus foi o agente da criação pelo qual Deus fez TODAS as coisas.

CAPÍTULO 2

William Branham Fez Eco às Escrituras

E como cremos que o irmão Branham veio para restaurar um ensino bíblico e apostólico, só o que ele poderia fazer então seria ecoar e repetir o que essas Escrituras nos ensinam, embora alguns tentem ignorá-las por não se encaixar com sua teologia. O irmão Branham disse que o Filho estava com Deus no princípio. O irmão Branham também disse que Deus criou no princípio todas as coisas por meio de Jesus Cristo, o Seu Filho, provando assim que ele cria, desde o início até o fim de seu ministério, nas Escrituras que falavam da preexistência de Jesus Cristo, o Filho de Deus:

Por Que Tinha Que Ser Pastores? (21/12/1964) § 11
Mui santo e gracioso Pai celestial, Deus Todo-Poderoso, Aquele que era desde o princípio, antes que houvesse uma estrela, ou um átomo, ou uma molécula... Tu fizeste todas as coisas por Jesus Cristo, Teu Filho. E tem nos dado todas as coisas gratuitamente Nele.

Esta declaração “antes que houvesse uma estrela, ou um átomo, ou uma molécula” significa “antes que qualquer coisa fosse criada”; antes de qualquer criação, lá estava o Filho de Deus, Jesus Cristo, por meio de Quem Deus fez todas as coisas. Portanto a preexistência do Filho de Deus é anterior a toda a criação. Pela data deste sermão, percebe-se que o profeta nunca voltou atrás neste seu ensino, pois ele só estava dizendo o que a Bíblia diz. Vejamos ainda outros exemplos:

Jesus Sobre a Autoridade da Palavra (17/02/1954) § 67
Oh Deus, que criou os céus e a terra, criou todas as coisas por Jesus Cristo, o Filho de Deus.

O Que For Que Ele Te Disser Faça-O (22/07/1954) § 52
Pai misericordioso, que criou os céus e a terra, que trouxe todas as coisas por Jesus Cristo, Teu Filho, depois traz novamente, saúde, a esta pobre pequena mulher de pé aqui, desesperadamente em necessidade, precisa ter ajuda.

Águas da Separação (6/06/1955) § 54
Oh Deus eterno, que formou os céus e a terra, que fez todas as coisas por Jesus Cristo, a Quem amamos e apreciamos...

Como o Anjo Veio a Mim (09/11/1953) § 73
Senhor Deus, que criou os céus e a terra, fez todas as coisas por Jesus Cristo, que está de pé presente agora para curar o enfermo e o aflito, eu rogo para que Tu cures este homem.

Veja que aqui o irmão Branham ratifica o ensino bíblico da preexistência de Jesus, quando em diversas ocasiões disse que o Filho de Deus já existia antes que os céus e a terra e todas as demais coisas fossem criadas. Como o apóstolo Paulo, o irmão Branham cria então que Deus antes da criação usou o Seu Filho como um agente para por meio Dele fazer todas as coisas.

Quais São as Obras de Deus? (4/04/1959) § 48
Vamos orar. Senhor, grande Deus dos céus e da terra, que fez todas as coisas por Jesus Cristo, Teu Filho, perdoe-nos, oh Senhor, de nossos pecados e de nossas deficiências.

O Profeta Eliseu (23/07/1954) § 73
Mas ó Deus, que fez os céus e a terra, que criou todas as coisas por meio de Cristo Jesus, venho como Teu servo em uma oração de fé por este jovem, sabendo que agora mesmo, ele não pode ter fé para si mesmo por causa de suas condições.

Relato da Viagem à África (14/11/1953) § 80 
Nosso Pai celestial, que conhece todas as coisas, e fez todas as coisas por Jesus Cristo, eu oro para que Tu abençoes esta família, e que eles possam ser curados e ficar sãos para a Tua glória, em Nome de Jesus, eu oro. Amém.

Tempo de Colheita (12/12/1964) § 131
Ele fez todas as coisas por Jesus Cristo, e por Ele, e por Seu próprio agrado.

Vemos mais uma vez de que essa outra declaração de 1964 é uma prova de que o irmão Branham sempre manteve o mesmo ensino ao longo de todo o seu ministério, de que o Filho teve uma preexistência e de que Deus criou todas as coisas por meio de Seu Filho Jesus, usando-Lhe como o agente da Sua criação.

CAPÍTULO 3

O Testemunho de João Batista

O precursor da primeira vinda de Cristo, João Batista, disse igualmente que o Filho de Deus teve uma preexistência:


João 1:29-30
No dia seguinte, viu João, que vinha para ele, e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, (Ele está falando de Jesus, o Filho) que tira o pecado do mundo!”. É este a favor de Quem eu disse (ou seja, do Cordeiro): após mim vem um varão que tem a primazia, (Quer dizer: “Ele terá um ministério muito maior e mais importante do que o meu”) porque já existia antes de mim.

Quem existiu antes de João? Seria algo sem sentido se Ele estivesse se referindo a Deus, porque todos sabem que Deus é antes de todas as coisas, mas aqui João está se referindo ao Cordeiro. João nasceu seis meses antes de Jesus, portanto ele era mais velho que o Filho de Deus na carne; todavia, João disse que mesmo assim o Filho já existia antes dele. Isso não seria possível a menos que João estivesse se referindo à preexistência de Jesus. Apesar de todos os seus esforços, nenhuma das correntes cristãs que rechaçam a preexistência do Filho de Deus soube até hoje contestar a isso.

A palavra “protos” denota “primeiro no tempo ou lugar”. Ou seja, João refere-se a Alguém que já estava à frente dele, por ter chegado ou existido antes. E em outras traduções obtemos o mesmo resultado:

A Bíblia Completa Judaica (Inglês) diz: “Ele existiu antes de mim”.
A Bíblia Ortodoxa Judaica (Inglês) traduziu assim: “Antes que eu viesse a ser, Ele era”.
A Tradução Darby (Inglês): “Ele era antes de mim”.
A New Living Translation (Inglês): “Ele existiu muito antes de mim”.

CAPÍTULO 4

O Testemunho de Jesus

Se não duvidarmos das palavras de Jesus, teremos que admitir que Ele já existia antes da fundação do mundo:

João 6:62
Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava?

Onde Ele estava? Ele vai dizer a você alguns versículos antes:

João 6:38
Porque Eu desci do céu, não para fazer a Minha vontade, mas a vontade Daquele que Me enviou.

Jesus aqui está nos dizendo que Ele estava no Céu antes que Ele nascesse e habitasse em um corpo de carne, e que Ele havia descido do Céu depois que Alguém Lhe enviou, o Qual não foi Ele mesmo, mas Deus foi Quem Lhe enviou. Essa foi uma descida literal de um lugar celestial onde Deus habita e não uma descida no sentido figurado. E veja que Jesus está dizendo que havia mais Alguém com Ele no Céu. O unicista denominacional tentará mudar a Bíblia e dizer a você que o Filho foi enviado por Ele mesmo, porque o Filho seria o próprio Deus e Pai, mas não foi isso que Jesus disse. Por duas vezes Jesus falou que NÃO veio de Si ou por Si mesmo:



João 7:28
E Eu não vim de Mim mesmo, mas Aquele que Me enviou é verdadeiro, O qual vós não conheceis.

João 8:42
Eu saí, e vim de Deus; não vim de Mim mesmo, mas Ele Me enviou.

Então Ele estava lá nos Céus com Deus e Deus O enviou até aqui. Ou seja, Ele está dizendo: “Eu não sou Pai de Mim mesmo, eu não sou Filho de Mim mesmo, Eu não gerei a Mim mesmo, Eu não principiei a Mim mesmo, Eu não sou Deus de Mim mesmo, Eu não enviei a Mim mesmo, Eu não comissionei a Mim mesmo”.

Paulo disse que o Filho de Deus era o Homem que veio do céu:

1 Coríntios 15:47
O primeiro homem, formado da terra, é terreno (esse é Adão); o segundo homem é do céu. (esse é Jesus)

Em João 17:5 Jesus nos dá um entendimento claro sobre o fato de que Ele preexistiu antes da fundação do mundo com o Seu Pai:

E agora glorifica-Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha Contigo antes que o mundo existisse.

Como sabemos, o irmão Branham cria que todas as coisas foram criadas por Deus através do Seu Filho Jesus Cristo, o que demonstra que ele aceitava o ensino bíblico de que o Filho estava com Deus desde antes da fundação do mundo, e igualmente, o irmão Branham cria no testemunho do Filho de Deus em João 17:5 de que Ele já estava com o Pai antes da criação de todas as coisas, gozando de uma comunhão íntima com Deus.

Perguntas e Respostas Sobre Gênesis (29/07/1953) § 31
Agora, Deus Ele mesmo deu à luz a este Filho que era antes que houvesse até mesmo um átomo no – ou ar para fazer um átomo. (Ou seja, Jesus já existia antes de qualquer criação) Este era... Veja, Jesus disse: “Glorifica-Me, Pai, com a glória que Nós tínhamos antes da fundação do mundo”.

Então nós vemos que o irmão Branham declara aqui que, sem sombra de dúvidas, cria que o Filho de Deus preexistiu antes da criação de todas as coisas e que Ele estava na glória com o Seu Pai.

CAPÍTULO 5

O Testemunho Apostólico

O irmão Branham nos disse que quando Deus envia um mensageiro para o Seu povo, este mesmo mensageiro capacita outros ministros para que após a sua partida, possam confessar a mesma mensagem que ele entregou, embora outros não saibam conservá-la da maneira exata como ela foi pregada.



Livro das Eras da Igreja – Era de Esmirna (página 133)
Em cada era temos exatamente o mesmo padrão. É por isso que a luz vem através de algum mensageiro determinado por Deus numa certa área, e em seguida a partir daquele mensageiro a luz se espalha através do ministério de outros que foram fielmente instruídos. Mas é claro que todos aqueles que saem nem sempre aprendem quão necessário é falar SOMENTE o que o mensageiro falou.

Irineu de Lyon (130 – 202), o segundo mensageiro da Igreja, como nos foi ensinado pelo irmão Branham, era discípulo de Policarpo, que por sua vez foi discípulo de João, apóstolo de Jesus. Irineu foi um dos primeiros inclusive a ressaltar a importância de se preservar o ensino apostólico, embora em seus dias esse ensino estivesse comprometido e algo já se havia perdido entre as igrejas. No entanto, Irineu nunca ensinou uma trindade de três pessoas co-iguais na Divindade; isso foi um ensino posterior ao concílio de Nicéia, mais precisamente no concílio de Constantinopla em 381. O irmão Branham disse que o ensino de Irineu estava em conformidade com o ensino original dos apóstolos:

Livro das Eras da Igreja – Era de Esmirna (páginas 92, 93)
Ele militou contra qualquer forma de organização. Além disso, a história de sua vida, na qual ele serviu ao Senhor, foi de muita manifestação no Espírito Santo; e a Palavra era ensinada com incomum clareza e em conformidade com seus preceitos originais. (...) Ele também foi claro quanto à sua compreensão da Divindade. E visto que ele foi discípulo de Policarpo, que por sua vez foi discípulo de São João, podemos saber com certeza que ele tinha um ensinamento tão perfeito quanto possível sobre este assunto.

Assim como o irmão Branham, Irineu também cria na preexistência do Filho de Deus, simplesmente porque foi dessa maneira que ele aprendeu com os demais que lhe antecederam, e consoante a sua própria observação das Escrituras. Portanto, de acordo com as palavras do profeta, esse entendimento estava em conformidade com os preceitos originais dos apóstolos. No entanto, antes que isso fosse adulterado e se tornasse em uma fé da igreja romana com os devidos acréscimos feitos por ela, a crença na preexistência do Filho de Deus, era antes uma fé apostólica crida pelos cristãos primitivos. Irineu disse o seguinte acerca de Jesus:

Epideixis ou Demonstração da Pregação Apostólica (Final do Séc. II) §§ 30, 50
Para Jerusalém foram enviados, por Deus, por meio do Espírito Santo, os profetas que aconselhavam o povo e o convertia ao Deus onipotente de seus pais. Como colunas da revelação de nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, anunciavam que da estirpe de Davi haveria de florescer o Seu Corpo, para que fosse, segundo a carne, filho de Davi - que era filho de Abraão - em razão de uma extensa cadeia de gerações e, segundo o Espírito, Filho de Deus, preexistente com o Pai, gerado antes da fundação do mundo, e aparecido, como homem, ao mundo inteiro nos últimos tempos. (...) Cristo, o Filho de Deus, existente antes do mundo, estava com o Pai e junto ao Pai...

Porém Irineu nunca quis se ocupar em tentar explicar como que o Filho de Deus foi gerado antes da criação. Ao invés disso, usava as palavras da Escritura de Isaías 53:8 a fim de justificar essa sua incapacidade: Sua geração, quem a narrará?. Lembre-se que os mensageiros não eram profetas e isso somente poderia ser feito por meio de um profeta, porque a Palavra sempre vem aos profetas, e, conforme veremos nesse estudo, o irmão Branham tentou fazê-lo.

Devido à exatidão de informações que se obtém ao seguir esse antigo padrão de ensino da igreja primitiva, onde um passa fielmente adiante aquilo que ele recebeu anteriormente por outro, o irmão Branham incentivou que se conservasse esse mesmo padrão de procurar dizer tudo exatamente da mesma maneira como foi ensinado, e Deus através de seu ministério, tem tentado restaurar através da Mensagem do Seu profeta esse mesmo padrão. Por conseguinte, entendendo ou não, aceitando ou não, cada ministro que deseja pregar esta Mensagem, deve tão somente pregá-la da maneira como o mensageiro falou. As intenções de alguém que decididamente escolheu não dizer exatamente tudo da maneira como o mensageiro disse, podem ser as mais nobres possíveis, mas isso apenas fará com que o povo de Deus acabe dando ouvidos a um sonido incerto, pois não estará crendo e nem dando uma confissão perfeita daquilo que foi ensinado. Esse é o problema quando alguém que não aprendeu corretamente a Mensagem resolve pregá-la mesmo assim: ele irá influenciar a outros para da mesma maneira não concordar ou aceitar tudo que o mensageiro disse, inserindo suas próprias ideias.

A Influência de Um Homem Sobre o Outro (13/10/1962) § 72
Faça tudo que você puder pelo Reino; mas jamais insira as suas próprias ideias; diga apenas o que a Mensagem diz e prossiga.

A única maneira, portanto, de assumirmos uma confissão apostólica confiável para os nossos dias, é tentar falar essa Mensagem exatamente da maneira como William Branham a transmitiu, sem negar o que ele falou ou forçar um conflito com ele mesmo por meio de suas próprias declarações.

CAPÍTULO 6

A Interpretação Unicista Para João 17:5

O ministro canadense Terry Sproule, escreveu um maravilhoso livro biográfico falando sobre o ministério profético de William Branham, intitulado “Um Profeta Para os Gentios”. Sproule é um conhecido ministro da Mensagem em seu país; entretanto, embora ele não admita isso em seu livro, ele demonstrou não concordar inteiramente com todo o ensino de William Branham sobre a Deidade. A linha de interpretação pessoal que ele tomou para interpretar a Mensagem do irmão Branham seguiu o mesmo raciocínio denominacional unicista. Ele prova isso em algumas passagens de seu livro quando resolve dar a sua interpretação pessoal para a Escritura de João 17:5, sugerindo que essa fosse a mesma interpretação que William Branham havia dado. Sproule disse o seguinte:

Um Profeta Para os Gentios, página 36
João 17:5: “A glória que Eu tinha Contigo antes de o mundo existir”.
Este versículo da Escritura, quando compreendida à luz da presciência de Deus não pode ser interpretada para significar uma preexistência de um Filho glorificado. Tal interpretação colocaria em contradição todas as outras passagens da Escritura que revelam o Filho em relação ao tempo e a humanidade.
Jesus, no entanto, foi glorificado antes que o mundo existisse, Ele também foi um Cordeiro antes que o mundo existisse, e foi morto antes que o mundo existisse. (Apo 13:8)
Todo o plano da salvação incluindo a obra redentora de Cristo foi estabelecido na mente de Deus desde a eternidade. É desta glorificação pela qual Jesus orou.
Imagine, até mesmo nós como filhos de Deus redimidos já somos glorificados. Observe Romanos 8:29 e 30: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou”.
Somos glorificados porque está estabelecido na mente de Deus que sejamos glorificados. Nós também poderíamos orar como Jesus orou: “Pai, glorifica-me com a glória que eu tinha Contigo antes que o mundo existisse”.

Antes de tudo, é importante que se diga que não somente Sproule, mas quase a totalidade dos ministros da Mensagem adotaram esse mesmo raciocínio. Porque eles fazem do Filho de Deus o mesmo Ser de Deus, eles sabem perfeitamente que não podem aceitar a preexistência de um Ser no passado que tivesse convivido com outro Ser. No entanto, esse caminho que a maioria decidiu seguir, lhes mostrou ser muito espinhoso e traiçoeiro, porque para conservá-lo, eles tiveram que por força de suas inserções pessoais, ignorar inúmeras declarações do profeta de Deus e das próprias Escrituras, sob as mais imagináveis desculpas.

Nenhum unicista denominacional crê na preexistência do Filho de Deus, pois isso é contrário à sua teologia, e uma vez que os crentes da Mensagem aceitaram este mesmo pensamento doutrinário, eles tiveram também que descrer deste ensino de William Branham, não obstante professem segui-lo.

Embora Sproule precisasse negar o ensino de William Branham sobre a preexistência do Filho de Deus por discordar dele, por outro lado percebe-se que ele não tomou aqui um outro arrazoamento que alguns adotaram, como o de afirmar que aquele Filho antes da criação seria apenas um ofício de Deus mesmo que Ele teria supostamente assumido no passado. Sabendo da inconsistência de tal argumento, preferiu apenas alegar que anterior à criação, o Filho estaria apenas na mente de Deus, e que, portanto, não poderia ter existido de fato até o Seu nascimento virginal.

É certo que na dispensação da Filiação Deus fez uso de um ofício de “Filho” para atuar no corpo de Jesus sobre a terra como se Deus mesmo fosse um Filho, porém antes da criação, Deus não atuou como “Filho” em um ofício, mas pelo contrário, no princípio da criação de todas as coisas, o Deus criador atuou em Seu Filho como Deus mesmo, e não como se fosse um outro.

Essa afirmação de que João 17:5 não estaria se referindo à preexistência do Filho porque colocaria em contradição todas as outras Escrituras não procede, pois o que se comprova é exatamente o inverso: negar a preexistência do Filho de Deus é que realmente criaria uma enorme contradição, não somente com as Escrituras, mas também com a própria Mensagem de William Branham. Sproule negou as próprias palavras do profeta vistas há pouco, que disse: Deus mesmo deu à luz a este Filho que era antes que houvesse até mesmo um átomo ou ar para fazer um átomo”. O irmão Branham não estava dizendo que Deus “deu à luz” ao Seu Filho em Sua mente. Ele estava falando de um surgimento literal do Filho antes da criação de todas as coisas.

Portanto a interpretação que Sproule deu cria uma contradição não somente com todas as declarações que Jesus fez, mas também com o próprio testemunho de João Batista, que disse que o Filho já existia antes mesmo que ele, João, havia nascido. Se quando João ao dizer isso, estivesse se referindo que o Filho existia apenas como um atributo na mente de Deus, como ele poderia usar isso para afirmar que o Cordeiro já existia antes dele, se João antes de nascer também já estava nessa mesma mente juntamente com o Cordeiro na forma de um atributo? Como na mente de Deus Jesus poderia ter existido antes de João nascer, se o único lugar onde o mesmo João poderia estar antes de ter nascido seria nessa mesma mente gloriosa onde Jesus também estava? Portanto se antes de João ter existido ele já estava na mesma mente de Deus onde o Filho também Se encontrava, como seria possível que Jesus pudesse existir antes de João nascer?

