Jesus Cristo e o Arcanjo Miguel
O
irmão Branham disse em algumas ocasiões que Jesus Cristo era o Arcanjo Miguel;
porém como sabemos, algumas correntes cristãs como os adventistas e as
Testemunhas de Jeová também apregoam o mesmo pensamento. Por conta disso, surge
a seguinte questão: será que o irmão Branham cria da mesma maneira que esses
ensinam? Para descobrirmos isso, precisamos saber exatamente o que cada um deles
creem e professam, e confrontarmos tudo isso com o que o irmão Branham pensava.
Entretanto,
podemos adiantar desde o início de que embora o irmão Branham mencione que
Cristo fosse Miguel, ele não o fazia da mesma maneira como os demais grupos
cristãos aqui citados. Ao longo desse estudo, nós veremos que ainda que o irmão
Branham dissesse que Jesus era Miguel, por outro lado nós também o veremos
dizer que Ele não podia ser, da mesma forma como o vemos dizer algumas vezes que
Jesus é Deus e ao mesmo tempo não é Deus.
O arcanjo Miguel é
mencionado pelo menos 5 vezes na Bíblia. “Miguel” quer dizer “Quem é como Deus?” ou “Quem é semelhante a Deus?”
Além da Bíblia, Miguel
também é mencionado em vários livros apócrifos. No livro de Enoque Miguel é designado
como o príncipe de Israel. No livro dos Jubileus, ele é retratado
como o anjo que instruiu Moisés na Torá. Nos Manuscritos
do Mar Morto Miguel é retratado
lutando contra Beliel. No livro Apocalipse de Moisés é dito que o arcanjo
Miguel enterrou o corpo de Moisés no paraíso até o dia de sua ressurreição.
Porém isso cria uma contradição com as Escrituras canônicas que dizem que o
corpo de Moisés foi enterrado no vale da terra de Moabe, defronte de Bete-Peor.
(Dt 34:6)
Calvino
cria que Jesus poderia ser Miguel, (embora os calvinistas não creem nisso e
fazem questão de não se lembrar que Calvino o disse) pois em seus dias havia
alguns que defendiam essa interpretação. Portanto essa não seria uma opinião
recente crida pelos adventistas e Testemunhas de Jeová. Calvino disse: “Alguns acreditam que a palavra Miguel representa Cristo, e eu não
me oponho a esta ideia […] eu incluo o sentido que eles relacionaram este à
pessoa de Cristo”. (CALVINO, João. Um
comentário sobre Daniel. Edimburgo, reimpressão de 1995, vol.
II, p. 253 – 369).
O eminente clérigo britânico Matthew Henry (1662-1714) também
tinha a mesma interpretação. Ele disse: “Miguel significa, “Quem é como Deus”, e seu nome, com o título de
“o Grande Príncipe”, recorda o Divino Salvador. Cristo era para os filhos de
nosso povo como um sacrifício, um substituto para suportar a maldição, para
suportar o pecado deles. Ele os defende pleiteando para eles no trono da
graça”. Jesus é claramente aquele que sempre está em nosso lugar e para a nossa
defesa.
O Que os Grupos Ensinam Sobre Cristo Ser Miguel
As
Testemunhas de Jeová dizem que Cristo é idêntico a Miguel, e outros como os
adventistas dizem que ambos são de fato o mesmo. Para Ellen Gold White e os demais
adventistas, Miguel não era um anjo, mas apenas uma teofania de Deus, como
Melquisedeque. Aliás, nos manuscritos do Mar Morto, os essênios e outras seitas
gnósticas faziam essa comparação, afirmando que Miguel seria a figura celestial
de Melquisedeque, porém todas essas interpretações são extremas e radicais.
Aqui
estão alguns dos principais argumentos dos que defendem que Cristo é o próprio Miguel:
Miguel é apenas outro nome
de Jesus.
Miguel
é o único arcanjo na Bíblia e em 1 Tessalonicenses 4:16 diz: “O próprio
Senhor descerá do céu com um alarido, com voz de arcanjo”. Então se esse
Senhor é Cristo e Ele possui uma voz de arcanjo, Ele e Miguel teriam que ser o mesmo;
então antes mesmo de Sua encarnação, Jesus deveria de ser um anjo.
A Bíblia mostra que o
arcanjo Miguel possui anjos que batalham para ele, assim como Jesus, então isso
converteria a ambos em o mesmo Ser.