E quando analisamos as palavras que o Filho de Deus usou para se referir à Sua preexistência, verificamos que não pode haver o menor engano acerca do que Ele disse. Senão vejamos:

 “...com aquela glória que Eu tinha Contigo antes que o mundo existisse”.

Essa palavra “glória” vem do grego “doxazo”, que significa “glorificar”, “honrar”, “louvar”, “exaltar”, “celebrar”, “conferir honras”, “ter em alta-estima”, “tornar excelente”, “tornar renomado”, “tornar a dignidade e o valor de alguém ou de algo manifesto e conhecido”. Então o que Jesus está dizendo aqui é: “Exalte-Me com a mesma exaltação que Eu tinha quando Eu estive Contigo. Que Eu possa ser estimado e honrado agora, com a mesma estima e honra que Eu tive antes no passado. Que Eu possa ser visto por todos agora em honra e louvor como Eu era visto antes junto a Ti”. Quando Paulo disse que Deus glorificou os que Ele de antemão predestinou, salvou e justificou, significa que Ele lhes deu uma posição de honra e de excelência como filhos Seus por conta de suas profissões de fé. Paulo não estava se referindo a uma glorificação anterior ocorrida apenas na mente de Deus.

A expressão “que Eu tive” vem do grego hēi eichon”, que significa “que eu costumava ter”. O Filho sempre esteve com o Seu Pai usufruindo de uma posição única e honrosa como o Seu Filho Unigênito perante os anjos de Deus, e agora Ele queria que os Seus irmãos também participassem disso e conhecessem o amor que o Pai tinha por Ele desde a fundação do mundo, conforme Ele disse em João 17:24:

Pai, aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam Comigo, para que vejam a Minha glória que Me deste; porque Tu Me amaste antes da fundação do mundo.
A palavra “Contigo”, vem do grego “para soi”, que quer dizer “ao lado”. Então Jesus não estava Se referindo em estar dentro de uma “mente honrada, louvável e renomada”, mas “ao lado” de Deus, Seu Pai.

Em uma outra parte de seu livro, Sproule vai contrariar o ensino bíblico de Paulo sobre a preexistência de Jesus, usando outras palavras desse mesmo apóstolo para criar um conflito não somente com ele mesmo e com a sua doutrina, mas com toda a Bíblia, ao sugerir que o Filho veio à existência pela primeira vez somente quando nasceu da virgem Maria. Sproule diz:

Onde e quando este Filho de Deus veio à existência? Observe as palavras de Paulo aos Gálatas como ele descreve este Filho dos filhos: Gálatas 4:4 “Deus enviou o Seu Filho, nascido de mulher”. Desta forma o Filho de Deus nasceu de uma mulher. Não falhe em ver a Sua humanidade.

O que Sproule fez com essa sua declaração foi negar as próprias palavras de Paulo em Colossenses 1:12-17. E essa prática viciosa de colocar as Escrituras em conflito com elas mesmas, se repete também com os sermões do irmão Branham, onde se procura anular uma declaração sua com alguma outra que ele tenha feito, sob a alegação de que uma delas estava incorreta, pondo em dúvida aquilo que o profeta falou e criando assim uma desinformação. E sabemos que foi exatamente isso que a serpente fez no Éden, onde a fim de enganar a mulher criou uma desinformação, fazendo com que ela duvidasse da Palavra de Deus: “É verdade que Deus disse: ‘Não comereis de toda a árvore do jardim’? Porém isso não é verdade. Isso foi um erro, uma contradição.” E assim, se algum ministro dessa Mensagem refutar o ensino do irmão Branham, que só o que procurou fazer em seu ministério foi repetir o que a Bíblia diz, ele terá que por consequência refutar a própria Bíblia, exatamente como Sproule e tantos outros optaram por fazer.

CAPÍTULO 7

Todo o Plano da Redenção Já Estava na Mente de Deus

Antes da queda do homem, Deus já possuía em Sua mente eterna um meio para resgatar o homem decaído. Deus, o auto-existente, ocupava todo o espaço de eternidade a eternidade. Deus estava só. Então antes da fundação do mundo, Deus determinou em Sua mente sacrificar um Filho Unigênito que algum dia Ele enviaria para resgatar a raça humana, ou mais precisamente, aqueles que de antemão Deus conheceu e elegeu em Seu Filho Cristo Jesus. Esse plano da redenção, portanto, já foi estabelecido por Deus antes mesmo que o Seu Filho existisse.

Apocalipse 13:8
E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

1 Pedro 1:18-20
Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o Qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós.

Usando as mesmas palavras da Bíblia, o irmão Branham ensinava que Deus matou o Seu Cordeiro em Sua mente antes da fundação do mundo.

A Aliança da Graça de Abraão (17/03/1961) § 70
Quando foi que o Cordeiro foi morto? Dois mil anos atrás no Calvário? Não aos olhos de Deus. Ele era o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Quando Deus viu o... o que Satanás havia feito, Seu programa foi estabelecido, e Ele sabia que Ele enviaria o Seu Filho, e Ele seria uma Propiciação pelos nossos pecados. E na mente do Senhor, para conquistar, e ...?... Seu povo, Ele matou o Cordeiro em Sua própria mente, antes da fundação do mundo e colocou o teu nome no Livro como redimido. Glória! Isso é o que Ele fez. Deus fez isso. Então do que estamos com medo? Não “Se você tiver...”; “Eu tenho”.


Queríamos Ver a Jesus (12/07/1962) § 37
Agora você diz, você pode... eu... Cada homem procure sua própria salvação com temor e tremor. Eu espero que o meu nome esteja no meio disso. Mas se estivesse, o meu nome alguma vez no Livro da Vida, ele foi colocado lá antes da fundação do mundo, quando o Cordeiro foi morto por mim no pensamento de Deus. Ele é infinito... Cristo veio para resgatar os que Deus previu e pré-conheceu que viriam a Ele.

Quem é Este Melquisedeque? (21/02/1965) § 53
Antes que Jesus nascesse, quatro mil anos antes que Ele viesse à terra, e vários milhares de anos antes de você vir à terra, Jesus, na mente de Deus, morreu pelos pecados do mundo, e o Livro da Vida foi feito; e o seu nome foi colocado naquele Livro da Vida antes da fundação do mundo. Essa é a Verdade da Bíblia. Veja, seu nome foi ordenado por Deus e colocado no Livro da Vida antes da fundação do mundo.

Hebreus Capítulo Sete nº. 1 (15/09/1957) § 204
Onde Jesus foi morto? No Calvário? Não senhor. Jesus foi morto antes da fundação do mundo. “Eis o Cordeiro de Deus que foi morto antes da fundação do mundo”. Deus, no princípio, quando Ele viu o pecado, Ele viu o que estava para acontecer, Ele falou a Palavra. E Jesus foi morto antes da fundação do mundo. E cada pessoa que foi salva, foi salva, de acordo com a Bíblia, quando o Cordeiro foi morto na mente de Deus antes da fundação do mundo; você estava incluído na salvação então.

A morte do Cordeiro antes da fundação do mundo não foi literal, pois isso só ocorreria quando o próprio Cordeiro estivesse sobre a terra, mas para o irmão Branham isso já estava estabelecido há muito tempo. Então nós verificamos que Deus tem os Seus planos eternos e a morte do Filho foi um plano já estabelecido em Sua mente, que só se cumpriria depois que o Filho nascesse da virgem Maria. Porém nenhuma dessas declarações que o irmão Branham fazia deve ser usada para negar o seu ensino da preexistência do Filho de Deus, como Sproule e outros fazem. Dizer que primeiramente o Filho estava na mente de Deus e que nessa mente Ele foi potencialmente morto, não nega o fato de que esse mesmo Cordeiro preexistiu. Primeiro Deus planejou e pensou, e depois que Ele falou a Palavra o Seu Filho veio à existência, e tudo isso ocorreu ainda antes que qualquer outra criação fosse feita. Portanto uma declaração não pode ser usada para combater ou anular a outra.

O irmão Branham ensinava que o Filho foi tanto morto na mente de Deus, como também dizia que esse mesmo Filho estava com Deus antes do mundo existir.

Plantando a Vinha e Onde Plantá-la (20/09/1959) § 81
Seus ramos, Sua conexão, Suas raízes, Seu início era Deus. Ele era o Cordeiro morto antes da fundação do mundo. Antes que houvesse um mundo, Ele estava com Deus. Ele era a Raiz e a Geração de Davi, a Estrela da Manhã, o Lírio do Vale.

Veja que aqui o irmão Branham uniu as duas declarações, porém elas possuem significados distintos. Dizer, portanto, que o Cordeiro foi morto na mente de Deus não significa que esse Cordeiro ou o Filho de Deus não possuísse uma existência literal antes da criação. Muitos tentam usar então essas declarações do profeta de um “cordeiro morto na mente de Deus” para defender a ideia de que o Filho não preexistiu, mas que estaria apenas nos planos de Deus de existir algum dia. Porém como veremos, não foi exatamente assim que as Escrituras e o irmão Branham ensinavam.

CAPÍTULO 8

O Filho Estava Com Deus Desde Antes da Fundação do Mundo

O irmão Branham cria, juntamente com os apóstolos, de que o Filho de Deus já preexistia com o Seu Pai nos Céus e estava em comunhão com Ele desde antes da fundação do mundo:

Senhores, Queríamos Ver a Jesus (11/12/1957) § 22
Então tudo vem pelo Espírito, mas Jesus nasceu de uma virgem, a fim de primeiro tabernacular o Espírito Santo de Deus para Se manifestar ao povo; e Ele deu a Sua vida, um sacrifício voluntário para que através de Sua justiça, nós os injustos pudéssemos ter o direito de vir para a comunhão assim como Ele tinha com o Pai desde antes da fundação do mundo. Se isso não é graça e glória o que Ele fez por nós.

Jesus não possuía uma espécie de “comunhão mental” com o Seu Pai antes da fundação do mundo, mas uma comunhão pessoal e real, e é essa mesma comunhão que nós temos agora com Deus graças ao sacrifício do Cordeiro. Nós não temos uma comunhão mental com Deus, porque não foi esse tipo de comunhão que ambos tiveram no passado.

O Cristo Indesejado (11/09/1955) § 45
Eles disseram: “Bem, e aquela foto do Anjo do Senhor, que você tem na plataforma por lá”, disseram, “do que se trata aquilo?” Eu disse: “Aquilo é a prova, a prova científica, de que Jesus Cristo ainda vive e reina”. Eu disse: “Aquela é a mesma Coluna de Fogo, ou Luz, que seguiu os filhos de Israel, e os trouxe através do deserto, e os levou para a terra prometida. E qualquer leitor sabe que aquele era o Anjo do Pacto, que era Jesus Cristo”. E eu disse: “Ele estava com o Pai antes da fundação do mundo. Ele sempre esteve. E Ele é o mesmo hoje”.

Jesus Cristo é o Mesmo Ontem, Hoje e Eternamente (25/02/1956) § 17
Eu quero saber esta noite antes de eu começar. Quantos aqui realmente creem na Bíblia, que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos, vamos ver suas mãos, você crê? Tudo bem. Se Ele ressuscitou dentre os mortos, então Ele tem que ser o mesmo ontem, hoje e eternamente, não é mesmo? Então Ele tem que ser o mesmo em princípio, o mesmo em poder, e tudo o que Ele era, do lado de fora de um – de um – um corpo físico, Ele é esta noite. Você não crê isso? E Ele veio de Deus. Ele esteve aqui na terra. E Ele veio do Espírito. Ele estava com o Pai antes da fundação do mundo. E Ele era o Logos que saiu de Deus.

Hebreus Capítulo Quatro (01/09/1957) § 6
E nós verificamos que Ele era Aquele que estava na sarça ardente. Nós verificamos que Ele era Aquele que estava com Deus antes da fundação do mundo. E nós verificamos que, no Novo Testamento, Ele era Deus e Homem, juntos. E depois quando Ele deixou o Novo Testamento para ir para o Céu, Ele disse: “Eu vim de Deus e volto para Deus”.

Perseverante (19/07/1962) § 42
Jesus Cristo era o Filho de Deus de todos os modos antes da fundação do mundo. Você crê nisso?



Não Temas (07/06/1963) § 18
Jesus Cristo era o Filho de Deus, antes da fundação do mundo. Ele era a Semente da mulher que havia de esmagar a cabeça da serpente. Certamente.

Veja, portanto, que existe uma diferença nítida entre as declarações que o irmão Branham usava como o Cordeiro que “foi morto na mente de Deus antes da fundação do mundo” para a outra onde ele diz que o Cordeiro “estava com Deus antes da fundação do mundo”. São duas afirmações distintas, com significados distintos e que juntas se completam, mas uma não se opõe ou combate a outra. Por dizer que o Cordeiro foi morto na mente de Deus, não significa que o profeta negava ou se contradizia quando ao mesmo tempo afirmava que o Cordeiro ou o Filho estava com o Seu Pai antes de o mundo ser criado. Entretanto, por alguns não compreenderem ou aceitar a preexistência do Filho de Deus, usam então uma declaração do profeta para negar outra.

Dizer que antes da criação do mundo o Filho existia apenas na mente de Deus, seria ignorar todo o ensino do irmão Branham sobre o fato de o Filho ser a Palavra expressada de Deus, onde segundo ele, palavra é um pensamento expressado.

A Base Fundamental Para a Fé (13/01/1955) § 14
O Pai e Sua Palavra são inseparáveis. Porque a Palavra é o Seu Filho... “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. E a Palavra se fez carne e habitou entre nós”. Deus e Sua Palavra são inseparáveis... Mas o que é a Palavra? Uma palavra é um pensamento manifestado, um pensamento expressado. Deus no princípio teve um pensamento e falou; e aquele pensamento se tornou uma palavra e a palavra se materializou.

Se a Palavra é o Filho de Deus, e a Palavra era um pensamento que estava na Sua mente que depois se materializou quando foi falado e expressado, então o irmão Branham está nos dizendo que o Filho foi gerado dessa forma. Antes de existir, o Filho era apenas um pensamento na mente de Deus, mas que depois foi expressado na forma de Palavra falada. Aí então esse Filho apareceu ou Se materializou em um corpo teofânico ou corpo-Palavra. Porém tudo isso foi antes da criação. O irmão Branham está falando da preexistência do Filho. Isso é um golpe muito duro para os ministros unicistas da Mensagem que afirmam que antes da criação o Filho só existia na mente de Deus, e que Ele só veio a existir quando nasceu da virgem Maria. Essa interpretação unicista se mostra estar totalmente errada, pois quando o Filho Se tornou a Palavra, que é um pensamento expressado, então Ele já não era mais um pensamento na mente de Deus, pois já existia de fato. Porém esse Filho Palavra só poderia ser Deus por estar manifestando tudo o que Deus era, porque Deus mesmo não é um pensamento expressado. O Filho foi pensado e falado, ou seja, teve um princípio, mas ninguém pensou e falou Deus, porque Deus não estava na mente de ninguém, pois Ele é eterno. Porém o Filho esteve em Sua mente na forma de um pensamento, até sair dessa mente para se tornar uma Palavra, ou seja, um pensamento expressado. Daí em diante você não pode mais dizer que o Filho estava apenas na mente de Deus, pois agora já existia.

CAPÍTULO 9

O Filho Estava na Forma de Deus

Embora o apóstolo Paulo não nos desse muitos detalhes, ele disse que o Filho antes de assumir uma forma humana, estava na forma de Deus:

Filipenses 2:5-7
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus (do grego “morphe”, que quer dizer “aparência externa”, “a forma pela qual alguém é vista pela visão”. Isso quer dizer que o Filho estava em uma forma visível de Deus, portanto Ele não estava dentro da mente de Deus, mas Ele estava lá como um Ser em uma forma ou corpo espiritual), não julgou como usurpação o ser igual a Deus; (do grego isos”, que significa “a ideia de parecer igual em quantidade e qualidade”; “igualdade”; “semelhante”; “equitativo”. Portanto o Filho estava em uma forma espiritual idêntica e semelhante ao Ser de Deus) antes, a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana.

O que Paulo então está dizendo a você aqui é de que antes que Cristo assumisse a forma de um corpo de carne na terra, Ele já existia antes da criação em uma forma espiritual muito semelhante ou idêntica a de Seu Pai. Embora o apóstolo Paulo não pudesse nos dar maiores detalhes de como era exatamente essa forma que o Filho possuía antes da fundação do mundo, o irmão Branham tentará explicar para você que forma era essa:

Hebreus Capítulo Um (21/08/1957) § 129
Esta Grande Fonte do Espírito, que não teve princípio nem fim. Este Grande Espírito começou a formar, na criação, e o Logos que saiu disto era o Filho de Deus. Era a única forma visível que o Espírito tinha. E era uma teofania, que significa um corpo, e o corpo era como de um homem.

Este Logos que saiu de Deus era o Seu Filho que teve um princípio antes mesmo da criação de todas as coisas. O Filho estava em um corpo celestial, um corpo Palavra ou teofânico que permitia, como disse o irmão Branham, o Espírito de Deus tornar-Se visível, embora isso fosse em uma dimensão ainda invisível aos olhos humanos. Era nessa “forma de Deus” que o Filho Se encontrava antes de assumir uma forma carnal.

CAPÍTULO 10

O Logos Que Saiu de Deus Antes da Criação

O que passaremos a conferir a seguir, são as explicações do irmão Branham sobre de que maneira o Filho de Deus veio à existência de modo a estar com o Seu Pai antes da fundação do mundo. Deus nessa ocasião, não estava Se manifestando em um ofício chamado “Filho”, mas em um Ser, o Logos que saiu de Deus, que possuía todas as Suas características. Embora o irmão Branham usasse em algum momento uma linguagem alegórica a fim de ilustrar certos eventos, nada do que ele irá relatar aqui foram coisas que haviam se passado apenas na mente de Deus; antes, cada relato representa um esforço seu de narrar eventos reais a fim de compreendermos o que as Escrituras ensinavam a esse respeito.

Atitude e Quem é Deus? (15/08/1950) § 16
Então Ele primeiro foi Deus, Jeová, e Dele... Vamos somente retratar agora como um pequeno drama para que você possa entender isto. Vamos ver surgindo do espaço onde nada existe, (Nenhuma criação fora feita ainda) vamos fazer disso uma pequena Luz branca, como uma Luz mística, como um Halo. E esse era o Logos que saiu de Deus no princípio. Esse era o Filho de Deus que saiu do seio do Pai. Esse era o que estava no princípio que era a Palavra, e a Palavra estava com Deus e a Palavra era Deus. E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. No princípio era Deus. (Deus habitava só. O auto-existente) E então de Deus veio o Logos, uma parte de Deus que saiu de Deus.

Vida (02/06/1957) § 58
Vamos fechar nossos olhos para a nossa imaginação por alguns momentos e irmos lá atrás para o – antes que houvesse qualquer coisa. A grande Fonte de toda a eternidade era aquele espírito de amor, de alegria, aquele espírito de honestidade, aquele espírito de veracidade nesta perfeição. E então da existência do Pai saiu o Logos, que era o Filho, que era a teofania, que era o corpo do grande Deus Jeová que saiu em um corpo celestial. Esse é o Logos. A Palavra falou daquelas grandes fontes da vida e saiu. E lá estava a teofania, que era Deus feito em Palavra.

Deus não era aquele corpo teofânico, mas Ele Se manifestou de forma visível nesse corpo que era do Seu Filho.