O
livro de Daniel também é o grande responsável por fazer muitos crerem que Cristo
e Miguel fossem absolutamente o mesmo, porque neste livro ambos são chamados de
“príncipe”. Em Daniel 12:1 Miguel é
chamado de príncipe, e em Daniel 10:13 Miguel é chamado de “um dos primeiros príncipes”, (ou
seja, um príncipe angélico entre outros) e em Daniel 10:21 Miguel é chamado de
“vosso príncipe”, assim como
o ungido de Daniel 9:25, e em Daniel Jesus é chamado de “Príncipe dos Exércitos” e também de “Príncipes dos príncipes” e também em Apocalipse 1:5 Jesus é chamado
de “o Príncipe dos reis da terra”,
levando alguns a concluir, segundo essas descrições, de que os dois são o mesmo
ser e o mesmo príncipe ungido.
Ainda
no livro de Daniel existem 4 seções
proféticas ou um sincronismo do bloco
profético de Daniel referentes a eventos que transcorrerão no reinado de
Cristo, sendo que a última delas fala de Miguel:
Capítulo 2: Jesus aparece como sendo a Pedra que
destrói a estátua;
Capítulo 7: Jesus aparece como sendo o Filho do Homem que se dirige ao Ancião de Dias (Deus Pai);
Capítulo 7: Jesus aparece como sendo o Filho do Homem que se dirige ao Ancião de Dias (Deus Pai);
Capítulo 8: Jesus aparece em cena como sendo o
Príncipe dos Príncipes;
Capítulos 10-12: Miguel aparece como o libertador.
Capítulos 10-12: Miguel aparece como o libertador.
Portanto
no entendimento de alguns, não fazer desse Miguel, o libertador, o próprio
Cristo, quebraria essa sequência e o paralelismo estrutural e profético existente
no livro de Daniel.
Outro
argumento também utilizado é de que a expressão “Anjo do Senhor” que aparece
nas Escrituras, é algumas vezes identificado como sendo o próprio Senhor, e na epístola
de Judas é dito que ao disputar com Satanás o corpo de Moisés, Miguel teria falado:
“O Senhor te repreenda”, que foram as mesmas palavras ditas pelo Anjo do Senhor
em Zacarias 3:2, o que tornaria os dois, Miguel e o Anjo do Senhor, ou até
mesmo o próprio Deus o mesmo ser.
Algumas Objeções
Como
pudemos ver, estas Escrituras onde alguns procuram fazer uma analogia do
principado de Miguel com o de Jesus, são usadas para justificar a crença de que
Miguel fosse o próprio Jesus por suas características messiânicas. O problema é
que enquanto Miguel é chamado de príncipe por ser o principal anjo guardião de
Israel, Jesus, ainda que também seja chamado de “príncipe”, é na realidade o Rei
de Israel. Até mesmo o próprio Lúcifer também é um príncipe, assim como o
arcanjo Miguel.
João 14:30
Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe
deste mundo, e nada tem em Mim.
E
um dos problemas que nós encontramos acerca desses intérpretes para as 4
sessões proféticas do livro de Daniel, é de que eles sempre ignoram a menção do
Homem vestido de linho que aparece
em Daniel 10:5, ao mesmo tempo em que o arcanjo Miguel também é mencionado
nesse mesmo capítulo.
E levantei os meus olhos, e olhei, e eis um homem vestido de linho, e os seus lombos cingidos com
ouro fino de Ufaz; e o seu corpo era como berilo, e o seu rosto parecia um
relâmpago, e os seus olhos como tochas de fogo, e os seus braços e os seus pés
brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras era como a voz de uma
multidão.
Isso
que foi retratado aqui trata-se de uma Cristofania, ou seja, de uma
representação ou alusão clara acerca da teofania do Filho de Deus, da mesma
forma como aparece em Apocalipse 1:13-16. Por conseguinte, se este homem
de linho é Jesus em uma teofania, Ele não poderia ser ao mesmo tempo Miguel,
pois não haveria razão de a mesma pessoa ser mencionada de duas formas
diferentes no mesmo capítulo; mas se você tem aí duas descrições distintas, é
porque um é um anjo e o outro é o Filho de Deus. E junto com a menção de Miguel
no capítulo 12, outra vez ao mesmo tempo aparece a descrição do homem vestido
de linho sobre as águas do rio.
Uma outra dificuldade para aceitar essa interpretação que faz de
Jesus um anjo preencarnado, é quando analisamos as próprias Escrituras que
mostram uma diferença entre Jesus e os anjos.
Hebreus
1:13:
Mas
a qual dos anjos Ele alguma vez disse: “Senta-te à Minha direita até que Eu
ponha os Teus inimigos como escabelo de Teus pés”?
A
nenhum dos anjos Deus disse isso. Então Jesus não poderia ser um anjo preencarnado
ou mesmo Miguel, porque este é um anjo, e era assim que o irmão Branham
ensinava. Em outra Escritura vemos algo mais que estabelece
uma clara distinção entre Jesus e os anjos.