A Crueldade do Pecado (03/04/1953) §§ 39-42
Agora desejo esboçar apenas um pequeno quadro para vocês, falando agora. Vamos todos nós fazer uma pequena viagem, esta noite, em uma pequena nave, e vamos... uma pequena espaçonave, ou aeronave. Vamos voltar a cem milhões de anos antes do mundo existir, antes mesmo de haver uma estrela ou qualquer coisa, e ali não se pode ver nada a não ser o espaço. E todo aquele espaço era Deus. No princípio era Deus. E agora nós observaremos vir à existência uma pequena Luz branca. Nós a chamaremos, como, um Halo. E aquilo era o Filho de Deus, o Logos que saiu de Deus, no princípio. E então como que Ele estava ali; e Ele, em Sua mente, Ele começou a pensar de como o mundo seria, e esboçou todo este quadro em Sua mente. E Ele disse: “Haja luz”. E um átomo se partiu e começou a se desprender, e o atômico explodiu, a primeira explosão atômica.

Mais uma vez o irmão Branham está afirmando que o Filho de Deus foi gerado antes que qualquer criação existisse, fazendo Dele um Ser preexistente a tudo que fora criado. Veja também que algumas vezes para criar uma ilustração clara de que o Logos que saiu de Deus era o Seu Filho, o irmão Branham comparava Jesus como uma criança brincando em frente à casa de seu pai. Nenhuma afirmação dessa natureza poderia ter sido feita por ele, se pensasse que tudo isso se passava apenas na mente de Deus.

A Ressurreição de Lázaro (29/07/1951) §§ 31-32
Deus é como o ar. Ele preenche todo o universo... [Espaço vazio na fita – Ed.] ...Seu Filho. Filho tem que nascer de algo. Então o Logos, que era o Filho de Deus que saiu de Deus, que pairou sobre a terra... Agora, vamos imaginar esse quadro assim como sendo um halo branco vindo desse espaço. Esse era o Filho de Deus, o Logos. E lá estava Ele no espaço movendo-Se, como uma pequena criança brincando diante da porta de seu pai. E Ele esboçou em Sua mente o que deve de ser. E eu posso ouvi-Lo olhar ao redor e dizer, não havia nada em lugar nenhum(Nenhuma criação havia sido feita ainda) apenas a vastidão do espaço. O Pai cobria todo o espaço. E então este Deus Se tornou corporizado no Logos. Posso ouvi-Lo dizer: “Haja luz”. E um átomo explodiu ali e o sol veio à existência, Deidade.

A Deidade criando todas as coisas por meio do Seu Filho Jesus Cristo. O que o irmão Branham está nos ensinando aqui com detalhes é que, em um dado momento, após o Filho ter sido gerado, Deus então entrou neste corpo espiritual feito para este Filho a fim de criar todas as coisas por intermédio Dele.

A Coluna de Fogo (09/05/1953) § 15
E agora, a Bíblia nos ensina que o Logos saiu de Deus, ou eu poderia dizer, tudo de – Deus tornando-Se na Sua primeira forma de corpo quando o Logos saiu de Deus. Vamos ver como Isso se parecia. Ninguém viu o Pai em tempo algum, em lugar nenhum, nunca viu e nunca verá. Mas então o Logos que saiu Dele torna-Se como um pequeno halo de Luz. Vamos vê-Lo brincando por lá, como uma criança em frente à porta do pai. (Está falando do Filho de Deus) E agora, posso vê-Lo como Ele Se move por aqui, e Ele esboça em Sua – Sua memória ou Sua mente uma imagem do que o mundo deveria ser. Agora, não há nenhuma estrela ou nada. (Nenhuma criação) Eu O ouço dizer: “Haja”. E um átomo rompeu além.

Eu Vos Restaurarei, Diz o Senhor (09/08/1954) § 12
Quando Deus, lá atrás antes que houvesse uma estrela no céu, antes que houvesse até mesmo a luz nos céus (Isso é tão distante quanto a nossa pequena mente pode tomá-la), Deus estava lá. Todo aquele grande espaço de eternidade a eternidade, Deus estava assentado lá na eternidade. Então de Deus saiu o Logos, o que diríamos, como uma pequena Luz sagrada que saiu daquela escuridão, ou daquela eternidade, como uma criança brincando em frente da casa do pai. E em Sua mente infinita Ele tinha a cena do que seria no final desde o início em que Ele estava então. E Ele... Então Ele falou e disse: “Haja”. E um átomo se dividiu além no céu em algum lugar, e o sol veio à existência.

Atitude e Quem é Deus? (15/08/1950) § 17
E ali... Agora, veja, este é apenas como uma criança brincando em frente à porta. Era o Filho de Deus, o Logos. E eu posso vê-Lo ali fora, e Ele falou e disse: “Haja luz”. E nada existia. E ali algo estava acontecendo, e um átomo virou ali e começou a girar em volta dessa maneira. O sol começa a vir à existência, porque Ele disse: “Haja”. Ali está a autoridade. De onde Ele criou isto? Eu não sei. Nada havia disso para criar. Porém Ele creu em Sua própria Palavra, e houve luz.

Hebreus Capítulo Um (21/08/1957) §§ 126, 128-129
Poderia você imaginar antes mesmo de haver a terra, antes de haver luz, antes de haver estrela, antes de haver nada? Há uma grande Fonte fluindo do Espírito, e desta Fonte veio o mais puro amor; porque não havia nada para vir dali exceto o amor... Aquilo era Jeová! Aquilo era o Deus Jeová. E agora, como os teólogos chamam isto, uma teofania saiu Daquilo, o qual foi chamado nas Escrituras de o “Logos”, o Logos que saiu de Deus. É difícil de explicar, mas Isto era uma parte de Deus. Agora, aqui está o que aconteceu. Oh, perdoe-me. Eu – eu – eu simplesmente entrei nisto, isto simplesmente me leva bem onde eu amo isto. Vê? O Logos, e esta grande Fonte, esta grande Fonte do Espírito que não tinha nenhum princípio ou nenhum fim (Está falando de Deus); este grande Espírito começou a formar, na criação, e o Logos que saiu Disto era o Filho de Deus. Era a única forma visível que o Espírito tinha. E Isto era uma teofania, que significa um corpo, e o corpo era como de um homem.

Preparação (11/11/1953) § 23
Vamos dar e fazer uma pequena viagem mental esta noite, você e eu. E vamos voltar antes do – que houvesse até mesmo uma estrela no céu, antes que houvesse qualquer coisa. (Ou seja, antes que qualquer criação fosse feita) Sentado lá atrás na eternidade, Aquele era Deus. E depois ao sair de Deus, ou Deus Se desvelando, vem o Logos, que era o Filho de Deus ou a Palavra de Deus. “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. E a Palavra se fez carne e habitou entre nós”, o Logos. Agora observe, estamos vendo Deus Se desvelando. Depois Ele disse em Gênesis: “Façamos o homem à Nossa imagem”. Que tipo de homem ele era? Ele tinha que ser um homem espírito.

O irmão Branham nos ensinava com essas suas palavras de “Deus desvelando a Si mesmo” que o Filho, tanto na Sua forma teofânica de Logos como na Sua forma humana posterior, era uma imagem expressa da Pessoa e do Ser de Deus, onde Deus mesmo podia Se revelar e tornar-Se conhecido a todos. Deus antes da criação estava em uma forma teofânica, que era o corpo celestial dado ao Seu Filho e que ao mesmo tempo era também o Seu próprio corpo.

Perguntas e Respostas Sobre Hebreus nº. 2 (02/10/1957) § 385
Em primeiro lugar, quando Deus, o Logos que saiu de Deus... Ou, como tenho passado por isto, os católicos chamam Isto de “a filiação eterna de Deus”. ...Que como eu disse antes, a palavra nem sequer faz sentido. Veja, não pode haver um filho eterno, porque um filho teve que ter um princípio. E então Jesus teve um princípio; Deus não teve princípio. Vê? Mas o Filho era o... Não filiação eterna, mas o Filho que estava com o Pai no princípio era o Logos que saiu de Deus. E era a Teofania de Deus que saiu, a forma humana que não tinha olhos como você vê: um olho melhor. Não tinha ouvidos como você ouve, mas uma audição melhor. Vê? Isso era uma Teofania.

Hebreus Capítulo Dois nº. 3 (28/08/1957) § 278
E agora o Logos que saiu de Deus, que era o – o Logos, tudo isso começa a se formar em uma – uma forma de corpo. E esta forma de corpo foi chamada, nos ensinamentos dos estudiosos, de Logos, o Logos que saiu de Deus. Em outras palavras, uma – uma palavra melhor para isso era o que chamamos de uma teofania. (Teofania é um corpo humano que é glorificado). Não exatamente com carne e sangue como ele estará em seu estado glorificado, mas é de uma forma de um corpo humano que não come, nem bebe, mas é – é um corpo, um corpo que está esperando por nós assim que deixarmos este. Agora, lá, nós entramos nesse corpo. E esse é o tipo de corpo em que Deus estava, pois Ele disse: “Façamos o homem à Nossa própria imagem e à Nossa semelhança”.

O irmão Branham também ensinava que o Filho que era o Logos que saiu do seio do Pai no princípio era uma parte de Deus, uma vez que Ele levava Consigo todas as características de Seu Pai, refletindo o próprio Ser de Deus para onde quer que Ele fosse.

A Cortina do Tempo (02/03/1955) § 18
Veja como Deus, no princípio, cobria todo o espaço lá e o tempo e de Deus veio o Logos que saiu de Deus, que era uma parte de Deus.

A Aliança de Deus Com Abraão e Sua Descendência (23/02/1956) § 35
Agora, Ele foi Aquele lá atrás no seio do Pai, o Logos que saiu de Deus. “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. E a Palavra se fez carne e habitou entre nós”.

A Personificação do Cristianismo (27/01/1957) § 54
Lá atrás no princípio, quando Deus enviou o Logos, que era o Filho de Deus desde o seio do Pai, Ele começou a pairar sobre a terra, a Bíblia diz.
Senhores, Queríamos Ver a Jesus (26/02/1957) § 15
Agora, Cristo... Eu sei que a igreja falha, e que a igreja tem pontos fracos. Mas Cristo não tem nenhuma fraqueza. Ele não pode falhar. Ele sempre será Cristo, o Filho de Deus, o ungido, o Logos que saiu de Deus. Ele sempre será isso.

Adoção Nº. 4 (22/05/1960) § 71
Ele é o Logos que saiu de Deus; isso é verdade; esse era o Filho de Deus.

Obedeça a Voz do Anjo (13/07/1950) § 9
O Logos que saiu de Deus, era o Filho de Deus.

Observe que todo o esforço do irmão Branham aqui demonstrado a fim de detalhar para nós sobre o surgimento do Filho de Deus, foi de tentar nos dar um pequeno quadro – o qual nunca havia sido pintado até então para a igreja – sobre de que maneira o Filho surgiu antes da criação e de como foi usado por Deus para criar.

CAPÍTULO 11

O Filho Foi Gerado Antes da Criação, Porém Não Criado

A compreensão do ensino de William Branham sobre a preexistência do Filho de Deus exige certos cuidados de modo a não inferir conclusões que possam levá-lo a fazer afirmações que ele não fez. Embora ele tenha dito que o Filho estava com o Pai desde antes da criação do mundo, ele não está com isso afirmando que Jesus seria o primeiro ser criado por Deus, porque o Filho Jesus Cristo ainda que tivesse um princípio, não era uma criatura; na verdade Ele não era uma criação de nenhum tipo.
Tudo que foi criado veio à existência a partir do nada e do vazio, enquanto que o Filho veio à existência a partir da própria substância de Deus. O que Deus fez ao gerar o Seu Filho não foi uma criação, mas dar uma formação ou modelação visível de Sua própria substância. O mundo não foi feito dessa substância, prova que precisará ser renovado por ter sofrido corrupção devido ao pecado ocorrido primeiro nos céus e depois na terra, mas o Filho de Deus não sofreu corrupção de nenhuma espécie porque como possuía a mesma natureza do Pai em Si, não cometeu pecado, ainda que tivesse assumido posteriormente um corpo na semelhança da carne pecaminosa. Se a criação fosse feita igualmente dessa substância de Deus, então nós teríamos o que é chamado na filosofia de monismo ou panteísmo, que ensina que a criação é Deus mesmo e que Ele está em todas as coisas criadas de forma imanente, porém isso não é possível.

Portanto fora a diferença de o Filho de Deus ter tido um princípio, não há mais nenhuma outra diferença entre ambos. O irmão Branham ensinava que para alguém ser um filho ele necessita ter um princípio, e Jesus teve o Seu princípio quando foi gerado ou formado da mesma substância do Pai antes do princípio criacional. Para o irmão Branham, o fato do Filho de Deus ter tido um princípio, gera um enorme obstáculo para a doutrina católica ou trinitária que faz de Jesus o “Filho eterno de Deus”.

Sedento Por Vida (30/06/1957) §§ 11-12
Eu me sinto tão livre como se eu estivesse em meu tabernáculo, e para dar uma pequena base aqui antes de eu trazer a minha mensagem para você do Senhor, eu quero apenas mostrar um pequeno ensino bíblico por um momento. Existe um Espírito no mundo que é real, puro, amor inadulterável. E esse amor vem do grande Espírito, que é Deus. Existe um Espírito no mundo tão puro, justiça inadulterável. Esse Espírito vem de Deus. Todos os Espíritos de justiça, de amor, de pureza, que é Deus. Esse é o eterno, infindável, sem princípio ou fim; esse é Deus. (Sem princípio. Sem começo e sem fim) O Logos que saiu de Deus quando... Sem desconsiderar o povo católico agora. Mas a igreja católica, eu... Meu fundamento, minha família é católica. E eu tenho o povo católico aqui, o livro chamado “Fatos da Nossa Fé”. E eles usam a palavra da “filiação eterna de Deus”. A palavra nem mesmo faz sentido para mim. A palavra “eterno” quer dizer “eternidade, que não teve começo ou que não tem fim”. E “filho” quer dizer que “teve um começo”. Então como poderia... poderia ser uma Divinidade eterna, mas nunca uma filiação eterna. Um filho é alguém que é gerado de algo. Então teve um princípio. Então... E o Logos que era o Filho de Deus saiu, criado por estas grandes fontes de pureza, Deus, quando aqueles Espíritos saíram, e isso criou o Logos. (Embora o irmão Branham esteja usando a palavra “criado”, ele está se referindo não exatamente à criação do Logos em Si – este é o Filho gerado – mas do Seu corpo teofânico. Deus gerou o Seu Filho que foi o Logos que saiu de Deus, e então criou para esse Filho ou Logos um corpo espiritual, o qual Deus também usaria como se fosse o Seu próprio corpo.) E era um corpo. Estava na forma do que nós estamos agora, que é chamado na maneira clerical de falar, uma teofania. Estava numa forma de teofania.

O Logos que saiu de Deus era o Filho que possuía um corpo teofânico, e que era um Ser real que foi gerado por Deus, portanto não era Deus em um ofício de “Filho” ou somente um pensamento na mente de Deus; Deus somente fez uso desse ofício quando Ele habitou em plenitude no corpo de Seu Filho em carne humana, no que o irmão Branham chamava de “dispensação da Filiação”, que somente ocorreu quando Jesus esteve em um corpo humano sobre a terra. Portanto, antes da criação você não tinha ali uma dispensação da Filiação ou Deus em um ofício de Filho, mas o próprio Ser do Filho de Deus preexistente em Seu corpo teofânico. Depois esse mesmo Filho em forma teofânica se fez carne por meio do Seu nascimento virginal.

CAPÍTULO 12

O Filho de Deus no Antigo Testamento

O argumento do qual as organizações denominacionais unicistas mais utilizam para negar a preexistência do Filho de Deus é de que, segundo eles, o Antigo Testamento não menciona em nenhuma ocasião a existência de tal Filho, o que não é verdade. No entanto, embora possamos ver em algumas ocasiões a menção do Messias de Deus pré-encarnado no Antigo Testamento, tais ocasiões são deliberadamente raras, em virtude de que a figura do Filho de Deus não poderia ser pronunciada de forma mais evidente naqueles livros, uma vez que a existência deste Filho Unigênito era um dos mistérios de Deus que deveria permanecer oculto, e que, somente poderia ser mais abertamente revelado, depois que o próprio Senhor Jesus Cristo tivesse vindo sobre a terra para cumprir com o plano da redenção. Somente com a vinda do Senhor Jesus é que o mistério que esteve oculto desde os tempos eternos começaria a ser desvendado.

Romanos 16:25
Ora, Àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto.

Efésios 3:9: E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo.

Até então estava oculto para todos o mistério de que Deus havia criado no princípio todas as coisas por meio de Seu Filho que preexistiu com Ele. Após a vinda do Filho de Deus à terra, essa foi então a ocasião em que isso já poderia ser revelado, porém a compreensão desse mistério na sua plenitude é algo de estarrecer e indignar toda a falsa religião.

Efésios 1:8-9
Que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência; desvendando-nos o mistério da Sua vontade, segundo o Seu beneplácito que propusera em Cristo.

O evangelho de Jesus Cristo e o plano da redenção que Deus fez ao nos enviar o Seu Filho até nós, era o que Paulo chamava de “sabedoria de Deus”, ou seja, um conhecimento que lhes fora dado naqueles dias e que até então era um mistério oculto para toda a casa de Israel e para as nações.

1 Coríntios 1:30
Mas vós sois Dele, em Jesus Cristo, O qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção.

1 Coríntios 2:7-9
Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, (ou seja, se essa sabedoria fosse conhecida...) nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam.

Sendo assim, tal conhecimento não poderia ter chegado ao entendimento e ao coração de nenhum príncipe deste mundo, a menos que lhe fosse revelado por Deus. Porém como Paulo disse aqui, foi justamente a ignorância de tal plano por parte dos homens que resultou na crucificação do Filho de Deus, de modo que era necessário que todos fossem cegados sobre este mistério, a fim de eliminar qualquer possibilidade de risco quanto ao cumprimento das Escrituras.

Sendo que Jesus “foi feito por Deus sabedoria”, esta mesma palavra foi usada em Provérbios para personificá-Lo como Alguém que esteve com o Pai desde o princípio:

Provérbios 8:22-36
O Senhor me possuiu no princípio de Seus caminhos, desde então, e antes de Suas obras. (Antes da fundação do mundo ou de qualquer criação. A palavra “possuiu” foi traduzida em algumas versões por “criou”, que, aliás, era a tradução preferida de Ário a fim de fazer do Filho de Deus o primeiro Ser criado, para dessa maneira se opor à doutrina da filiação eterna dos trinitários. Porém, como sabemos, ambas as interpretações são desprovidas de razão e de entendimento) Desde a eternidade fui ungida, (Do hebraico “nasak”. O irmão Branham disse que o Filho que saiu de Deus no princípio era o Logos, que também era a “unção”, ou “o ungido”. Porém além de “ungido”, essa palavra “nasak”, também significa “moldar ou fundir uma imagem”, que conforme foi dito em Hebreus 1:3, sabemos que o Filho foi moldado na expressa imagem do Ser de Seu Pai), desde o princípio, antes do começo da terra. Quando ainda não havia abismos, fui gerada, (Do hebraico “chuwl”, que vem da raiz “chiyl”, que possui o sentido de “ser nascido” ou “ser trazido à luz”. Isso nos faz lembrar o irmão Branham explicando que Deus “deu à luz ao Seu Filho antes que houvesse até mesmo um átomo ou ar para fazer um átomo”) quando ainda não havia fontes carregadas de águas. Antes que os montes se houvessem assentado, antes dos outeiros, eu fui gerada. Ainda Ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem o princípio do pó do mundo. Quando Ele preparava os céus, aí estava eu, quando traçava o horizonte sobre a face do abismo; quando firmava as nuvens acima, quando fortificava as fontes do abismo, quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o seu mando, quando compunha os fundamentos da terra. Então eu estava com Ele, (Não em Sua mente, pois como Ele declarou aqui, foi trazido à luz e gerado. Ele é o Filho Unigênito que estava com Deus desde antes da fundação do mundo. Esta palavra “com” aqui é “etsel”, que significa “ao lado”, “próximo”, “perto”, “junto”, “contíguo”, exatamente como Jesus disse em João 17:5, o qual já verificamos) e era Seu arquiteto; (Do hebraico “amown”, que significa “artífice”, “arquiteto”, “trabalhador capacitado ou hábil”. Ou seja, Esse é o agente da criação de Deus; Deus criou tudo por meio desse Seu arquiteto, Jesus, e sem Ele nada do que foi feito se fez.) era cada dia as Suas delícias, alegrando-me perante Ele em todo o tempo; regozijando-me (Essas palavras “alegrando-me” e “regozijando-me” foram traduzidas da mesma palavra “sachaq”, que significa “divertir-se”, mais precisamente “brincar”, como aparece em outras versões da Bíblia, o que nos faz mais uma vez lembrar do ensino do irmão Branham, que dizia que o Filho antes da criação era como uma criança que brincava em volta do seu pai. Observe, portanto, que a linguagem que o profeta de Deus se esforçou em usar foi a mais bíblica possível.) no Seu mundo habitável e enchendo-me de prazer com os filhos dos homens. (Essa Sabedoria não somente habitará entre os homens, mas assumirá a forma deles) Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque bem-aventurados serão os que guardarem os meus caminhos. Ouvi a instrução, e sede sábios, não a rejeiteis. Bem-aventurado o homem que me dá ouvidos, velando às minhas portas cada dia, esperando às ombreiras da minha entrada. Porque o que me achar, achará a vida, e alcançará o favor do Senhor. (Por que isso? Porque esse mesmo que é chamado por Deus de “sabedoria” também é, nas palavras de Paulo, “justiça, e santificação, e redenção”) Mas o que pecar contra mim violentará a sua própria alma; todos os que me odeiam amam a morte. (Porque Lhe odiaram, eles O mataram)

Portanto o mistério desta Sabedoria deveria ser recebido por todos igualmente com sabedoria, a fim de que os mesmos pudessem também refleti-La em si próprios. Após ter dito que o Filho já existia antes de todas as coisas e que Deus habitou Nele em plenitude, Paulo ainda acrescenta:

Colossenses 1:26-28
O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos Seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória; a Quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo.

Porém tudo isso, como já vimos, era um mistério muito bem oculto e guardado por Deus, falado apenas no passado na forma de enigmas. Mas graças a um profeta vindicado por Deus enviado para revelar e cumprir todos os Seus mistérios, hoje a Noiva já possui uma revelação completa disso, ainda que falsos ungidos tentem se levantar em meio a Ela para combater.

Entretanto, apesar de todo esse segredo muito bem guardado, o profeta Miquéias, que foi ungido pelo Senhor para falar sobre o vindouro nascimento do Messias, deixou escapar de que na verdade Sua origem era muito anterior àquela de onde Ele futuramente viria.

Miquéias 5:2
E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti Me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.

A palavra “saídas” vem do hebraico “mowtsa’ah” que quer dizer “lugar de saída” ou “origem”. Como sabemos, a saída ou origem do Filho aconteceu quando Ele saiu do seio de Seu Pai, como Jesus mesmo disse: Eu saí e vim de Deus, não vim de Mim mesmo, mas Ele Me enviou”. Essas saídas definitivamente não se referem aos planos mentais de Deus, mas do surgimento e geração de um Ser real. Por conseguinte, Miquéias mostra que o Filho de Deus teve um princípio ainda anterior ao Seu nascimento físico, cuja origem é desde os “tempos” ou “dias da eternidade”. Essas de fato não são palavras adequadas, porque a eternidade não pode ser medida pelo tempo. Mas como nossas mentes finitas não podem apreender o infinito e a eternidade, essa linguagem serve apenas para ilustrar que o Filho teve sua origem e princípio antes de qualquer criação. Mesmo sem ter como entender ou explicar, o irmão Branham também usou expressões como “depois de um tempo” para fazer uma separação entre Deus até a ocasião em que Ele gerou o Seu Filho, embora tudo isso ocorresse quando ainda não poderia ter havido tempo algum. Portanto só o que o irmão Branham fez foi usar essa mesma linguagem das Escrituras, sem se deter em uma exegese mais inteligível a fim de tentar fazer tudo isso ter algum sentido. Entretanto, num esforço de fazer algo assim, os trinitários usaram essa Escritura para provar que o Filho de Deus é tão eterno quanto o Seu Pai, dando origem ao falso ensino de Jesus como o “Filho eterno de Deus”. É fato de que todos os pensamentos de Deus são tão eternos quanto Deus, e assim são os Seus atributos. Mas no entendimento do irmão Branham, para que Esse – cujas saídas foi desde os dias da eternidade – fosse um Filho, precisaria ter um princípio, e mesmo sem ter como explicar Sua geração atemporal, apenas limitou-se a afirmar que foi em algum momento antes de qualquer ato criativo, sem fazer desse Filho uma criação. Desta maneira, o irmão Branham tentou criar um caminho do meio entre a doutrina trinitária, que faz de Jesus um Filho eterno, e a doutrina ariana, que faz de Jesus a primeira criatura de Deus.

Salmo 110:1
Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à Minha mão direita, até que ponha os Teus inimigos por escabelo dos Teus pés.

No texto hebraico consta assim: “Disse Jeová (Senhor) ao meu Adon”. Não existem dois Senhores ou duas pessoas de uma divindade. Isso é uma falácia. Só existe um Senhor e Deus, porém Este “meu senhor” de Davi não é o Deus Jeová, mas “adon” ou “adoni”, que quer dizer “chefe”, “mestre”, “superintendente”, “senhor”, “rei”, “proprietário”, “profeta”, “governador”, “príncipe”, “sacerdote”, “capitão”. Significa alguém que tem domínio e autoridade. Portanto embora esse “Senhor” tenha autoridade sobre Davi, contudo, Deus tem autoridade sobre Ele.

Deus conversou com este “Chefe” de Davi e disse: “Assenta-te à Minha mão direita, até que ponha os Teus inimigos por escabelo dos Teus pés”. Este Chefe de Davi com Quem Deus conversou era Jesus, o Seu Filho, que de acordo com este Salmo, é Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, Seu Pai.

Nos dias de Jesus, muitos religiosos não criam que o Messias seria o Filho de Deus, porque isso ainda era um mistério para muitos. Isso ficou muito claro quando Jesus perguntou aos fariseus: “De Quem Cristo é Filho?” Eles Lhe responderam que Cristo seria Filho de Davi, porque eles não conseguiam crer que Deus tinha um Filho. Então Jesus lhes citou o Salmo 110 onde Ele mesmo, o Filho de Deus, era chamado de “Senhor’ por Davi; de modo que Ele os questiona: “Então como Cristo pode ser Filho de Davi se Davi Lhe chamou de ‘Senhor’? Desde quando um pai trata seu filho como ‘senhor’ ou ‘chefe’?”. Jesus com tudo isso deixou muito bem claro para nós, de que aquela Escritura estava mencionando a existência de um Filho com Quem o Seu Pai conversava. Porém os fariseus haviam passado por alto este indício da existência do Filho de Deus registrado no Antigo Testamento.

Portanto, essa Escritura não está tratando de Alguém conversando Consigo mesmo em um ofício e tampouco de um Filho sendo o Seu próprio Pai, ou ainda de duas pessoas de um mesmo Deus tendo uma conversa, mas de Deus conversando com o Seu Filho Unigênito, o mesmo para Quem Deus em Gênesis 1:26 Se dirigiu dizendo: “Façamos o homem à Nossa imagem, conforme à Nossa semelhança”. Entretanto, como os fariseus não conseguiam entender a existência do Filho de Deus presente no Salmo 110:1, obviamente que eles também não conseguiriam entender a preexistência desse mesmo Filho em Gênesis 1:26...

CAPÍTULO 13

A Teofania do Filho de Deus no Antigo Testamento

O irmão Branham cria na Cristofania, ou seja, nas aparições do Filho de Deus no Antigo Testamento em Seu corpo teofânico. Como o corpo teofânico de Jesus era o próprio corpo que o Deus Jeová usava para Se manifestar e tornar-Se conhecido, Deus Se manifestava por meio dessa teofania. Jesus disse: “Eu estou no Pai”. Portanto onde o Pai estivesse ou Se manifestasse em uma teofania, o Filho também deveria de estar ali, porque Ele foi e sempre será a imagem visível do Deus invisível.

Um exemplo que o irmão Branham citava era o caso do sacerdote Melquisedeque quando apareceu para Abraão. Segundo ele, tratava-se na verdade do Espírito de Deus em uma teofania encarnada em um corpo físico criado do pó da terra, porém aquela teofania encarnada era do Seu Filho:

Hebreus Capítulo Um (21/08/1957) §§ 164-167
Agora, e aqui... Esta grande Teofania aqui de pé... O que... Aquele grande Deus Jeová, você sabe o que Ele disse? Ele simplesmente Se inclinou e encheu a mão de átomos, apanhou um pouco de luz, e derramou isto assim, e foi... [O irmão Branham sopra – Ed.]... Um corpo, e simplesmente entrou nisto, e isto é tudo. Disse: “Venha cá Gabriel!” (Aquele grande Arcanjo) Entre... [o irmão Branham sopra – Ed.] “Entre nisso. Venha cá Miguel (o Anjo à Sua direita [O irmão Branham sopra - Ed.] para o judeu) entre nisso”. Deus e dois Anjos, andaram aqui em carne humana, e beberam o leite da vaca, comeram a manteiga tirada do leite, e comeram algum pão de milho, e comeram a carne do novilho: dois Anjos e Deus. Assim diz a Bíblia. Este é Melquisedeque, que Abraão encontrou na matança dos reis. Este é o Filho de Deus.

Ou seja, a teofania de Melquisedeque era o Corpo-Palavra de Seu Filho que preexistia antes mesmo de Seu nascimento físico. O irmão Branham disse que era através do corpo teofânico de Seu Filho que Deus poderia Se manifestar. Desde quando o Seu Filho saiu do seio do Pai no princípio em uma teofania, Deus usava esse mesmo corpo sobrenatural para Se expressar. Certa vez, Moisés queria ver a Deus e o que o Senhor lhe permitiu ver foi somente as costas de um Homem, que na verdade era uma teofania que mostrava uma imagem em potencial do Seu Filho pré-encarnado:

A Obra Prima (5/07/1964) § 74
Moisés O viu de pé nesta rocha. Ele O viu passar, e ele disse: “É as costas de um homem”. Vê você, o Escultor estava apresentando a Moisés que era uma imagem em potencial de Cristo, o que a grande Obra Prima pareceria quando Ela estivesse perfeita. Ele passou seu... Ele injetou... ou... ou projetou a Moisés a visão do que a Obra Prima pareceria. Eram as costas de um homem quando passou pelo deserto.

Era uma imagem em potencial porque não estava na mesma aparência e corpo em que o Filho de Deus estaria depois que nascesse. Mas de qualquer maneira, o que apareceu para Moisés foi aquele mesmo Logos que saiu de Deus no princípio, o Filho de Deus:

Hebreus, Capítulo Um (21/08/1957) § 160
Agora, ali de pé outra vez. Moisés O viu, O viu de costas, disse: “Parecia as costas de um Homem”. O Logos que saiu de Deus.

Moisés não viu Deus porque Deus não pode ser visto, portanto a única maneira de vê-Lo seria através da teofania de Seu Filho que atuava como Seu véu:

O Poderoso Deus Desvelado Perante Nós (29/06/1964) §§ 32-34
(...) Ele desejou vê-Lo um dia, e Deus lhe disse: “Vá colocar-se sobre a rocha.” E enquanto encontrava-se sobre a rocha, Moisés O viu passar. Ele viu as costas Dele. E disse: “Parecia um homem”, as costas de um homem. No entanto ele não viu a Deus; ele somente viu o véu de Deus. A Bíblia disse: “Deus nunca foi visto por alguém, mas o Unigênito do Pai O fez conhecer”. Assim que Moisés O viu velado como homem. E vemos que o Jeová do Antigo Testamento era justamente o Jesus do Novo Testamento.

Desta forma, o que Moisés viu foi o Filho Unigênito de Deus pré-encarnado, antes mesmo de Seu nascimento, pois é somente através do Seu Filho Unigênito que Deus Se faz conhecer, pois Deus de fato nunca poderá ser visto.

Queríamos Ver a Jesus (16/05/1957) § 15
“Vós Me vereis”. Está melhor? Tudo bem. Vós Me vereis. Agora, se Cristo tem ressuscitado dos mortos, e nos é dado o convite e a Escritura que Ele prometeu, que Ele – que nós poderíamos vê-Lo, e que nós – de que Ele seria o mesmo ontem, hoje e eternamente, então você desejaria vê-Lo? Desejaria? Levantariam vocês suas mãos? Todo cristão creria nisto? Eu – eu creria, com minhas mãos levantadas; eu amaria vê-Lo. Bem, agora, como podemos vê-Lo? A maneira em que podemos vê-Lo é por Suas obras. Agora, Ele não tem que entrar em um corpo físico ainda, entre nós. Ele está aqui num corpo espiritual (Você crê nisto?), um corpo espiritual chamado o Espírito Santo. Ele está na forma do Espírito Santo. No princípio Deus era um Espírito. E toda a fonte de bondade e misericórdia e poder, e todas as coisas boas do amor, Deus era o centro daquela fonte. E então o Logos que saiu de Deus no princípio se tornou o que chamaríamos de uma teofania, (este é o Filho de Deus) ou um – um corpo sobrenatural. Deus não é simplesmente como o ar, porém Ele está em um corpo. Moisés O viu passar e disse que se parecia como as costas de um homem, e assim por diante.

Hebreus Capítulo Seis nº. 3 (15/09/1957) §§ 628-632
Aquele grande Diamante que foi cortado para refletir estas cores. Deus foi feito carne e habitou no nosso meio, para que Ele pudesse refletir a Sua bondade e misericórdia no nosso meio através dos dons e sinais e maravilhas. Todo aquele grande arco-íris se tornou em uma teofania de... feito na imagem como homem. Todavia, Ele não era um homem; Ele não possuía carne, ainda. Ele era uma teofania. Moisés disse: “Eu gostaria de vê-Lo.” Deus o escondeu na rocha. E quando Ele passou, virou Suas costas. Moisés disse: “Parecia as costas de um homem.” Então o que aconteceu? Certo dia, lá embaixo quando Abraão estava assentado em sua tenda. Chegaremos nisto, nesta noite. Quando Abraão estava assentado em sua tenda, Deus veio até ele, em um corpo de carne. (Porém esse corpo de carne era muito diferente do nosso pelo fato de que ele foi apenas criado e não nascido, portanto não podia morrer.) “Oh,” você diz: “Irmão Branham, ele era...” Nós O encontraremos aqui encontrando-Se com Abraão antes disso, na ordem de Melquisedeque, um corpo de carne, que era Deus. Claro que era, Ele era Deus em carne.

Portanto foi exatamente isso que Abraão viu ao contemplar Deus na forma de Melquisedeque, e igualmente mais tarde, quando Deus voltou a aparecer para ele com dois anjos, pouco antes que Sodoma e Gomorra fossem destruídas. Abraão viu Deus velado no corpo teofânico do Seu Filho preexistente, que era uma imagem potencial de Si mesmo. Deus, o EU SOU, Aquele que não podia ser visto, manifestava-Se de forma visível por meio da teofania de Seu Filho, que era ao mesmo tempo o próprio corpo de Deus Jeová.

Quem é Este Melquisedeque? (21/02/1965) § 99
Ele disse: “Ninguém pode ver Minha face.” Ele disse: “Porei Minha mão sobre teus olhos, e Eu passarei. E você pode ver Minhas costas, porém não a Minha face.” Vê? E quando Ele passou, era as costas de um Homem; era a teofania. Então a Palavra que veio a Moisés, “EU SOU”; isso era a Palavra. A Palavra veio a Moisés na forma de uma Coluna de Fogo numa sarça ardente, o “EU SOU”.

Hebreus Capítulo Um (21/08/1957) § 157
Ele disse: “Antes que Abraão existisse, EU SOU”. Aí está Ele, Quem era o EU SOU? Um nome perpétuo para todas as gerações. Aquele era um... aquela Coluna de Fogo da sarça ardente. “EU SOU O EU SOU”. Ali estava Ele, aquela Teofania encontrada aqui, chamada de Filho de Deus, o EU SOU, o Jeová.

Uma outra ocasião onde o irmão Branham deixa bem claro a sua fé na preexistência do Filho de Deus, era quando ele narrava a ocasião em que os três filhos hebreus foram lançados na fornalha ardente. O irmão Branham cria que o quarto Homem que estava lá dentro para livrá-los das chamas, era o próprio Senhor Jesus Cristo, a teofania do Filho de Deus em Sua imagem potencial, enviado até eles por Deus:

Possuindo as Portas do Inimigo (08/11/1959) § 27
Eles os levaram diretamente até a fornalha ardente, e quando eles abriram a porta e os jogaram nas chamas, o inimigo que teria lhes consumido, eles possuíram a porta do seu inimigo. Deus enviou o Seu Filho naquelas chamas de fogo e esfriou as cinzas, e conversou com eles enquanto eles estavam lá dentro.

Deus não enviou o Seu Filho para uma fornalha “mental”, mas literal e ardente, onde os três hebreus também estavam.

Tua Descendência Possuirá as Portas do Teu Inimigo (21/11/1959) § 21
Os filhos hebreus, quando foram jogados em uma fornalha ardente, eles possuíram as portas da fornalha. E o Filho de Deus desceu e tirou o fogo deles. Eles se apoderaram das portas do seu inimigo.

Aqui o irmão Branham disse que Deus enviou o Seu Filho para ajudar os judeus na fornalha ardente. Para que isso fosse possível, o irmão Branham precisava crer que o Filho tinha uma preexistência, a fim de que fosse enviado até aqueles judeus bem antes de Seu nascimento virginal. Deste modo, enquanto alguns ministros da Mensagem dizem que não há registro da existência do Filho de Deus no Antigo Testamento, vemos que o irmão Branham não compartilhava dessa opinião.

CAPÍTULO 14

O Filho Não Contornou o Seu Corpo Teofânico

Quando Jesus nasceu no corpo que foi preparado por Seu Pai no ventre da virgem Maria, Ele não contornou o Seu corpo teofânico; em outras palavras, aquela mesma teofania em que o Filho esteve e na qual o próprio Deus usou-a para Se manifestar desde o princípio, veio com Ele em Seu nascimento. Foi essa Sua teofania que permitiu a Jesus desde a Sua infância ter recordações da Sua comunhão com o Pai na glória, à medida que crescia em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens.

Sedento Por Vida (30/06/1957) § 13
Agora, quando Deus estava na teofania, que era Cristo na formação, depois essa teofania se tornou carne e habitou entre nós. Então isso foi para redimir.

Essa “formação” da qual o irmão Branham se refere, foi no momento em que o Filho estava sendo gerado pelo Seu Pai antes da fundação do mundo. Deus estava na teofania de Seu Filho, o Logos que saiu de Deus, de modo que aquela teofania tornou-se o próprio corpo de Deus Jeová. Deus não é uma teofania. Deus é Espírito, mas esse era o corpo que Ele usou para Se tornar visível. Mais tarde quando o Senhor Jesus nasceu em um corpo humano, Sua teofania estava ali com Ele, e assim, era possível de certa forma dizer que Jeová Deus igualmente estava ali em um bebê, embora a Pessoa de Jeová só habitasse realmente naquela carne após o Espírito de Deus ter descido no batismo do rio Jordão, para dar início à obra da redenção.