Hebreus 1:5-8
Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és Meu Filho, Eu hoje Te
gerei? E outra vez: Eu Lhe serei Pai, e Ele Me será Filho? (Ou
seja, você não encontrará na Bíblia nenhum anjo chamando Deus de “seu Pai”.) E, novamente, ao
introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus O adorem. (Os
anjos não adoram a si mesmos e tampouco Miguel pode ser adorado por outros anjos,
mas Miguel e os demais podem adorar ou prestar homenagens ao Filho de Deus) Ainda, quanto aos
anjos, diz: Aquele que a Seus anjos faz ventos, e a Seus ministros, labareda de
fogo; mas acerca do Filho: O Teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de
equidade é o cetro do Seu reino.
Então não poderá ser Miguel que irá reinar no Milênio, mas
Jesus Cristo, o Filho de Deus.
Ainda
em Hebreus
1:4 lemos que Jesus foi feito tanto mais excelente do
que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
Essas Escrituras nos mostram claramente que Jesus não é e nunca foi um anjo porque Ele possui uma
natureza totalmente diferente daqueles seres celestiais. Para resolver esse dilema
escriturístico, os crentes da igreja adventista preferiram então interpretar
que na verdade Miguel não seria de fato um anjo. Miguel é um arcanjo, o que segundo
eles, não seria de fato um anjo devido à terminologia, visto que a palavra “arcanjo”
significa “Acima dos Anjos” ou ainda “Líder dos Mensageiros”, “Chefe dos
Mensageiros”; “Capitão dos Anjos”;
“Superior aos Anjos”; e no
entendimento de alguns, era exatamente
isso que Jesus seria, não um anjo, mas o príncipe dos anjos celestiais.
O outro problema que nós encontramos é quando em Judas 9 é relatado que Miguel não ousou
pronunciar juízo de maldição contra o diabo quando este disputava com ele o
corpo de Moisés. Sabemos que Jesus repreendeu a Satanás quando foi tentado no
deserto. Se Miguel não ousou expressar qualquer palavra de repreensão contra o
diabo, isso mostra que ele é um ser com autoridade muito inferior à do Filho de
Deus. Miguel não ousou repreender a Satanás, mas Jesus
o fez em Mateus
4:10 “Retira-te,
Satanás, porque está escrito: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás
culto”.
Veja que mesmo Jesus estando em uma forma
inferior a dos anjos, que era a Sua forma humana, Ele repreendeu a Satanás.
Como seria possível que Jesus na Sua possível forma original como Miguel
perdesse agora a autoridade para fazer a Satanás o mesmo que Ele fez quando
esteve em carne humana, que era uma condição até mesmo inferior? E se Jesus
como Miguel é também ao mesmo tempo o próprio Deus, como querem os adventistas,
porque razão Ele teria que pedir para Deus repreender a Satanás se Jesus é o
próprio Deus?
O Que o irmão Branham Declarou Sobre Cristo e o Arcanjo Miguel
O
que passaremos a analisar a seguir são as declarações que o irmão Branham fez
ao longo de seu ministério acerca do arcanjo Miguel e da sua analogia com a
Pessoa de Cristo. Em diversas ocasiões o irmão Branham disse que Lúcifer
desejou no passado ter um reino igual ao que Miguel possuía, e pelo menos em
três ocasiões ele identificou este Miguel como sendo Cristo.
O Princípio e o Fim da Dispensação Gentia (9/10/1955) § 112
“E naquele tempo, Miguel se levantará, o
grande príncipe.” Miguel era Cristo,
naturalmente, o Qual lutou as guerras angelicais no Céu com o diabo. Satanás e
Miguel lutaram juntos, ou lutaram um contra o outro, melhor dizendo.
Aqui o irmão Branham está
nos dizendo que ele cria que Cristo era Miguel quando lutou com Satanás nos
céus.
Cristo é o Mistério de Deus Revelado
(28/07/1963) § 543
Note Lúcifer, nos últimos dias,
está fazendo como ele fez no inicio. O que Lúcifer fez? A primeira coisa que
Lúcifer fez para separar o companheirismo de Deus e do homem, ele quis edificar
para si um reino, um esplendor maior e aparentemente com mais cultura, um reino
maior do que Miguel, Cristo tinha.