Queríamos Ver a Jesus (16/05/1957) § 15
No princípio Deus era um Espírito. E toda a fonte de bondade e misericórdia e poder, e todas as coisas boas do amor, Deus era o centro daquela fonte. E então o Logos que saiu de Deus no princípio se tornou o que chamaríamos de um teofania, ou um corpo sobrenatural. Deus não é simplesmente como o ar, porém Ele está em um corpo. Moisés O viu passar e disse que se parecia como as costas de um homem, e assim por diante. E depois aquela mesma teofania se fez carne e habitou entre nós. E O contemplamos, o Filho Unigênito do Pai: Cristo.

Jesus já era o Filho Unigênito antes de Seu nascimento físico. O que o irmão Branham está dizendo é que esse Filho Unigênito agora Se encarna com Sua teofania em um corpo físico por meio de um nascimento. Diferente de antes, agora nesse corpo com o Sangue criativo, Jesus – ou mesmo Deus por representação – podia morrer.

Hebreus Capítulo Quatro (01/09/1957) §§ 132-133
Como tivemos isso na outra noite: Deus, no princípio, era Espírito. E então, de Deus, saiu o Logos, ou a teofania, que era uma forma de um homem, chamado o Filho de Deus, prefigurado. (Isso porque o Filho ainda não havia nascido em carne; antes o Filho de Deus apenas Se manifestou em Sua teofania ou em corpos criados momentaneamente) Ele veio na terra em um corpo de carne, antes mesmo que Ele viesse em Jesus Cristo. Agora engula isso de uma vez, irmão. Eu vou provar isso a você. Quando Moisés O viu. Ele disse: “Deixe-me ver Sua forma, Senhor”. E Deus escondeu-o na rocha. E quando Ele passou, ele disse: “Era a parte detrás de um homem”. Isso era aquela teofania. É exatamente isso. Depois aquela teofania teve de ser feito carne. Não outra Pessoa, mas a mesma Pessoa teve de Se tornar carne, para tirar o ferrão da morte.

Moisés viu quando passou através da... pela – pela rocha. E ele olhou para isso e disse: “Parecia a parte detrás de um homem”. É o mesmo tipo de corpo que recebemos quando morremos aqui. “Se este tabernáculo terrestre se desfizer, temos um já esperando”. Era isso. E isso era a teofania que era o Filho de Deus. Esse Filho, esse Logos, se tornou carne, porque fomos colocados em carne. E a teofania, o Logos, se tornou carne, aqui entre nós, e Ele nada mais era do que o lugar de habitação, pois toda aquela Fonte habitou Nele. Oh, você vê isso? Aqui está.

Hebreus, Capítulo Cinco e Seis nº 1 (08/09/1957) § 56
Agora, quantos se lembram do ensinamento sobre a Deidade, como fomos lá atrás e encontramos Deus como o grande arco-íris com todo o Espírito diferente, como era Isso? E depois o Logos saiu de Deus, que se tornou a teofania, e aquilo estava na forma de um homem. E Moisés O viu passar, na fenda da rocha. E depois aquela teofania foi feita absolutamente carne humana, Cristo.

Embora Jesus não tenha contornado o Seu corpo teofânico, uma vez que Ele já preexistia e veio com ele manifestando-Se em diferentes corpos até que Ele nascesse fisicamente, o mesmo não aconteceu com os demais filhos e filhas de Deus. Não obstante o irmão Branham crer na preexistência do Filho de Deus, ele não cria na preexistência de almas que pudessem se encarnar e depois se desencarnar para mais tarde voltar a se encarnar outra vez:

Livro das Eras – A Era da Igreja de Esmirna, página 131
Eu não creio nessa doutrina mórmon da preexistência de almas, tanto quanto não creio em reencarnação nem na transmigração de almas.

Diferente de Jesus, o Filho de Deus, nós não viemos a este mundo em nossas teofanias, porém elas estão aguardando por nós tão logo deixarmos esses corpos para assumirmos a imortalidade.





CAPÍTULO 15

Deus Não Tinha o Seu Filho Para Enviar?

Como já vimos, quando Deus enviou o Seu Filho, este veio em Seu corpo teofânico que era também o próprio corpo de Deus Jeová. Então podemos dizer, exatamente como o irmão Branham, de que Deus mesmo veio para fazer a obra da redenção, porém Ele precisou do Seu Filho para isso, e o irmão Branham nunca negou que Deus O enviou até nós, pois a sua doutrina nos ensina de que foi necessário que o Pai enviasse o Seu Filho desde os céus para que Deus estivesse velado em uma máscara a fim de assumir o papel de um Parente Redentor.

Entretanto, como já tivemos aqui a oportunidade de observar, entre alguns que dizem crer na mensagem de William Branham, existe um grande esforço de tentar anular todas essas declarações onde o profeta mostra Deus formando o Seu Filho antes da fundação do mundo. Uma das razões da descrença destes é porque eles alegam que tal ensino criaria uma suposta contradição com uma outra declaração que ele ao mesmo tempo fazia, de que Deus mesmo veio porque Ele não tinha uma outra pessoa ou um filho para enviar. Porém o que eles não conseguem explicar é sobre como seria possível haver uma contradição, se o irmão Branham fez ambas as afirmações simultaneamente ao longo de todo o seu ministério? Ao mesmo tempo em que ele ensinava que o Filho preexistiu com o Seu Pai antes da fundação do mundo – não como um simples ofício de Deus, mas como um Ser real – também dizia que Deus seria injusto se enviasse outra pessoa que não fosse Ele mesmo. Como sustentar a hipótese de uma suposta contradição de ensino frente a isto?

O irmão Branham não concordava com a doutrina trinitária que dividia Deus em três pessoas co-eternas e diferentes uma da outra. Ele entendia que o Deus que fez o plano da redenção antes da fundação do mundo teria que ser o mesmo que Se fez carne sobre a terra para depois cumpri-lo.

Adoção Nº. 2 (18/05/1960) § 85
Agora, você irmãos trinitarianos, eu não estou querendo feri-los, mas como em nome da boa Palavra de Deus você alguma vez poderia colocar Jesus sendo uma pessoa separada do próprio Deus? Se Jesus pudesse tomar outra pessoa e fazê-la ir e morrer para redimir essa pessoa aqui, Ele seria um ser injusto. Há somente uma maneira que Deus poderia fazer isso, que seria tomar o lugar Ele próprio. E Deus Se fez carne para que Ele pudesse provar as dores da morte, para tirar o ferrão e a morte longe de nós, para que possamos ser redimidos por Si próprio. É por essa razão que Ele será tão adorado. Jesus era um homem, com certeza Ele era. Ele era um homem, h-o-m-e-m, nascido na virgem Maria. Mas o Espírito que estava Nele era Deus sem medida. Nele habitou a plenitude da Divindade corporalmente.

Aqui o irmão Branham está repreendendo a doutrina trinitária que faz de Jesus a segunda pessoa de um Deus dividido em três. No entendimento do irmão Branham, os atributos de Pai, Filho e Espírito Santo estavam todos sem medida e em plenitude naquele mesmo corpo chamado Jesus Cristo. Portanto não seria justo Deus ter enviado uma outra pessoa qualquer ou mesmo um anjo para fazer a obra da redenção, ou muito menos uma outra suposta pessoa da Deidade diferente Dele, porque isso simplesmente não existe. Era necessário que Deus mesmo estivesse naquele corpo. No entanto, nada disso nega o fato de que Deus teve que enviar o Seu Filho para realizar tal obra. Deus não poderia ter vindo sem enviar o Seu Filho, pois foi somente através do envio de Seu Filho que Deus poderia vir e habitar entre nós na forma de um Homem. Para William Branham, Jesus era o princípio da criação de Deus, ou Deus em uma criação. Se antes da fundação do mundo o Filho estava na forma de Deus, agora sobre a terra era a vez de Deus mesmo estar en morphe em Seu Filho, usando-O como Sua máscara. O Filho não veio só; Deus mesmo veio para fazer a obra da redenção, pois o Filho nada poderia fazer a menos que o Seu Pai estivesse Nele para fazer. Aqui ele disse: “Jesus era um homem”, referindo-Se ao Seu Filho, o mesmo que estava com Deus antes da fundação do mundo e que agora estava ali em carne humana; porém ele também disse: “Mas o Espírito que estava Nele era Deus sem medida”. Isso fazia do Filho e Deus a mesma Pessoa, embora houvesse dois ali o tempo todo. Como são necessários ao menos dois para se formar uma unidade, quando Deus veio em Seu Filho sobre a terra, a fim de formar uma unidade perfeita entre Ele e Jesus Cristo, o irmão Branham ensinava que o Pai e o Filho passavam a atuar como um só Ser e uma só Pessoa, embora fossem dois.

A Cortina do Tempo (02/03/1955) §§ 22-23
Eles não conseguiam entendê-Lo. Ele era um mistério, até mesmo para os apóstolos. Ninguém podia entendê-Lo, porque havia duas pessoas falando o tempo todo. A Pessoa Jesus Cristo estava falando, (Ou seja, o Filho de Deus, não um ofício, mas uma Pessoa e um Ser real) e Deus estava falando Nele, também. (Era Deus falando, e não um ofício chamado “Deus”, embora Deus estivesse ali no Seu ofício de “Filho”) Às vezes era o próprio Cristo; às vezes era o Pai que habitava Nele. Vê isso? Ele – eles não conseguiam entender algumas coisas que Ele dizia; Ele falava em enigmas para eles.

Portanto o que o irmão Branham dizia com essa sua afirmação é de que Deus não tinha uma outra pessoa da Divindade ou de Si mesmo para enviar, como querem os trinitários, pois não há duas ou mais pessoas na Divindade. E tampouco poderia Deus enviar uma outra pessoa comum ou qualquer, ou mesmo um anjo. Era necessário que Deus mesmo viesse; porém a maneira que Ele escolheu vir foi enviando o Seu Filho Unigênito. Um fato não nega outro.

Livro das Eras da Igreja – A Revelação de Jesus Cristo (página 22)
Quer um tipo do Velho Testamento? Vamos voltar ao Jardim do Éden. Quando chegaram as primeiras notícias na glória de que o filho, Adão, tinha se perdido, enviou Deus um anjo? Enviou Ele um filho? Enviou Ele um outro semelhante a nós? Não, Ele PRÓPRIO veio para redimir aquele filho perdido. Aleluia! Deus não confiou Seu plano de salvação a outro. Ele confiou unicamente a Si Mesmo. Deus se fez carne e habitou entre nós e nos redimiu para Si Mesmo. Somos salvos pelo “sangue de Deus”. O Deus Eterno habitou em um corpo mortal a fim de tirar o pecado. Ele tornou-se o Cordeiro a fim de derramar Seu sangue e entrar dentro do véu com ele.

O Quinto Selo (22/03/1963) § 460
Foi por isso que Deus teve de Se tornar homem. Ele não podia tomar um substituto, um filho que não fosse, apenas um filho comum para Ele ou algo assim. Deus Se tornou ambos, Jesus Se tornou tanto Filho quanto Deus, a única maneira que Ele podia justamente fazê-lo. Deus teve de receber a punição, Ele próprio. Não teria sido justo, colocá-la sobre algum outro, outra pessoa. Deste modo, a Pessoa de Jesus era Deus, manifestado na carne, chamado Emanuel.

Qualquer leitor ou estudante sincero saberá que toda vez que o irmão Branham falava em “filho”, estava se referindo a uma criança inocente ou um jovem. Aqui o irmão Branham está sendo muito bem claro ao dizer que Deus não poderia assumir ou enviar para nós um filho Seu qualquer ou uma pessoa comum. Isso não seria justo e de nada serviria, porque por mais santos e justos que sejam, todos são nascidos em pecado. Como sabemos, seria necessário que o Seu Filho, nascido sem pecado, cumprisse a obra da redenção. Jesus não é “um filho comum”; Ele é o Unigênito de Deus. O irmão Branham não está com essas palavras negando que Deus enviou o Seu Filho. Quando Deus habitou no Filho que Ele enviou, este Filho Se tornou Deus em plenitude.

Um Super Sinal (27/12/1959) §§ 76-77
Observe a Deus em Suas maneiras de operar. Quando Ele criou os céus e a terra, Ele ajuntou os Anjos, e Ele disse: “Façamos”. Cada lugar na Escritura onde Ele fez qualquer coisa, na maioria das vezes: “Não Eu, mas Meu Pai”. Mas quando isto chegou ao plano de redenção, Ele veio só; ninguém estava com Ele. Ele era o Único que podia vir. Um Anjo não podia fazer isto. Outro homem chamado de Seu filho, (ou seja, um homem ou filho qualquer nascido em pecado) não podia fazer isto. Outro chamado de outra coisa, uma virgem santa, ou uma mãe santa, ou - ou algum santo, não podia fazer isto. Deus tinha que vir.

Mais uma vez o irmão Branham está nos dizendo que Deus não poderia enviar ninguém que compartilhasse de uma mesma natureza pecaminosa ou que se dissesse ser um filho de Deus, por mais santo e justo que alguém pensasse que essa pessoa pudesse ser. Mas mais uma vez não vemos aqui o irmão Branham negando que Deus enviou o Seu Filho Jesus.

Conferência Com Deus (20/12/1959) §§ 106-107
Mas houve uma conferência feita no céu, o que este plano de redenção seria. E foi decidido por Deus, que Ele Se tornaria um homem, que Ele descesse e tomasse para Si próprio a maldição sobre Si. Não seria justo Ele enviar um Anjo. Não seria justo Ele enviar qualquer outra pessoa; mesmo se Ele tivesse um menino, não seria justo para Ele enviar o Seu menino. Não seria justo eu fazer Joseph sofrer pelas coisas do meu julgamento. Eu não seria justo ao fazer assim. Se eu pronuncio o meu julgamento, e quero redimi-lo, a única coisa que posso fazer é sofrer por isto eu mesmo.


Esse plano da redenção ao qual o irmão Branham se referia, já havia sido estabelecido desde antes da fundação do mundo quando Deus matou o Seu Cordeiro em Sua mente. Este plano era Dele e somente Ele poderia cumpri-lo; ninguém deveria fazê-lo em Seu lugar. Portanto a única maneira possível para isto acontecer seria de Deus mesmo vir em Seu Filho. Ele planejou em Sua mente enviar o Seu Filho; depois disso gerou-O para fazer todas as coisas por meio Dele, e, por fim, O enviou até nós. Ninguém mais poderia fazer essa obra senão Ele. No entanto, essa tradução somada às outras interpretações, tem sido mais que suficiente para alguns criarem suas próprias doutrinas e negarem todo o ensino bíblico e apostólico sobre a preexistência do Filho de Deus que o irmão Branham tanto defendeu.

Mas como se isso ainda não fosse o bastante, junto com a interpretação que foi feita a essas palavras do irmão Branham, existe ainda mais uma outra colocação feita por ele que é muito utilizada para arrazoar ou dar corpo à interpretação de que o irmão Branham teria supostamente voltado atrás em seu ensino e negado que Deus tivesse um Filho.

Em algumas ocasiões, o irmão Branham afirmava que Deus habitava ou veio só até Ele descer à terra em carne humana. Isso, segundo eles, confirmaria a suposta mudança de ensino de William Branham ao alegar que como Deus veio só, obviamente que Ele não teria nenhum Filho Unigênito para enviar. O irmão Branham sempre exaltava Deus como sendo o único e que ninguém se iguala ou se compara a Ele. Deus está sozinho, no que tange ao Seu Ser e natureza.

Paradoxo (6/02/1964) § 203
No princípio, Ele era o Pai. Ele estava acima de tudo. Ele estava sozinho. Ele habitava sozinho, Elohim.

Jeová-Jiré Nº. 2 (03/04/1964) § 191
Observe após a aparição neste Nome de Deus Todo-Poderoso. E foi revelado a ele que Ele era o Todo-Suficiente. Ele não tinha auxiliares; Ele não precisava de nenhum, de quaisquer secretários. Ele estava sozinho, Deus. Ele era Deus, sozinho.

Isso sempre era usado pelo irmão Branham como uma resposta para aqueles que dividem a Deidade em mais de uma pessoa. Não há outro Deus além do grande Deus Jeová. Porém todos os Seres celestiais que O vissem estariam olhando para a Sua teofania, que era o corpo celestial também de Seu Filho. Sendo assim, era através do Seu Filho que o Deus invisível sempre Se tornava conhecido; todavia não era possível ver dois, mas somente um. O irmão Branham disse que era através de Jesus que Deus Se revelava, e mais ninguém era visto senão Ele, sozinho, seja em teofania ou em carne humana.

A Era da Igreja de Esmirna (07/12/1960) § 46
Agora, na primeira era da igreja, descobrimos que os nicolaítas foram iniciados. Deus Se revelou como... Jesus Se revelou como o Deus Todo-Poderoso: não outro, não partes, não pedaços de Deus, Ele era Deus sozinho.

O Filho Jesus Cristo revelou Deus em plenitude e mais ninguém. Nós já sabemos que quando Deus gerou o Seu Filho antes da fundação do mundo o Pai habitou em Sua teofania que revelava somente Ele e nenhum outro. Portanto Deus está sozinho no sentido de não haver outro Deus como Ele, embora Deus não esteja sem companhia, pois era o Seu Filho Quem sempre O revelava. As Escrituras relatam que o próprio Senhor Jesus ficou algumas vezes sozinho e sem ninguém com Ele, mas isso não significava que Ele estivesse de fato sozinho:

Marcos 6:47
E, sobrevindo a tarde, estava o barco no meio do mar e Ele, sozinho, em terra.

Será mesmo que Jesus estava realmente sozinho? Jesus disse que o Pai que Lhe enviou estava sempre com Ele, portanto Ele não poderia estar de fato sozinho ali naquele lugar.

João 8:29
E Aquele que Me enviou está Comigo. O Pai não Me tem deixado só, porque Eu faço sempre o que Lhe agrada.

Veja que nem Jesus quando esteve na terra em forma humana durante o Seu ministério poderia estar de fato sozinho, pois desde o momento em que o Pai veio habitar no Filho na forma do Espírito Santo no rio Jordão, Ele não poderia estar só, uma vez que cada obra que o Filho fazia, era na verdade o Pai Nele que estava fazendo, pois “Jesus era Deus sozinho”. Portanto podemos somente dizer que o Filho estava sozinho porque não se podia ver outro junto com Ele, embora a Pessoa do Deus invisível estivesse habitando dentro do Seu Filho. As duas Escrituras aqui citadas não criam nenhum conflito de informações entre si, mas pelo contrário, quando as unimos, formamos um quadro mais completo do que nos é apresentado. E é assim que deve ser feito com todas as declarações que o irmão Branham faz; devemos uni-las, ao invés de criar-se alguma espécie de conflito entre elas, como alguns fazem.

Houve um tempo em que Deus também esteve só, até o momento em que Ele deu à luz ao Seu Filho, o Logos que saiu de Deus. Entretanto, usando a mesma imaginação que o irmão Branham pedia para que a sua audiência usasse a fim de imaginarmos Deus “corporizado” no Logos do Seu Filho, nós tampouco poderíamos ver ninguém mais a não Ser uma única Pessoa sozinha, que como já sabemos, é Aquele Deus único e eterno, que embora invisível, está refletido diante de nós no Filho que Ele formou. E como disse o irmão Branham, “antes que houvesse uma estrela, ou um átomo, ou uma molécula, Deus fez todas as coisas por Jesus Cristo, Seu Filho”. Isso prova que Deus não estava realmente só nessa ocasião, mas Ele estava em Seu Filho. E foi exatamente isso que os anjos viram quando foram criados: Deus sozinho visível em Seu Filho.