O Único Caminho Provido Por Deus (31/07/1963) §§ 57-58
Eu vou
dizer uma coisa aqui, talvez eu não deveria dizer, mas ainda assim, eu creio
que eu deveria dizer isto. Se você percebeu, Lúcifer está fazendo exatamente a
mesma coisa hoje que ele fez no início. Vê? Lúcifer, no início, queria
construir um reino que fosse maior e mais bonito do que o reino de Miguel, Cristo. Ele quer... Essa era a sua
ambição de alcançar algo parecido. E por meio do que ele conseguiu fazer isso?
Ele tomou anjos caídos que haviam perdido o seu primeiro estado. Ele os tomou
para fazer isso com ele. E hoje Lúcifer tem entrado na igreja, e tirou a
Palavra, e inseriu denominações, e ele está construindo uma igreja, o movimento
ecumênico que está acontecendo agora, para reunir todos os protestantes, e
entrarem todos na católica. E com esse papa eles entraram agora, para fazer a
mesma coisa, exatamente o que a Escritura disse que iria fazer. E por meio do
que ele está fazendo isso? Ele está fazendo isso por homens desses grandes
movimentos ecumênicos, que não conhecem a Deus; e muitos deles nas
pentecostais, porque eles estão fazendo o mesmo. O que é isso? Ele está fazendo
isso com anjos caídos, luteranos caídos, metodistas caídos, pentecostais
caídos, que perderam o seu estado original da Palavra de Deus, e voltarão a
fazer um grande movimento ecumênico. Mensageiros caídos, mensageiros que uma
vez ficaram com a Palavra, mas que venderam a sua primogenitura e juntaram-se
com o mundo... A mesma coisa é no último dia. E o seu Lu... E Lúcifer está
conseguindo hoje por meio de homens com aqueles espíritos neles, que ele fez
com os anjos no início, anjos caídos que não guardaram o seu primeiro estado de
obedecer a Deus. E ele está fazendo a mesma coisa hoje.
Foram
somente nessas três ocasiões que o irmão Branham mencionou diretamente Miguel
como sendo Cristo, embora ele nunca explicasse em nenhuma ocasião de que
maneira isso seria possível.
Como já vimos, as Testemunhas de Jeová fazem
de Jesus o arcanjo Miguel para provar que o Filho de Deus é apenas uma
criatura, enquanto que os adventistas fazem de Jesus Miguel para provar que
Miguel é ao mesmo tempo o próprio Deus. “Miguel” seria apenas um outro nome
para Jesus, dizem. Porém essas são interpretações extremas. O irmão Branham não
andou em extremos. Ele andou no caminho do meio. Por isso cremos que é extremamente
necessário deixarmos claro de que embora o irmão Branham tenha dito que Cristo
era Miguel, ele não o disse com o mesmo sentido que outros procuram dar.
E a razão disso é porque embora o irmão
Branham vá dizer que Miguel era Cristo, ele não negava que esse Miguel era um
anjo, e como sabemos, Cristo não é um anjo, mas o Filho Unigênito de Deus. O
irmão Branham nunca negou que Miguel fosse um anjo, pois essa é a sua natureza,
e por causa disso nunca pôde ir além dessa natureza. Como vimos antes na
epístola aos Hebreus, Jesus foi inferior aos anjos por um pouco de tempo
somente quando Ele foi feito semelhante aos homens, porque Seu corpo de carne
Lhe dava algumas limitações. Mas a mesma epístola aos Hebreus também diz que
Jesus Se tornou tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que
eles.
Portanto vemos que só o nome “Jesus Cristo” (Jeová
é a Salvação) é superior ao nome “Miguel” (“Quem é como Deus”), e ainda que
alguns não queiram admitir, “Miguel” é o nome de um anjo. E Deus não deu o Seu
nome a nenhum anjo, mas somente para o Seu Filho. Portanto todas as correntes
que tentam fazer de Miguel e Cristo o mesmo ser e a mesma pessoa não estão corretas.
Sendo assim, embora o irmão Branham dissesse que
Cristo era Miguel, nós veremos que ao mesmo tempo ele fez em seus sermões uma
distinção entre ambos, mostrando que para ele os dois não são o mesmo ser e a
mesma pessoa. Assim como ele fazia uma distinção de Jesus e de Deus, ele fez o mesmo
com Miguel e Cristo. Se por um lado ele disse que Jesus é Deus e por outro lado
também disse que não era, da mesma maneira ele também irá nos mostrar em seus
sermões que se por um lado Cristo era Miguel, por outro lado Ele também não poderia
ser. Portanto embora o irmão Branham diga que Cristo era Miguel, ele não vai
dizer da mesma maneira que os adventistas ou as Testemunhas de Jeová dizem.