Quando Deus enviou o Seu Filho para nascer no ventre de uma mulher, podemos dizer que foi Deus mesmo Quem veio e nasceu, pois tendo o Filho nascido com a Sua teofania, que era o corpo teofânico do próprio Deus Jeová, o irmão Branham ensinava com isso que Deus estava ali de corpo presente na terra desde o nascimento de Seu Filho, embora ele também mostrasse que Deus não era exatamente aquele corpo teofânico, porque Deus é Espírito. O próprio Deus em Pessoa só Se manifestou sobre a terra no corpo de Seu Filho em plenitude, quando o Espírito Santo batizou Jesus no rio Jordão. Agora não havia ali apenas uma teofania encarnada ou mesmo “partes” ou “pedaços” de um Deus, mas todo o Deus sozinho. Portanto Deus veio por intermédio de Seu Filho.

Livro das Eras da Igreja – A Era da Igreja de Esmirna, página 116
Quando o Espírito Santo veio sobre Maria, Ele criou dentro de seu ventre a célula que se multiplicaria e se tornaria o corpo de nosso Senhor. Aquela célula foi criada. Foi o Princípio da Criação de Deus. (Jesus com o Seu corpo teofânico encarnado, que era também o corpo de Deus Jeová, era um “deus criado”, Ele era a Palavra de Deus manifestada em forma de carne) Isso é o que Jesus é. E aquele Santo foi cheio de sangue Santo, a saber, o sangue de Deus. Aquele tabernáculo nasceu. Ele cresceu até ser um homem. Ele foi ao Jordão e lá aquele Sacrifício foi lavado por João no rio chamado Jordão. Quando aquele Sacrifício Aceitável levantou-se das águas, Deus veio e habitou Nele, enchendo-O com o Espírito sem medida. (Agora nós temos de fato a própria Pessoa de Deus Jeová, que é Espírito, habitando Naquele Filho em plenitude) E quando Ele morreu e derramou Seu sangue, a perfeita vida de Deus foi liberada para voltar sobre o pecador que aceitasse Cristo como seu Salvador.

Portanto mais uma vez afirmamos que não há contradições nas declarações de William Branham ou mesmo em seu ensino. Quando o irmão Branham dizia que “Deus mesmo veio” ele não estava negando que Deus enviou o Seu Filho, pois foi necessário que primeiro o Seu Filho fosse enviado para que então Deus Se fizesse presente entre os homens, atuando como um Parente Redentor. E as suas declarações de que Deus está ou veio só, não nega de forma alguma a existência real do Seu Filho Unigênito antes da criação.

Quando Jesus esteve entre os homens dizendo ser o Filho de Deus, os religiosos do Seu tempo O puseram para fora e Lhe crucificaram, porque eles não acreditavam que Deus tinha um Filho. Hoje existem religiosos cegos criando as suas próprias doutrinas, para de todas as maneiras negarem que Deus tem um Filho, e ao fazer assim, O colocam para fora de seus sistemas novamente.

A Voz do Sinal (21/03/1964) §§ 209-213
O sinal de Jesus, como Messias, para curar os enfermos, eles aceitaram isso. Mas um dia Ele disse: “Eu e o Pai somos um”. Oh, que coisa, aquela voz não foi aceita. Eles disseram: “Você Se faz Deus, igual a Deus”. Ele disse: “Eu sou o Filho de Deus”. “Oh, que coisa, como poderia Deus ter um Filho? Veja, longe de Deus ter um Filho!” Mas, veja, eles creram no – no sinal, os enfermos podiam ser curados, e, oh, isso foi maravilhoso, isso era simplesmente muito bom. Mas quando se tratou da voz, eles não quiseram crer na voz. O que eles fizeram? Eles O colocaram para fora. E sabe de uma coisa? A Bíblia nos diz, em Apocalipse capítulo 3, nesta era da igreja de Laodicéia, que seria feito a Ele a mesma coisa. Ele estava do lado de fora da igreja. Essa é a Palavra manifestada. Ele era a Palavra manifestada. Ele ainda é a Palavra manifestada.
   
CAPÍTULO 16

Deus Enviou o Seu Filho Desde os Céus

Então como vimos até aqui, desde antes da fundação do mundo Deus tinha o Seu plano da redenção em mente, que era o de enviar desde os Céus o Filho que Ele gerou e que desde lá já habitava com Ele, e o irmão Branham disse que o Deus Jeová enviou o Seu Filho Jesus até nós para fazer o caminho da nossa redenção:

Jó (23/02/1955) § 70
Oh, como o Espírito Santo parece estar Se movendo em meu coração. Eu não consigo pensar em nada, amigos, não há nada maior do que como Jesus desceu até aqui na terra e fez o caminho da redenção, e cumpriu todos os planos, desde o jardim do Éden, bem antes disso. Desde antes da fundação do mundo, Jeová falou, e aqui vem Jesus tomando o Seu pla-... tomando o local, e saiu daqui, e veio, e morreu, foi feito pecado para que você pudesse ser salvo.

Por conseqüência de seu ensino sobre a preexistência do Filho de Deus, o irmão Branham afirmava que Deus havia enviado o Seu Filho desde os céus até nós, para por meio Dele reconciliar o mundo Consigo mesmo, mostrando que antes de o Filho ter nascido em carne humana, Ele já existia gozando de uma comunhão gloriosa com o Seu Pai nos palácios celestiais.

Batalhando Ardentemente Pela Fé Que Uma Vez Foi Entregue aos Santos (14/06/1953) § 22
Agora aqui, olhe. Aqui estava o Filho de Deus, que desceu dos palácios de marfim de Deus, que se fez carne e habitou entre nós.

Esses “palácios de marfim” não era para o irmão Branham algum lugar mítico criado apenas na mente de Deus, mas para ele isso era um lugar real onde o Cordeiro habitava desde antes da fundação do mundo com Seu Pai até descer e vir à terra. E lembre-se mais uma vez que Jesus disse que o Pai Lhe enviou. Portanto como o Filho não era o Seu próprio Pai então Ele não poderia enviar a Si mesmo.

A Perfeição (19/04/1957) § 40
Então, Deus, por Sua Graça soberana, enviou dos portais da Glória, Seu Filho Unigênito para assumir o nosso lugar.

Nesta declaração, o profeta aqui está nos dizendo muitas coisas com poucas palavras. Se o Filho antes de ser enviado por Deus estava nos “portais da glória” no Céu, é porque para o irmão Branham Jesus possuía uma preexistência. Esses “portais da glória” não eram a “mente gloriosa” de Deus como querem alguns ministros que combatem a preexistência do Filho, mas o irmão Branham estava se referindo literalmente aos lugares celestiais onde Jesus habitava em comunhão com Seu Pai. Aquela mesma teofania do Filho que era o Logos que saiu de Deus antes da criação, veio depois dos portais da glória até nós para habitar em um corpo de carne. Veja também pela descrição que o irmão Branham fez, de que Jesus já era o “Filho Unigênito” antes mesmo de ser enviado por Deus. “Unigênito” vem do grego “monogenes” que significa “gerado de forma única”, “único do seu tipo”, “exclusivo”, o que demonstra no entendimento do profeta, que o Filho não foi enviado por Deus desde os portais da glória para se tornar um Filho Unigênito, pois Ele já o era por ter sido gerado pelo Seu Pai antes mesmo do Seu nascimento físico. Ele é o Filho Unigênito porque somente Nele é que Deus poderia Se expressar em toda a Sua plenitude. Deus seria injusto se nos enviasse uma outra pessoa ou um filho comum, mas Ele foi justo e amoroso quando nos enviou o Seu Filho Unigênito.

CAPÍTULO 17

Do Céu Para a Terra

E como se pôde observar até aqui, quando o irmão Branham falava sobre Deus ter enviado o Seu Filho até nós, ele aludia não somente à uma comissão que Deus havia Lhe dado, como a organização unicista unicamente interpreta, mas também a uma mudança de posição que o Filho já ocupava anteriormente para assumir uma outra. E é exatamente esse mesmo pensamento que ele tinha em mente toda vez que ele afirmava que Deus enviou até nós o Seu Filho Jesus Cristo: Ele estava antes com o Seu Pai nos Céus e de lá foi enviado por Deus para a terra. Deus não enviou a Si mesmo para a terra; Deus enviou o Seu Filho para a terra.



Divino Amor (05/03/1957) § 6
Quando Jesus veio sobre a terra, os homens estavam procurando o Messias vir em grande esplendor. Mas quando Deus enviou o Seu Filho para a terra e O enviou, não nasceu de alguma família real de reis, e nem Ele O trouxe para alguma grande ordem religiosa. Mas Ele visitou uma menina camponesa, e Ele escolheu trazer o Seu filho através daquela jovem, não mais do que apenas uma mocinha adolescente.

A Infalível Palavra de Deus (6/04/1956) § 30
E como as pessoas hoje que estão perdidas e arruinadas sem Cristo, como podemos nos alegrar e louvar a Deus de que a expansão foi bem recebida quando Deus enviou Jesus Cristo à terra (Não era Deus enviando a Si mesmo. Aqui não se trata de um Ser enviando a Si mesmo, mas de um Ser enviando um outro Ser) e Ele morreu no Calvário para construir uma ponte como um caminho para homens e mulheres pecadores se encontrarem com o seu Redentor e seu Criador. E nenhum outro é essa Ponte a não ser o próprio Deus Todo-Poderoso. Sua Palavra é Ele, Ele mesmo. E Ele colocou Sua própria Vida para baixo para que pudéssemos caminhar sobre Ele na glória. Em uma extremidade da ponte estava ninguém mais a não ser Emanuel, “Deus conosco”. Na outra extremidade da ponte está o Senhor Jesus Cristo ressuscitado que está no poder e na glória do Pai. Amém. A conexão está certa: Sua Palavra. Cada profecia do Antigo Testamento apontava diretamente para o Calvário. Cada profecia do Novo Testamento aponta de volta para a obra consumada no Calvário. E por que nós aqui nos últimos dias tentaríamos apontar para alguma outra coisa? Não seria certo. Seria errado.

A Ordem da Igreja (07/10/1958) § 21
Eu acho, em primeiro lugar, que cada membro, ou cada adorador do Tabernáculo Branham, deveria estar tanto no amor divino um pelo outro até que isso fizesse – os seus corações sentirem saudades um pelo outro quando eles têm que ir embora, para deixar um ao outro no culto da noite. Eu sou um verdadeiro crente no amor divino. O apóstolo Paulo disse que isso era a evidência do Espírito Santo. “Por esta forma, todo o homem saberá que sois Meus discípulos”, disse Jesus, “quando vocês têm amor um pelo outro”. E nós cremos que foi o amor de Deus que enviou Jesus Cristo à terra para morrer por todos nós. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. E a Vida Eterna aqui é “a própria vida de Deus”, porque nos tornamos filhos e filhas de Deus pelo batismo do Espírito Santo, que é a Semente de Abraão, e nos dá a fé que Abraão teve, quando ele creu em Deus antes mesmo que ele fosse circuncidado.

A Escritura na Parede (08/10/1958) § 116
Senhor, Tu que fizeste os céus e a terra, Tu que enviaste o bendito Senhor Jesus aqui para a terra; e Nele habitou a plenitude do Espírito.

Lei ou Graça (06/10/1954) § 184
E Tu tens dito: “Se tu podes crer...” E nós cremos no quê? Cremos que Deus enviou o Seu Filho a este mundo e foi feito pecado em nosso lugar.

Se o começo ou origem do Filho de Deus tivesse sido somente aqui na terra, como quer a organização unicista, não faria sentido o irmão Branham dizer que Deus enviou Jesus para vir à terra se Ele já estivesse nela. Se ele disse que Deus enviou o Seu Filho para a terra ou para este mundo, é porque antes o Filho de Deus estava em um outro mundo, o mundo celestial, e de lá onde o Filho estava Deus O enviou até nós.

Deus tinha uma toxina para combater a morte, porém não seria justo Deus enviar um outro no lugar de Seu Filho como uma cobaia para tomar essa Toxina, seja um menino inocente, ou um santo ou alguém que se intitulasse um filho de Deus, pois nada disso iria servir. Era necessário então que o próprio Filho Unigênito descesse à terra e provasse por Si mesmo.

Bálsamo em Gileade (24/11/1959) § 26
Agora, todos aqueles cordeiros foram uma sombra, ou um trampolim apontando para um tempo em que Deus iria trazer a verdadeira Toxina para baixo. Então Deus nunca escolheu uma cobaia, nem escolheu Ele qualquer outra coisa. Mas Ele testou o soro em Seu próprio Filho. O Filho de Deus nascido de uma virgem desceu à terra, e Deus Lhe deu a Toxina, o teste da Toxina.

Perguntas e Respostas nº. 1 (03/01/1954) § 30
E o batismo é apenas uma – uma – uma forma; é para – para mostrar ao mundo (ou para a congregação em que você está – com que você está nesse tempo) que você, diante de testemunhas, para provar que você creu que Deus enviou o Seu Filho e que Ele morreu e ressuscitou no terceiro dia, e que você foi sepultado Nele e ressuscitou para andar em novidade de vida.

A Maneira de se Ter Comunhão (09/10/1955) § 50
...Essa é a razão porque nós estamos aqui. Deus enviou o Seu Filho, não crê você nisso? Ele enviou o Seu Filho para que nós pudéssemos viver. O Filho teve que derramar Seu Sangue. Ele ressuscitou Seu corpo; Seu corpo e ossos estão na Presença de Deus nesta noite. Mas Seu Sangue ainda mancha a terra.

Expressões (13/03/1962) § 35
Então Ele enviou-nos a Sua imagem expressa na forma de Seu Filho. Deus enviou o Seu Filho na imagem expressa de Si mesmo, (Ou seja, Deus estava Se desvelando a Si mesmo. Antes da criação foi em uma forma teofânica e agora em um corpo de carne. Porém lembre-se que o Filho de Deus veio a este mundo com a mesma teofania que Ele já possuía, que também era o próprio “corpo de Deus Jeová”, que embora não fosse o próprio Deus, esse corpo teofânico já era uma imagem expressa de Si mesmo naquele bebê da manjedoura, “o pequeno Jeová”) para declarar à raça humana que Ele pensou em nós.

Adoção nº. 3 (22/05/1960) § 43
Deus enviou o Seu Filho, feito à semelhança da carne do pecado, para sofrer em meu lugar.

Expectativa (08/11/1953) § 41
Gostaria de vir, senhora? Você crê que Deus enviou o Seu Filho, Jesus, para morrer por seus pecados e por sua enfermidade?

Elias (01/03/1955) § 47
“Porque Deus amou o mundo, que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele (hispânico, de cor, etíope, indiano, anglo-saxão) todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, porque eles creram que Deus enviou o Seu Filho para morrer no lugar do pecador.



A Prova da Sua Ressurreição (10/04/1955) § 37
Deus enviou o Seu Filho, pregando o Evangelho. Isso mesmo. O Evangelho são as boas novas. Em Isaías 61, para vocês que estão anotando as Escrituras, Deus disse aí, falando – Isaías, sim, da vinda de Cristo. Ele disse: “Deus Me ungiu para pregar o Evangelho, para trazer boas novas, e para libertar os cativos, e para abrir as portas da prisão, e por em liberdade os cativos”. Deus enviou Cristo para abrir as portas da prisão do homem que se encontra na escuridão.

Testemunho (02/09/1953) § 9
Não condene os outros. Se eles cometem erros, seja bom para eles de qualquer maneira. Basta passar por alto essas coisas. Porque Deus teve que passar por alto muita coisa por você e por mim. Isso mesmo. Deus, ajude-nos a sempre termos essa atitude em nossos corações. Ore por mim para que eu nunca olhe mais para as pessoas assim. Não importa o que elas estejam fazendo. Que eu sempre olhe para elas, de que elas são criaturas de Deus. De que Deus enviou o Seu Filho para assumir o seu lugar. E eu como um ministro, sou grato de que Ele me perdoa. E eu quero que Ele perdoe a eles também. É dessa maneira que nós deveríamos fazer.

Batalhando Pela Fé (02/1956) § 104
Pense na grande igreja ortodoxa, com todos os seus grandes sacerdotes e sumos sacerdotes, e seu grande glamour e glória naquele dia, e nenhuma vez qualquer apóstolo ou qualquer homem de Deus sequer visitou ou aceitou isso. Quando Deus enviou o Seu Filho, enviou-O para longe disso. E Ele virou-Se e disse-lhes que eles estavam em hipocrisia, e disse-lhes o quão ruim eles eram e tudo mais.

Hebreus Capítulo Seis nº. 2 (08/09/1957) § 295
Agora, se Deus fez isso, nos predestinou antes da fundação do mundo, e conhecia a cada um de nós pelo nome antes da fundação do mundo, e nos elegeu para a Vida Eterna, e enviou Jesus Cristo para nos redimir, naqueles seis mil anos atrás que Ele nos viu, para que possamos aparecer para os Seus louvores em glória, como pode você se perder?

Perseverança (08/06/1962) § 8
Ele ainda é o nosso Pai celestial, não é? E nós O amamos porque Ele nos amou primeiro, e enviou Jesus Cristo para que Ele pudesse morrer em nosso lugar, para que Ele – para que pudéssemos ser a justiça de Deus através de Cristo.

Veja que todas essas declarações que o profeta faz aqui demonstram o seu entendimento de que Deus enviou o Seu Filho Jesus Cristo, o Logos que saiu de Deus, desde os Céus até nós, porque era lá onde primeiro Jesus estava antes de vir e assumir a forma de escravo do nosso corpo de pecado. Porém lembre-se que como já vimos até aqui, o Filho de Deus não veio do Céu na forma de um pensamento, pois Ele já existia no Céu em Sua teofania. E não foi um atributo ou um ofício que desceu do céu simplesmente, mas um Ser real que já existia anteriormente e que depois Se encarnou.

O Poderoso Conquistador (01/04/1956) § 116
Mas quando Ele morreu, e havia ressuscitado novamente, e subiu, Ele... A Bíblia diz: “Ora, ninguém subiu, a não ser Aquele que primeiro desceu”. Quando Ele estava no céu, Ele era o Logos que saiu de Deus no princípio, e Ele desceu à terra, (a esta altura o leitor já compreendeu que, de acordo com o ensinamento do irmão Branham, primeiro o Filho de Deus foi gerado do Seio do Pai e lá no Céu permaneceu com Deus até que o Pai O enviasse à terra para nascer) e não era para ser feito um anjo. Ele desceu à terra e assumiu a forma de um escravo, não de um anjo. Nem desceu na grande glória de Jeová, mas Ele veio como um Homem para redimir o homem, para morrer pelo homem, para morrer – como um homem. Ele nunca morreu como Deus. Ele morreu como um homem. O pecado do homem estava sobre o Filho do homem, e Ele teve que Se tornar um homem, a fim de pagar a penalidade. O que Ele fez? A Bíblia diz que Ele foi feito um pouco menor do que os anjos a fim de morrer para que Ele pudesse afastar e abolir o pecado e tirar as enfermidades do mundo. Agora, quando Ele desceu do alto, o Logos de Deus, (ou seja, quando o Filho Unigênito desceu do Céu) Ele desceu por meio de Anjos, e desceu, e foi feito um homem, e Ele disse: “Eu não sou nem mesmo um homem. Sou um verme e não homem”, pois Ele foi desprezado e rejeitado.

O Selo do Anticristo (11/03/1955) § 75
Essa é a mesma coisa que eu penso esta noite. Você pode pregar todos os seus credos e dogmas que você desejar, mas o meu Senhor Jesus desceu do céu na forma de carne pecaminosa, e humilhou-Se a Si mesmo, e veio ao mundo com pele, e foi zombado, e maltratado, e ferido, e machucado, e pendurado no Calvário, como um malfeitor.

O Selo do Anticristo (11/03/1955) § 21
Cristo, o Filho de Deus, veio do céu, retornando de volta ao céu, levando com Ele o crente...

A Fé Que Uma Vez Foi Entregue Aos Santos (29/11/1953) § 66
Agora, veja. Aqui estava o filho da perdição vindo do inferno, voltando ao inferno. Aqui estava o Filho de Deus vindo do céu, voltando para o céu. Perfeitamente Judas e Jesus...

Shalom (12/01/1964) § 185
E um dia Jesus disse-lhes, disse: “O que vocês pensarão quando o Filho do homem, que é do Céu, sobe de volta para o Céu? Eu vim do Céu, e voltarei para o Céu”.

Identificação (16/02/1964) § 178
Jesus veio do Céu, para dar-lhe Vida. Com que multidão você está identificado?

Veja que em tudo isso, percebemos que há um grande mérito no ministério de William Branham por nunca ter rejeitado as Escrituras que falavam que Deus, o Pai de Jesus, enviou o Seu Filho até nós. Muitos que procuram demonstrar algum tipo de zelo por Deus, mostram não possuir nenhum entendimento quando negam que Deus enviou o Seu Filho Unigênito. O irmão Branham sabia que Deus tinha um Filho e sabia que foi o Seu Pai que O enviou até nós. E é nisso que todos os filhos de Deus precisam crer também.

A Manifestação do Espírito (17/07/1951) § 47
Eu quero que você creia em Deus. Eu quero que você creia em Cristo. Eu quero que você creia no Espírito Santo. E eu quero que você creia em mim. Agora, você pode crer Neles, e não crer que eu lhe disse a verdade; você nunca irá se beneficiar com isso. Sabe de uma coisa? As mesmas pessoas que acreditavam em Deus e que eram zelosas por Deus, mataram Jesus. Mas Jesus disse: “Como você crê em Deus, creia também em Mim”. É isso mesmo? Eles eram crentes em Deus, criam em Seu Pai, mas eles devem crer que Ele era o Filho enviado pelo Pai (é isso mesmo?) não o Pai, mas Ele era o Filho enviado pelo Pai. (Jesus não era o Seu próprio Pai, embora o Pai que O enviou do Céu estivesse com Ele) Eu sou... Eu não sou nem o Pai, nem o Filho, nem o Espírito Santo. Eu sou um homem, seu irmão, vindicado – com um ministério vindicado por um Ser sobrenatural, não eu, o Anjo do Senhor que veio de Deus para ministrar essas bênçãos para você. Por acaso poderia essa luz elétrica dizer: “Olhe que grande fio eu sou”? O fio não tem nada a ver com isso; é a corrente no fio que faz a luz, não o fio. E eu sou como o fio. Eu não tenho nenhuma luz própria, até que seja ligado de algum outro lugar. Vê você que eu dou louvor a Jesus Cristo e a Deus? Não é de mim mesmo; é Dele. Creia.

CAPÍTULO 18

O Pai e o Filho: Dois Seres Sobrenaturais

Como vimos no início desse estudo, o irmão Branham nos disse que tudo que ele procurou falar foi exatamente da mesma maneira que a Bíblia falou. Desta forma, houve um grande esforço por parte do irmão Branham de fazer com que o seu ensino e a sua doutrina espelhasse o mesmo conteúdo doutrinal e a mesma linguagem usada nas Escrituras, da qual ele sabia perfeitamente que não poderia fugir. Por professar a sua crença nas Escrituras de que Jesus preexistiu com o Seu Pai desde antes da fundação do mundo, ele precisou então admitir igualmente que este Filho foi gerado à imagem deste mesmo Deus que O formou, exatamente como as Escrituras dizem:

Hebreus 1:3
Ele (está falando do Filho de Deus) que é o resplendor da glória e a expressão exata do Seu Ser...

O Filho era a expressão exata do Ser de Deus, e esse termo “expressão exata” vem do grego “charaktér” que significa “marca ou figura cauterizada”, “impressão”, “expressão exata (imagem) de alguém ou algo”, “semelhança marcada”, “reprodução precisa em todos os aspectos”. E era exatamente isso tudo que o Filho de Deus era: uma cópia perfeita e uma reprodução idêntica do Ser de Deus, razão pela qual o apóstolo Paulo disse que o Filho estava “na forma de Deus” por ser igual (“isos”) a Deus. E é por essa razão que a palavra grega usada aqui para se referir a este “Ser” de Deus foi “hupostasis”, que quer dizer “ato de colocar ou estabelecer sob”, “algo colocado sob”, “base”, “fundação”, “aquilo que tem um fundamento”, “aquilo que tem existência atual”, “substância”, “ser real”, “pessoa”, “qualidade substancial”. Se o Filho é uma cópia igual, tem de haver então em algum lugar um original de onde essa cópia foi feita. Deus então é essa base ou fundação a qual o Filho estava espelhando. Portanto por ser uma cópia perfeita de Deus, Jesus não poderia refletir nada diferente daquilo que Deus era em todos os aspectos. Deus fez de Si mesmo um modelo para que a Sua obra prima pudesse ser um meio do qual Ele pudesse ser revelado e conhecido. Tal expressão exata de Deus foi manifestada tanto em uma forma teofânica como também na Sua forma velada em carne humana. Mas em ambas as condições, este Filho reproduziu fielmente a mesma substância e características do Ser de Deus. Se Deus é Logos, a Palavra, o Filho também terá que refletir a tudo isso.

Portanto o que as Escrituras nos dizem é de que um Ser gerou a um outro Ser feito à Sua imagem e semelhança, de tal maneira que essa imagem tornou-Se idêntica a Ele mesmo. E como o irmão Branham cria que o Filho foi gerado por Deus antes mesmo da criação, ele então precisou também fazer eco a essas mesmas Escrituras e dizer que um Ser gerou a um outro Ser à Sua imagem e semelhança. Como Deus é Espírito, sem um corpo físico ou material, este Filho que foi formado à imagem de Seu Pai teve que possuir semelhantemente uma forma que fosse espiritual ou sobrenatural, porque era exatamente isso que Deus era, um Ser sobrenatural, e era dessa maneira que o irmão Branham aludia a Deus quando mencionava o Seu Ser ou a Sua Pessoa, pois ele cria que Deus é um Ser Pessoal.

O Caminho Provido Por Deus (01/12/1953) § 30
O Seu caminho provido tem sido a Sua Palavra; é a Sua Palavra. O caminho provido por Deus para o ser humano viver não é por seus sentidos; é por Sua Palavra. Agora, Deus colocou o homem primeiro à Sua própria imagem, que estava em uma imagem de Deus. E Deus é um Ser sobrenatural.

Se Deus Está Conosco, Então Onde Estão Todos os Milagres? (31/12/1961) § 66
O homem valente poderia remeter à antiga Palavra e saber que Ela está certa, porque ele sabia disso, que Deus é um Ser sobrenatural. E onde quer que um Ser sobrenatural esteja, Ele fará sinais sobrenaturais, porque o sobrenatural está Nele.

O Super Sinal (30/04/1961) § 43
Ó Deus, o Ser sobrenatural, o tempo está passando despercebido de mim. O tempo está passando despercebido de todos nós, Senhor.

E o irmão Branham disse que foi esse mesmo Ser sobrenatural, Deus, que gerou ou deu à luz ao Seu Filho antes da fundação do mundo:

Perguntas e Respostas Sobre Gênesis (29/07/1953) §§ 26-31
Agora: “Ninguém jamais viu o Pai em tempo algum”. Ninguém pode ver Deus na forma corporal, porque Deus não está em forma corporal; Deus é Espírito. Vê? Tudo bem. “Ninguém viu o Pai, a não ser o Filho Unigênito do Pai que O revelou”, I João... Vê? Agora, mas observe agora, não há nada; há apenas espaço. Não há luz; não há trevas; não há nada; simplesmente parece nada. Mas lá está um grande Ser sobrenatural, Jeová Deus, que cobria todo o espaço de todos os lugares em todos os momentos. Ele era de eternidade a eternidade; Ele é o princípio da criação. Este é Deus. Não se pode ver nada, não se pode ouvir nada, nem um movimento de um átomo no ar, nem nada, sem nenhum ar, sem nada, mas ainda assim, Deus estava lá. Este era Deus. (Veja que aqui o irmão Branham insiste em dizer que este primeiro Ser sobrenatural que ele menciona é Deus, mas não o Filho. Jesus é um outro Ser que será gerado logo em seguida, antes mesmo que houvesse um “átomo de ar” ou qualquer coisa criada.) (Agora, vamos observar por alguns minutos, e depois de um tempo...) Ninguém jamais viu Este, agora; este é o Pai. Este é Deus, o Pai. Agora, observe. Depois de um tempo eu começo a ver uma pequena Luz sagrada começar a se formar, como um pequeno halo ou algo; você só poderia vê-lo pelos olhos espirituais para olhar agora, enquanto estamos olhando, toda a igreja agora. Estamos de pé sobre um grande corrimão, observando o que Deus está fazendo. E nós vamos chegar até a esta pergunta aqui e você verá como Ele a traz. Agora, ninguém jamais viu a Deus. E agora, a próxima coisa que nós começamos a ver, pelos olhos do olhar sobrenatural, vemos uma pequena Luz branca se formando lá fora. O que é isso? Isso foi chamado pelos leitores da Bíblia de “Logos”, ou “o ungido”, ou “a unção”, ou o – como eu diria, a – a parte de Deus que começa a se desenvolver em algo de modo que os seres humanos pudessem ter algum tipo de uma ideia do que Isto era: era uma pequena, uma pequena Luz movendo-se. Ele... Isso era a Palavra de Deus. Agora, Deus Ele mesmo deu à luz a este Filho que era antes que houvesse até mesmo um átomo no – ou ar para fazer um átomo. (O irmão Branham está mais uma vez declarando que o Filho que foi gerado por Deus surgiu antes que qualquer outra coisa fosse criada. Ele está reafirmando que o Filho teve uma preexistência. Isso tudo que o profeta está nos relatando não se passou na mente de Deus, mas ele está nos falando de algo que começou, como tendo um início, e na mente eterna de Deus nada tem início, pois tudo sempre esteve lá.) Este era... Veja, Jesus disse: “Glorifica-Me, Pai, com a glória que Nós tínhamos antes da fundação do mundo”. Veja, lá distante...

Aqui o irmão Branham confirma, como já vimos, a Escritura de João 17:5 onde Jesus remonta à Sua preexistência relembrando a comunhão que Ele teve com o Seu Pai antes que o mundo fosse criado. O irmão Branham não está tratando agora daquele plano da redenção que foi estabelecido na mente de Deus, mas da ocasião em que Ele deu início ao Seu plano ao gerar desde o princípio este Filho para então começar todas as demais coisas por meio deste. Portanto o que o irmão Branham está nos dizendo claramente aqui é que UM SER GEROU OUTRO SER.

Ele disse que o Filho que foi gerado por Deus também é um Ser sobrenatural, exatamente como o Seu Pai, pois foi feito à Sua imagem, em razão de levar Consigo as mesmas características e genes de Deus:

 Mostra-nos o Pai e Isso Nos Bastará (11/06/1953) § 65
E quando Ele fez tudo o que parecia agradável e bom para Ele, agora Ele disse: “Façamos (plural) façamos o homem (plural) à Nossa própria imagem”. O que Ele era? Aí está um Ser sobrenatural. (Este que o irmão Branham se refere é Deus) Aí está Aquele que não podia ser visto. Deus o Pai nunca foi visto, nunca será visto. Ele é todo o universo. E ali está Ele. E agora, aqui está o Filho, que é o Logos que saiu Dele, feito à Sua imagem, um Ser sobrenatural que saiu no princípio.

O irmão Branham aqui está afirmando que Deus é um Ser sobrenatural porque Deus é Espírito. Porém esse mesmo Ser sobrenatural gerou um outro Ser sobrenatural que saiu Dele e que foi o Seu Filho, o Qual era o Logos que saiu de Deus no princípio. A lógica do irmão Branham é muito simples: se o Filho é a “expressão exata do Seu Ser”, como dito em Hebreus, e se Deus é um Ser sobrenatural, então é exatamente isso que o Filho também teria que ser: um Ser sobrenatural. O irmão Branham referia-se a Deus como um Ser sobrenatural e que o Seu Filho era o Logos que saiu Dele em um corpo teofânico, portanto um outro Ser preexistente com Deus em um corpo sobrenatural, justamente por ambos pertencerem a uma outra dimensão diferente da terrena. O Filho é um Ser sobrenatural porque foi feito à imagem de um Ser sobrenatural, Deus. O Filho de Deus estava em uma teofania, que é o Seu corpo-Palavra, um corpo espiritual, portanto sobrenatural também, e como já vimos o irmão Branham dizer antes, esse corpo teofânico era a imagem expressa de Deus mesmo onde Ele pudesse Se desvelar, de modo que o corpo de Seu Filho era o próprio corpo de Deus Jeová. Ele foi feito à imagem perfeita (charaktér) do Pai para que Deus pudesse ser conhecido por meio Dele. O Filho levava Consigo todos os genes espirituais do Pai, que jamais pôde ou poderá ser visto, porém o Seu Filho é e sempre será a imagem visível do Deus invisível. É por essa razão que o apóstolo João escreveu em seu evangelho: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse O revelou. (João 1:18)

O irmão Branham não está pregando aqui um ensino dualista de dois deuses e nem muito menos um ensino trinitário de três deuses, visto que os trinitários creem em um único ser manifestado em três pessoas, algo muito parecido com o ensino sabelianista que fala de um único ser manifestado em três ofícios, enquanto que aqui o irmão Branham está mencionando DOIS SERES. Um é Deus e o outro é o Seu Filho, exatamente como a Bíblia disse, um Ser, o Filho, que era a expressa imagem do Ser de Seu Pai, Deus.

Embora o irmão Branham cresse na manifestação de Deus em três ofícios ou títulos como Pai, Filho e Espírito Santo, ele não negava a existência real do Filho de Deus como um Ser gerado por Ele e que era preexistente com o Seu Pai antes da criação.

Mostra-nos o Pai e Isso Nos Bastará (11/06/1953) §§ 61-63
Vamos fazer uma pequena viagem para ver Quem Ele era, e você pode descobrir se Deus estava em Seu Filho ou não. (Veja que ele não irá tratar de um Filho dentro da mente de Deus, como querem os unicistas, mas de um Deus que embora seja único – pois só Ele é Deus sozinho – habitava em Seu Filho antes da fundação do mundo) Vamos fechar os nossos olhos por assim dizer, e fazer uma viagem de cem milhões de anos antes de se ter uma estrela no céu; lá estava Deus. Deus estava lá então. E agora ao olhar no princípio eu vejo esse grande espaço além. E então o Logos saiu de Deus, que era o – o Cristo, a unção que saiu. E agora ninguém... Nós estamos de pé sobre um corrimão assistindo a criação que veio à existência, e ver se Ele estava em Seu Filho agora. E lá Ele saiu. Não havia nada. (Ou seja, o mundo ainda não havia sido criado) E então aqui vem o Logos. Isso parecia um Halo pendurado lá adiante. Ninguém jamais viu a Deus em tempo algum agora, olho no olho. (Deus é um Ser sobrenatural que jamais poderá ser visto porque Ele é o Espírito invisível, mas Ele passa a Se revelar agora em um outro Ser que é o Seu Filho, o Cristo) E aqui está o Logos. Parece que é um Ser sobrenatural. É um Halo. Esse é o Filho de Deus. (Não um ofício, mas um Ser sobrenatural preexistente a qualquer criação, que saiu feito à imagem e semelhança de um outro Ser sobrenatural, Seu Pai, Deus) Não Filiação eterna, porque as palavras não andam bem juntas. Essa é a doutrina católica, mas... eterno, como poderia ser uma Filiação e ser eterno? Se Ele é um Filho, Ele teria que ter um princípio de tempo. Eterno é para sempre. Vê? Então Filiação eterna, não há tal palavra para tornar isso lógico. Mas era o Logos que saiu de Deus. E lá estava Ele brincando lá fora no espaço como uma criança em frente à porta.

Veja que para o irmão Branham, o princípio do Filho de Deus foi bem antes da criação ter tido o seu princípio. Aqui o profeta de Deus demonstra não crer na doutrina trinitária de três pessoas da Divindade, porque ele fez do Filho um Ser distinto de Deus, enquanto que os trinitários fazem de ambos, o Pai e o Filho, pessoas diferentes de um mesmo Ser. Se Jesus fosse o mesmo Ser de Deus Ele não poderia ser um Filho porque Deus é eterno, enquanto que um filho tem princípio. Se alguém faz do Filho Jesus Cristo o mesmo Ser eterno de Deus, sem princípio, você tem pelo menos dois deuses, e esse é o ensino tanto da trindade como também da dualidade, para os que fazem do Filho um segundo deus eterno. Mas por outro lado, se alguém nega a existência do Filho ao fazer Dele o próprio Ser de Deus, sendo apenas uma outra manifestação ou ofício Seu, então o que você tem é um Filho sendo tanto o Seu próprio Pai como esse mesmo Pai sendo Filho de Si próprio, e esse é o ensino unicista, também condenado pelo profeta. Mas pelo simples fato de o Filho ter sido gerado por Deus, ainda que antes da criação, isso faz Dele um Ser como tendo um princípio, portanto Ele não poderia ser “o Filho eterno de Deus”, como ensina o trinitário, mas o Filho do Deus eterno.

Queríamos Ver a Jesus (12/07/1962) § 117
Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Ele nunca falha. Ele é o Filho do Deus eterno, e Ele nunca pode falhar. Creia Nele de todo o coração.

Vimos também que o irmão Branham disse que Deus “deu à luz” ao Logos, ou seja, Ele gerou um Filho, o que significa que Ele teve um princípio, porém sempre lembrando que esse Seu princípio foi ainda antes dos princípios da criação, o que faz do Filho um Ser preexistente a tudo que foi criado. Deus é um Ser, porém ninguém, nem anjo algum que depois viria a ser criado poderia vê-Lo – por Ele ser o Deus invisível – até o momento em que Ele gerou o Seu Filho, que foi um outro Ser sobrenatural feito à imagem de Seu Pai. Nesse Ser do Logos, Deus Se velou e Se tornou conhecido. Em outras palavras, pela primeira vez o Ser de Deus Se tornou visível por meio do Seu Filho Jesus, o Seu “véu”. Portanto embora sejam dois Seres, somente um pode ser visto que é o Filho de Deus feito à Sua imagem. Entretanto, quem O ver estará vendo o próprio Ser de Deus velado Nele, seja em uma forma teofânica ou em um corpo de carne. E essa unidade existente entre os dois é tão perfeita que ambos Se tornam o mesmo Ser e a mesma Pessoa. O irmão Branham não estava com isso ensinando dois seres na Divindade; só existe uma Divindade que é Deus, Aquele Ser sobrenatural auto-existente e sem princípio, porém essa Divindade só é revelada e manifestada no Filho que Ele gerou.

E tudo que veio à existência foi criado por Deus através de Seu Filho. Estes dois Seres atuaram juntos em uma unidade para criar todas as coisas.

Atitude e Quem é Deus? (15/08/1950) § 18
Posso ver esta pequena Luz sair. Agora nós temos dois. O Pai, e do Pai veio a Luz, o Filho. E eu posso ver essa Luz se movendo para cá e que arrastou a terra para perto do sol para secá-la. E começa a...?... levantar a água, separando a terra, a terra da água, e por aí vai. Então Ele começa a criar.