O Irmão Branham Cria Que Miguel Era Um Anjo Submisso a Deus
O
que nós pretendemos analisar agora são algumas declarações que o irmão Branham
fez, e que nos mostram que ele não ensinava como os denominacionais, que fazem de
Jesus literalmente o próprio arcanjo Miguel. Há certas afirmações que ele fez
que entram em oposição a esse ensino.
O Caminho de Deus Feito Para Nós (9/1952) §§ 56-57
Observem,
todas as vezes que há algo acontecendo aqui embaixo, há algo acontecendo lá em
cima, ao mesmo tempo. Vamos olhar lá em cima um pouquinho e ver o que está
acontecendo. Posso vê-Lo ali de pé, e Seu suntuoso manto ao Seu redor. Aleluia!
Posso ver, a primeira coisa, vindo da direita, um enorme Anjo
chamado Miguel. (Para o irmão Branham, o arcanjo Miguel
estava sempre à direita de Deus) Eles tinham Um lá em cima. Você sabia disso?
Posso ouvi-lo correr até ali em cima ao Seu lado, dizer: “Mestre!” Posso vê-lo
tirando Sua espada da proteção Dela, assim,
e dizer: “Olhaste para a Babilônia esta manhã? Há homens andando no
caminho provido por Deus. (Miguel
está se referindo a Alguém que é Deus, então para o irmão Branham Miguel não é
Deus) Há
homens que estão desejando selar seu testemunho esta manhã. Nossos irmãos estão
para serem queimados.” Posso ouvi-lo dizer: “Deixe-Me ir lá embaixo! Eu mudarei
o quadro.” Eu creio que Ele poderia ter feito isto; eu creio. Posso ouvi-Lo
dizer: “Não, não posso deixá-lo fazer
isto. Gabriel, Você esteve... Ou, Miguel,
Você tem sido um Anjo muito bom. Vá, coloque sua espada de volta, fique
em posição de sentido ali.”
Aqui
ninguém pode alegar que o irmão Branham estivesse ensinando a mesma coisa que
os adventistas. Veja que ele não está tratando Miguel como se Ele fosse o
próprio Cristo. Para o irmão Branham, Miguel era um grande e poderoso anjo,
porém obediente e submisso a Deus. Se Miguel fosse Cristo ou o próprio Deus,
ele não precisaria pedir permissão para um outro para poder descer e ajudar o Seu
próprio povo.
Deus Não Permitiu Miguel Vir Para nos Redimir
Tendo
Conferências (08/06/1960) § 33
Deus
tomou a decisão. Ele não deixaria um anjo tomar a decisão; Ele não deixaria
Gabriel tomá-la; Ele não deixaria Miguel tomá-la.
Ele veio para tomá-la por Si mesmo. Aleluia! E quando Ele se fez carne, e
habitou entre nós, e morreu por nós, Ele
fez o caminho, Ele mesmo. Essa é a razão pela qual Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Nenhum homem... Ele falou isso
através dos tempos. Sempre tem sido da maneira de Deus. Deus mesmo faz isso.
São os Seus próprios filhos; Ele não
confiaria isso a um anjo. Então se Ele não confiaria isso a um anjo,
Ele não confiaria isso a uma conferência, ou a um grupo de homens, sejam eles
bispos, papas, sejam o que eles fossem. O que eles são está muito bem, isso
pode estar tudo bem, mas Jesus Cristo é
o caminho provido por Deus. É dessa maneira que Ele disse; Ele decidiu isso
em Sua conferência. É assim...
Miguel estava lá no
Céu com Deus, porém Ele não pôde enviá-lo até nós para nos salvar porque ele
não era Cristo, ele era apenas um anjo. Mas se Miguel fosse de fato Cristo, ele
teria que ter vindo para nos redimir; entretanto, o irmão Branham disse que
Deus não poderia permitir que ele viesse fazer isso, porque Miguel era simplesmente
um anjo. Veja que ele disse que Jesus Cristo é o caminho e não Miguel, por isso
que aquele arcanjo não podia ser enviado até à terra para resgatar o homem,
porque para William Branham Miguel não
é Cristo.
Tendo
Conferências (08/06/1960) § 24
E lá, quando (sem dúvida) que Miguel poderia ter se adiantado
e Gabriel. E quando a mensagem chegou ao céu: “Seus filhos estão perdidos, pois
eles pecaram e se afastaram”, Deus não tomou Gabriel e disse: “Desça e cace os
Meus filhos”, Ele mesmo veio! Isso
era um trabalho tamanho homem, um trabalho tamanho Deus. É por essa razão que
eu creio que, neste dia em que estamos vivendo, quando eles tentam fazer de
Jesus apenas um profeta, Ele era mais do que um profeta; Ele era Deus
manifestado em carne, o Filho Divino do Deus vivo. Ele era mais do que apenas
um vidente ou um bom homem; Ele era Deus manifestado em carne. Deus desceu para redimir o homem a Si mesmo,
exatamente como fez no jardim do Éden. Oh, bendito seja o Nome do Senhor. Isso
é amor. Deus amou o mundo, Ele mesmo fez um corpo para habitar, e o tabernáculo
aqui conosco para nos salvar.
Miguel Assistiu a Conferência do Getsêmani Entre Deus e o Seu
Filho
Agora vamos examinar uma
outra situação onde o irmão Branham nos mostra claramente que ele não fazia de
Miguel e de Cristo o mesmo ser, como os adventistas e as Testemunhas de Jeová
fazem.
Conferência Com Deus (20/12/1959) §§
125-128
Deixe-me mencionar apenas uma outra ou duas
conferências. Deixe-me mencionar esta. Houve um tempo... depois que uma vida
perfeita de trinta e três anos e meio tinha sido vivida. Um Homem que desejava
viver tanto quanto eu desejo viver, tanto quanto você deseja viver. Um Homem o
Qual tinha algo por que viver, irmãos que Ele amava, pessoas que Ele amava,
pores de sol que Ele gostava de ver. Lembre-se, Jesus era um Homem. Deus estava
Nele. Chegou o tempo... [Espaço em branco na fita - Ed.] ...o Espírito que
estava guiando o Cordeiro, a Pomba. Tinha que haver uma conferência entre o
Cordeiro e a Pomba. E eles prepararam um lugar para tê-la. Depois do jantar
daquela noite, eles atravessaram um pequeno riacho, Cedrom, e... ou em algum
lugar, e atravessaram o riacho, e entraram em um jardim chamado Getsêmani. Eles
tinham que ter uma conferência. Deus e Cristo (Aqui ele faz uma
distinção entre Deus e o Seu Filho Jesus Cristo) tinham que conversar sobre o assunto. O
Cordeiro e a Pomba tinham que sentar juntos. Era a Pomba que tinha que
conversar com o Cordeiro, e a morte do Cordeiro. Agora, quando eles se
assentaram ao lado daquela rocha, e todos os Anjos desceram do céu, para ouvir
esta conferência. Oh! Lá estavam Gabriel,
Miguel,
Amargura, todos os milhares deles, sentados
ao redor da rocha.
O irmão Branham cria
que Miguel estava no Getsêmani ouvindo a conferência que Deus estava tendo com
o Seu Filho. Portanto o profeta não fazia de Miguel e Jesus o mesmo Ser. Se Jesus
Cristo fosse Miguel, a conferência deveria ter sido entre Deus e Miguel, mas
aqui o irmão Branham está nos dizendo que Miguel estava assistindo a
conferência entre os dois. Observe que enquanto o irmão Branham separava esses
três seres, a falsa religião mistura tudo e tenta fazer desses três tudo um só,
ou em Deus apenas manifestando Seus atributos. Novamente o irmão Branham está
apenas despreocupadamente citando possíveis nomes de anjos, sem afirmar que
eles estivessem realmente ali, mas de qualquer maneira ele não teria feito isso
se pensasse que Miguel e Cristo fossem o mesmo ser. Isso apenas prova mais uma
vez para você que o irmão Branham não usava a mesma linguagem teológica que os outros
grupos usavam, mas pelo contrário, ele possuía uma linguagem e uma teologia que
era própria sua.
Miguel Não Podia Abrir o Livro dos Sete Selos
O irmão Branham cria
nas Escrituras que dizem que o Cordeiro era o único que foi digno de abrir o
livro dos Sete Selos por causa do Seu sacrifício. Ninguém mais poderia abrir
aquele livro, nem mesmo os anjos ou até mesmo o grande príncipe deles, o
arcanjo Miguel.
Apocalipse Capítulo 5 – 2ª Parte (18/06/1961) §§ 133-135
E tão logo ele fez... Quando
este Anjo, este poderoso Anjo, clamou “Quem é digno?” Ele estava anunciando então, ele estava anunciando um
Parente Redentor. E imediatamente
depois, ele disse: “Quem é digno de tomar o Livro?” Então algo... Então João
começou a chorar. Então o que aconteceu? Ele viu, ali estava o Livro. Ali
estava ele, mas quem era digno? Bem, ali estava Gabriel, é claro
que
Ele era digno; mas (vê?), ele não era um homem, e ele era um anjo. E ali estava Miguel; ele era digno; mas ele não era um homem; ele era um Anjo.