Veja que se o irmão Branham disse que antes de o homem ser criado haviam dois, o Pai e o Seu Filho, então a partir desse momento Deus não estava só. Deus é o único Criador, mas Ele manifestou o Seu poder criativo através do Seu Filho, e é dessa glória que o Filho disse possuir junto com o Seu Pai antes que o mundo existisse.

Deste modo podemos compreender melhor que a afirmação de que “Deus estava sozinho”, significa que Deus era auto-existente por Si mesmo. Antes de gerar o Seu Filho, Deus estava sozinho. Ele não precisou do Seu Filho para existir; e não existiu um outro Ser eterno junto com Deus, o que significa que embora o Filho de Deus fosse um Ser, esse Filho teve um princípio, portanto não era um Ser co-eterno com Deus, do contrário não poderia ser um Filho.

CAPÍTULO 19

Para Quem Deus Disse “Façamos”?

Portanto o irmão Branham não está dizendo aqui em momento algum que o Pai e o Filho seriam esse mesmo Ser sobrenatural como alguns querem pensar. Embora o irmão Branham ensinasse que a unidade entre os dois era tão perfeita que fazia dos dois um só, sendo o mesmo Ser e a mesma Pessoa, isso nunca anulou o seu ensino de que o Filho de Deus era um outro Ser:

Perguntas e Respostas Sobre Gênesis (29/07/1953) § 15
Bem agora, se você notar atentamente agora, em Gênesis 1:26, primeiro vamos tomar a primeira parte. Deus disse: “Façamos...”. Agora, “façamos”, nós é uma... “Façamos o homem à Nossa própria imagem”. Nossa, claro, nós entendemos que Ele está conversando com alguém; Ele estava falando a um outro Ser.

Se o irmão Branham disse que o Filho é um outro Ser, então esse Ser sobrenatural embora seja uma réplica de Deus, não é o mesmo Ser de Deus. Observe que quando Deus disse: “Façamos”, o irmão Branham disse que Deus estava conversando com o Seu Filho, e não Consigo mesmo na forma de um ofício ou com os Seus pensamentos, porque aqui o Filho não está mais na forma de um pensamento, mas em um corpo teofânico, um corpo Palavra, portanto como um Ser, um “Ser sobrenatural”.

Após ter gerado o Seu Filho para Se desvelar por meio Dele, Deus passou a criar os seres angelicais para que então Jeová pudesse receber a adoração e Se tornar “Deus”, na plena acepção do termo, um “objeto de adoração”. O irmão Branham disse que Deus também estava Se dirigindo aos anjos quando Ele disse “façamos”, porém os anjos não possuem poder criativo algum, então Ele não poderia estar invocando-lhes para ajudá-Lo a criar ou mesmo para que Deus criasse por intermédio daqueles anjos. Somente o Filho de Deus foi o agente da Sua criação e ninguém mais. E o homem que Deus criou não era a imagem e semelhança de anjos, mas de Deus e do Seu Filho. No entanto, Deus estava comunicando também aos Seus anjos que Ele estava criando o homem, porque futuramente o Senhor faria desses mesmos anjos ministradores da sua salvação, após a sua queda. Para aqueles que não aceitam o ensino de William Branham sobre a preexistência do Filho, essa sua referência aos anjos é usada para negar o seu ensino de que Deus estivesse conversando com o Seu Filho, criando assim uma falsa situação onde o profeta estivesse posteriormente corrigindo a sua doutrina.

Então após criar os anjos e todos os demais seres invisíveis, Deus inicia a criação física dos céus e da terra, sendo que no último dia da criação Deus conversa com o Seu Filho para deliberar junto com Ele acerca da criação do homem, feito à imagem de ambos, razão pela qual o Filho também veio à luz, para futuramente ser o Seu meio de redenção e o Primogênito entre muitos irmãos. Como Deus criou o homem também à Sua imagem e semelhança, esse homem também teria que ser um homem espírito ou um ser sobrenatural.

Perguntas e Respostas Sobre Gênesis (29/07/1953) §§ 43-44
Fez todas as coisas... fez todas as outras coisas, toda vida animal, as aves, as abelhas, os macacos, e o que quer que fosse, colocou-os todos aqui sobre a terra. E então Ele fez esta pergunta agora: “Façamos (Quem? Pai e Filho) façamos o homem à Nossa própria imagem”. (O irmão Branham reafirma que Deus aqui estava Se dirigindo ao Seu Filho) Se um homem fosse feito algo como aquela pequena Luz sagrada, ou algo assim, Ela não poderia ser vista (porque é um Ser espiritual). (O irmão Branham está se referindo ao Filho de Deus que era um Ser espiritual ou sobrenatural no Qual Deus estava Se manifestando para por meio Dele criar) Ele manifestou-Se e revelou-se a Si mesmo um pouquinho mais, e fez uma trindade de Si mesmo pelo Pai, Filho e Espírito Santo. (ou uma triunidade com Seus atributos) E aqui estava Deus, revelando-Se a Si mesmo ao dizer: “Façamos o homem, (o qual era o Seu filho, um renovo Dele). Façamos o homem à Nossa própria imagem, (Ele era um ser sobrenatural) e tenha domínio sobre o gado do campo, e assim por diante”. (Este outro ser sobrenatural aqui é Adão que foi criado no sexto dia).

O irmão Branham aqui fez uma simples pergunta: “Quem irá fazer o homem?”. Sua lacônica resposta foi: “O Pai e o Filho”. Não o Pai e os anjos, pois só Deus tem o poder criador, e ainda que o irmão Branham tenha dito “o Pai e o Filho,” na verdade é somente Deus Quem irá criar, porém Ele o fará por intermédio de Seu Filho porque Ele também fora feito semelhante à imagem (charaktér) do Seu Ser.

Mostra-nos o Pai e Isso Nos Bastará (11/06/1953) § 65
“Façamos o homem à Nossa própria imagem”. Depois que Ele fez um homem à Sua própria imagem, Ele fez um ser sobrenatural. Sim, é verdade. Gênesis 1:28, leia e veja se isso não está certo. E depois quando Ele fez o homem à Sua imagem, ele teve domínio sobre os animais. Ele levou os animais ao redor depois, como o Espírito Santo deveria liderar a Igreja hoje. Isso mesmo. Ele liderou a Igreja ao redor e... E então Ele disse: “Não há nenhum homem para lavrar o solo”. Então, Ele criou o homem do pó da terra.


Irineu Contra as Heresias - Livro 5, Capítulo 15, § 4
Mas Ele, o mesmo que formou Adão no princípio, com Quem também o Pai falou, [dizendo]: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança revelando-Se nestes últimos tempos aos homens, formou órgãos visuais (visionem) para aquele que tinha sido cego naquele corpo que tinha derivado de Adão.

Depois que Deus por intermédio do Seu Filho criou todas as coisas – inclusive os anjos que foram a Sua primeira criação a fim de que Ele Se tornasse “Deus” de fato, um objeto de adoração – o irmão Branham disse que a palavra “façamos” em Gênesis 1:26 está no plural porque isso se referia ao Pai, um Ser sobrenatural, falando com o Seu Filho, um outro Ser sobrenatural. Porém aqui o irmão Branham também dirá que Deus, por intermédio do Seu Filho que foi o agente da Sua criação, criou ainda um outro ser sobrenatural também à Sua imagem e semelhança. Uma vez que Deus é Espírito, Adão igualmente teria que ser um homem espírito, feito à Sua própria imagem. Mais tarde então Deus colocará esse homem na terra para lavrá-la e tirará dele mesmo uma esposa para ser sua companheira.

Atitude e Quem é Deus? (15/08/1950) § 18
Então Ele disse: “Façamos o homem à Nossa imagem, segundo a Nossa semelhança”. Isso é correto? Tudo bem. Então Ele criou um homem. Deus era Espírito; ele teve que ser um homem espírito criado à Sua imagem.

A Ressurreição de Lázaro (29/07/1951) § 34
E então depois que Ele conseguiu toda a Sua criação feita, Ele disse: Façamos”, plural, “façamos o homem à Nossa”, plural, “própria imagem”. (“plural” porque Deus estava falando ao Seu Filho, e Ele desejava que o homem fosse feito à semelhança dos dois) Agora, se Deus é invisível, se o Logos estava na forma, apenas miticamente falando, um drama, na forma de um halo, então Ele é sobrenatural. Então Ele teve que fazer um homem à Sua própria imagem. João diz que Deus é um Espírito. E Ele teve que fazer um homem espírito. E Ele o trouxe para baixo agora; aí está a Deidade que não pode ser vista. A Deidade é o sobrenatural. Então Ele faz descer a partir de um halo sagrado para uma pequena nuvem branca, algo que seja mais visível; esse é o homem.

A Crueldade do Pecado (03/04/1953) § 51
Então Ele disse: “Façamos (plural) façamos o homem (plural) à Nossa imagem. Façamos o homem à Nossa imagem”. Então quando Deus fez o Seu primeiro homem, Ele era um homem espírito. Ele estava de certa forma no estado de Deus, ou do Filho de Deus, o Logos.

Veja que quando Deus disse “Façamos”, isso nada teria a ver com a Sua pluralidade de atributos latentes, como interpretam os unicistas, mas porque o homem estava sendo criado, tendo como modelo um estado espiritual semelhante ao de Deus ou do Seu Filho, que é um Ser sobrenatural.

A Coluna de Fogo (09/05/1953) § 17
Agora, o mundo está sem forma e vazio, e água estava sobre o abismo. Estamos em Gênesis 1 agora. Vê? Depois Ele fez toda a vida vegetal. Então após algum tempo, Ele fez o homem à Sua própria imagem. E se Ele fez o homem à Sua própria imagem, Ele tinha que fazê-lo de certa forma no estado desse Ser sobrenatural. Isso mesmo.

Este Ser sobrenatural é o Filho de Deus, porque Deus é Espírito e sem uma forma visível, porém o Seu Filho Unigênito está ali refletindo o Seu Pai em todos os aspectos. Veja, portanto, que quando o irmão Branham diz “Façamos, no plural” é porque ele está dizendo que há dois Seres ali envolvidos na criação deste homem, Adão, que era Deus falando com o Seu Filho, os Quais o profeta menciona logo em seguida como sendo Deles que o homem obteve a sua imagem e forma. O homem foi feito inicialmente em uma forma espiritual muito semelhante a Deus e ao Seu Filho, cuja imagem serviu de modelo pelo fato de ambos serem dois Seres sobrenaturais. Então de certo modo, Adão também era um ser sobrenatural, um “homem espírito”.

É por conta disso que o irmão Branham chega em alguns momentos a dizer que Deus era como se fosse uma espécie de primeiro Homem, o Ser invisível e sobrenatural que ninguém pode ver; o Seu Filho seria o segundo Homem, um Ser sobrenatural feito à imagem do primeiro Homem que Se revela e Se torna conhecido através desse segundo, seja na teofania Deste ou posteriormente em Seu corpo de carne; e em seguida é criado um terceiro homem, Adão, feito à imagem e semelhança de Deus e do Seu Filho.

Atitude e Quem é Deus? (15/08/1950) § 20
O primeiro Homem você não pode vê-Lo: Deus. O segundo Homem era um Halo. (O Filho de Deus) E agora Ele toma um terceiro homem (este é Adão, o homem espírito) e o faz como uma pequena nuvem branca, surgindo, nós podemos vê-lo; o Espírito Santo descendo. E ele é totalmente homem.

Hebreus Capítulo Quatro (01/09/1957) § 230
Era Deus um homem? Certamente. “Façamos o homem à Nossa imagem”. O que Deus era? A Teofania, um Corpo. E lá Deus... O homem foi feito assim e colocado sobre o jardim, mas não havia ninguém para lavrar o solo nos sentidos. Então Ele criou o homem do pó da terra, da vida animal, e esse homem cultivava o solo. E o homem caiu pela transgressão. Corretamente. E Deus, a Teofania, desceu e se fez carne e habitou entre nós para redimir o homem.

Aquela teofania era do Seu Filho, que refletia o próprio Ser de Deus. Essa teofania do Filho depois se encarnou e Se tornou em um “pequeno Jeová”. Lembre-se que foi Deus mesmo Quem veio, porém Ele veio em Seu Filho.

CAPÍTULO 20

Ambos Foram e Sempre Serão Um

Jesus Cristo é o mesmo ontem hoje e eternamente. O mesmo Ser sobrenatural Deus Jeová que Se manifestou outrora no corpo teofânico de Seu Filho, o outro Ser sobrenatural gerado antes da criação, reviveu isso ao habitar mais tarde também no corpo de carne desse mesmo Ser em plenitude. Deus, o Ser sobrenatural, criou um corpo de carne no ventre de Maria para o Seu Filho Jesus habitar nele.

A Aliança de Deus Com Abraão (23/02/1956) § 29
E a célula de sangue vem do macho, e o macho produziu a célula de sangue. E o Macho desta vez era um Ser sobrenatural que não poderia ter desejo sexual. E Deus, o Criador, criou uma célula de Sangue no ventre de Maria, que trouxe o Filho, Cristo Jesus. Você crê nisso?

Quando Deus, o Ser sobrenatural, cria um corpo de carne para o Seu Filho, então este outro Ser sobrenatural que nasce torna-se um ser humano naquele corpo, de modo que Deus também pudesse habitar Nele e Se tornar um de nós. E assim, a mesma unidade que permite o Pai estar no Filho e do Filho estar em Seu Pai, é a mesma que nos permite estarmos unidos com Deus, por meio de Seu Filho Jesus.

Senhor, Mostra-nos o Pai e Nos Bastará (7/09/1953) § 94
“Naquele dia sabereis que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim, e Eu em vós, e vós em Mim”. Oh, que coisa. Vê? Deus em Seu povo (Aleluia), movendo-Se. Claramente. Deus é justo com as pessoas. Ele desvelou-Se do Ser sobrenatural para descer em um corpo nascido de uma virgem para tirar o pecado. Quando Ele veio de Deus, voltou para Deus. “Um pouco mais e o mundo não Me verá mais. No entanto, vós Me vereis, pois Eu estarei convosco (“Eu” é um pronome pessoal) Eu estarei convosco, até mesmo em vós, até o fim do mundo”.

E o grande Deus Jeová também voltará no Milênio, para dessa vez habitar no corpo glorificado desse mesmo Ser sobrenatural, o Seu Cordeiro, no poder da Sua ressurreição, para reinar em meio aos Seus filhos e trazer a paz.

Perguntas e Respostas nº. 1 (03/01/1954) § 239
Mas de qualquer forma, sempre que você for, você está exatamente certo. Isso é quando os arados serão batidos – ou quando as espadas forem batidas nos arados. Isso produzirá o reino Milenial. E todos esses cultos religiosos modernistas que estão acontecendo por aí de tentar educar as pessoas para o Reino de Deus... Isso será quando o próprio Deus entrar no Ser sobrenatural (Ou seja, em Seu Filho, Jesus Cristo) e no poder sobrenatural, a um povo que crê no sobrenatural, e receberá um poder sobrenatural que irá moldar os filhos de Deus. Aleluia. Nunca mais haverá leituras, escritas, aritméticas. Isso será pelo poder da ressurreição de Jesus Cristo. Então o mundo não aprenderá mais a guerra.

Considerações Finais

Como dissemos no início, o tema da Deidade é muito vasto para tratarmos aqui em sua totalidade. Por isso, nos esforçamos ao máximo para nos deter somente no tema proposto, que era sobre a preexistência do Filho de Deus, um ensino apostólico que nos foi restaurado nestes últimos dias pelo mensageiro de Deus, o irmão William Branham. Certos assuntos que foram aqui mencionados têm sido tratado com maiores detalhes em vários outros estudos que temos ministrado e escrito, razão pela qual não necessitamos mencioná-los todos por aqui novamente.

Nós definitivamente não concordamos com ninguém desta Mensagem que resolveu descartar certas declarações que o irmão Branham fez para aceitar outras, alegando contradições, só para simplesmente tentar fazer com que tudo mais se acomode de uma maneira mais racional em sua mente. Nós cremos e enfatizamos que essa escolha que muitos optaram por fazer não foi a melhor solução. Cremos que há uma harmonia perfeita em tudo que o irmão Branham disse no que tange à Divindade quando juntamos todos os seus ditames e afirmações. Aliás, é só assim que poderíamos ter um quadro completo de todo o seu ensino. Descartar certas afirmações suas resultaria em um quadro fragmentário e incompleto, que é exatamente o que vem sendo apresentado já há muitos anos.

Mas damos graças a Deus pela Sua fidelidade à Sua Palavra em cumprir as Suas promessas, pois Ele disse que nos enviaria um Elias, cujo ministério seria para nos levar de volta ao verdadeiro ensino apostólico da Bíblia o qual nos traria luz no entardecer.

Qual é a Atração Sobre a Montanha? (25/07/1965) § 192
E Tu és o mesmo ontem, hoje e eternamente. E Tu tens prometido: “As obras que Eu faço vós também as fareis. Maiores que estas fareis, porque Eu vou para o Pai.” “E, eis, que nos últimos dias Eu vos enviarei o Elias, o profeta, e ele mudará os pensamentos das pessoas, converterá os corações dos filhos de volta ao Ensino apostólico da Bíblia.” “E haverá Luz no entardecer.”

Nós cremos que Deus confirmou essas palavras, enviando até nós o irmão Branham, com o espírito de Elias, a fim de restaurar para nós tudo aquilo que o gafanhoto denominacional tem nos roubado e devorado por meio de seus credos, sistemas e tradições de homens. Ele nos trouxe a verdadeira fé apostólica que está indo de encontro agora a cada vida que foi predestinada para recebê-la.

Lagarta, Locusta, Gafanhoto, Pulgão (23/08/1959) § 197
Deus abençoe o seu coração. Eu não deixarei você nessa condição. Vou lhe dizer o que Deus disse: “Mas Eu restaurarei a você tudo o que a lagarta comeu, tudo o que o gafanhoto devorou, tudo o que a locusta comeu. Eu restaurarei, diz o Senhor”. Então ajude-me, para que eu cumpra essa profecia. Antes da vinda do Senhor, a verdadeira fé apostólica, o verdadeiro ensinamento apostólico, o verdadeiro Espírito bíblico, a verdade, Ela está à Seu caminho agora...

Foi para este único propósito que Deus nos enviou o Seu profeta. Desde antes da fundação do mundo Deus o separou para nestes dias nos levar ao conhecimento da única verdade que nos salva e que nos liberta.

Fazendo Um Vale Cheio de Covas (19/07/1952) § 36
Ó Deus, meu Pai, que me separou desde o ventre de minha mãe e me chamou para este propósito, ordenando isto, que eu trouxesse esta mensagem para o povo, desde antes da fundação do mundo, para que eles possam saber que TU ÉS O ÚNICO DEUS VERDADEIRO, E JESUS CRISTO O TEU FILHO.

Este foi o verdadeiro propósito para o qual Deus ordenou o nosso irmão William Branham.

Diógenes Dornelles


NOTA: cada sermão do irmão Branham aqui citado foi traduzido e examinado direto do texto em inglês e a numeração dos parágrafos foi mantida conforme os textos da Gravações “A Voz de Deus”, a fim facilitar a consulta no programa The Table para qualquer averiguação do leitor.



AGRADECIMENTO

Por este meio agradecemos a todos os crentes que com seu tempo, esforço e doações, fizeram possível a publicação e distribuição deste material Cristão. Dando a conhecer que não é o trabalho de uma só pessoa, mas uma equipe de crentes dedicados a serviço do Deus Todo-Poderoso, e Senhor do Universo, e de Seus filhos.

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