Então tinha que ser alguém que se tornasse uma pessoa terrena como nos tornamos. E então quando ele viu este Cordeiro que havia
sido morto desde a fundação do mundo chegar, e ele viu que Ele havia sido morto
desde a fundação do mundo, então João chorou. Amém. Porque ali estava; ele viu
a coisa toda. Vê? E tão logo que ele anunciou: “Quem é digno?” Ele estava
anunciando a vinda do Parente
Redentor. E aqui estava Ele, um Cordeiro. E o
que Ele fez? Foi até o trono onde o Espírito de Deus estava, e tomou o Livro da
mão direita Daquele que estava assentado sobre o trono. E todos os anciãos se
prostraram e disseram: “Tu és digno, porque Tu foste morto.”...
Se
Miguel fosse Cristo ele poderia tomar o livro e abri-lo, mas Miguel era apenas
um anjo, muito digno por sinal, mas ainda assim era apenas um anjo e era
necessário que alguém fosse mais que um anjo para abrir aquele livro; era
necessário que fosse um homem, e não somente um homem, mas um Parente Redentor.
A Brecha (17/03/1963) §§ 163-164
Não
que não houvesse pessoas dignas lá, agora, como um Anjo; como por exemplo, nós
diríamos, Gabriel, ou Miguel.
Mas, lembre-se, tinha de ser um Parente. Lembre-se, João disse aqui: “E nenhum
h-o-m-e-m,” não Anjo, não Serafim. Eles não pecaram, mas Eles estavam numa categoria diferente. Eles nunca tinham
caído. Mas este tinha de ser um Parente Redentor. “Nenhum homem,” porque nenhum
deles havia sido redimido. “Nenhum homem era digno de olhar para Ele.” Oh, não!
Mas que coisa! Assim, era necessário um Parente humano. E ele pediu isto, e não
foi encontrado, em parte alguma. Não havia ninguém. Nenhum bispo, nenhum
arcebispo, nenhum sacerdote, nenhuma hierarquia, nada que alguma vez… nem mesmo
tinham suficiente santidade de até olhar para o Livro. Ufa! Mas que coisa! Isso
é um tanto forte, mas foi isso que a Bíblia disse. Só estou citando o que João
disse.
Tinha que ser um Parente Redentor. Nós não somos parentes de anjos; nós não somos feitos à imagem e
semelhança dos anjos. Somos feitos à
imagem de Deus e de Seu Cristo, que é o nosso Irmão mais velho. Quando Deus
disse: “Façamos o homem à Nossa imagem”, Ele estava Se dirigindo ao Seu Filho, um
Ser sobrenatural que saiu do Seio do Pai antes da fundação do mundo. Embora Deus
pudesse também estar Se dirigindo aos Seus anjos a fim de que eles fossem testemunhas
daquela nova criação, visto que mais tarde eles nos seriam enviados para ministrar
a nossa salvação, nós não somos feitos à imagem dos anjos porque eles pertencem
a uma outra categoria, disse o profeta de Deus. Portanto nós não pertencemos à
mesma categoria dos anjos, assim como Jesus também não pertenceu.
O irmão Branham também disse que após a ascensão de Jesus
Cristo, os anjos louvavam a Deus e ao Seu Cordeiro por ter tomado as chaves da
morte e do inferno mediante o Seu sacrifício, o que Lhe capacitou a sentar-Se
no trono de Seu Pai. Não é Miguel quem está sentado agora naquele trono atuando
como nosso Sumo Sacerdote, mas é o Filho de Deus, o poderoso conquistador.
O Poderoso Conquistador (10/01/1958) § 23
Os Anjos cantavam e
louvavam (E podemos
nos assegurar que Miguel estava entre eles) a Estrela da manhã (Este é Jesus,
o Filho de Deus) enquanto Se movia pela rua como o poderoso Conquistador que havia
conquistado os pecados do mundo e havia produzido a justiça triunfalmente.
Adiante pela cidade eles foram, até chegarem ao trono. Lá no trono Se assenta o
poderoso Jeová. E quando Jesus veio ao trono, Ele caiu de
joelhos, e Ele disse: “Pai, Eu terminei essa obra que Me deste para fazer.
Eu paguei a dívida pelo pecado. Tenho tanto as chaves da morte como do inferno.
E o Teu inimigo está derrotado. E estes são aqueles que esperaram pacientemente
por esta hora”. E eu posso ver o Pai,
quando Ele disse: “Suba aqui no Meu trono, Meu Filho, e assente-Se aqui até que
Eu ponha todos os inimigos como escabelo dos Teus pés”. Lá Ele Se assenta,
o poderoso Conquistador.
Jesus
não é o próprio Deus Jeová, porque não pode haver dois deuses, mas por ser
Jesus o “poderoso conquistador”, Deus concedeu que o Seu Filho – e não um anjo
– Se assentasse no trono Daquele que é o único e verdadeiro Deus Jeová, o Seu
Pai.
Melquisedeque Juntamente Com
Miguel e Gabriel Estiveram Com Abraão
Uma outra situação onde vemos o irmão Branham criando uma
distinção clara entre Cristo e o arcanjo Miguel foram nas vezes em que ele
disse que Miguel esteve com Elohim visitando Abraão.
Jeová Jiré (17/11/1955) §
32
Um dia
Abraão se estabeleceu na terra estéril, onde não há muito para se comer, e o
gado era pobre, sem água para mal beber, mas ele estava fazendo o que Deus lhe
disse para fazer. Um dia, enquanto sentava ali debaixo do carvalho, ele passou
a olhar para fora, e viu três homens se aproximando. E ele olhou para
eles, e rapidamente (ele não teve que esperar por um mês), rapidamente, sendo um homem cheio do Espírito Santo,
ele reconheceu um deles ser o Deus Todo-Poderoso e dois anjos. Isso é o
que a Escritura diz que era, o Deus Todo-Poderoso. E Ele subiu, e Abraão correu
e prostrou-se diante Dele, e O adorou, e chamou-O de Senhor, letra maiúscula
S-e-n-h-o-r, Senhor. E ele disse: “Você quer ficar por alguns minutos comigo?”.
Um homem de aparência cansada, o próprio Deus Jeová, todo cansado, com poeira
em todas as Suas roupas, e provavelmente Gabriel e Miguel caminhavam com Ele em forma de carne humana...
“Três
homens”. É exatamente isso que a Bíblia diz em Gênesis 18:2. O ir. Branham cria
que Miguel era um dos anjos que estavam juntos com Elohim, Deus, quando Ele Se
encontrou com Abraão. Em outros sermões ele demonstra que estava apenas citando
esse nome para denominar aquele anjo, podendo na verdade ter sido qualquer
outro. Porém o irmão Branham nunca teria feito essa suposição se ele pensasse
que Cristo ou Deus e Miguel fossem o mesmo ser e a mesma pessoa como querem certas
denominações. O irmão Branham também nos disse que Miguel teve um corpo de
carne humana porque Deus havia criado esse corpo para ele.
Hebreus
Capítulo Um (21/08/1957) §§ 164-167
Agora,
e aqui... Esta grande Teofania aqui de pé...
O que... Aquele grande Deus Jeová, você sabe o que Ele disse? Ele simplesmente
Se inclinou e encheu a mão de átomos, apanhou um pouco de luz, e derramou isto
assim, e foi... [O irmão Branham sopra – Ed.]... Um corpo, e simplesmente
entrou nisto, e isto é tudo. Disse: “Venha cá Gabriel!” (Aquele grande Arcanjo)
Entre... [o irmão Branham sopra – Ed.] “Entre nisso. Venha cá Miguel (o Anjo à Sua direita [O irmão Branham sopra - Ed.] para o judeu)
entre nisso”. (Veja
que para o irmão Branham o arcanjo Miguel estava sempre à direita de Deus, de
acordo com a tradição judaica. Isso prova mais uma vez que ele tampouco fazia
de Miguel e Deus o mesmo Ser) Deus e dois
Anjos, andaram aqui em carne humana, e beberam o leite da vaca, comeram a
manteiga tirada do leite, e comeram algum pão de milho, e comeram a carne do
novilho: dois Anjos e Deus. Assim diz a Bíblia. Este é Melquisedeque, que Abraão encontrou na matança dos reis. Este é o Filho de Deus.
Como
vimos, o irmão Branham cria que Miguel era um dos anjos que estavam juntos com
Elohim, que por sua vez era o mesmo Melquisedeque que Se encontrou com Abraão
antes disso após a matança dos reis. Porém aqui ele disse que Melquisedeque era
o Filho de Deus e que Miguel estava à Sua direita. Portanto Miguel não pode ser
o Cristo, o Filho de Deus, uma vez que novamente o irmão Branham fez uma
distinção clara entre os dois. Ele não poderia ter dito que Miguel estava à
direita do Filho de Deus se ele pensasse que ambos fossem o mesmo ser e a mesma
pessoa como querem certos grupos cristãos.
Embora o Deus que
aparece a Abraão sob os carvalhais de Manre fosse o mesmo Melquisedeque que lhe
apareceu antes, Ele não estava com aquela mesma aparência. Foi por esta razão que
o irmão Branham disse no sermão anterior a este que Abraão era um homem cheio
do Espírito Santo, pois foi isso que lhe possibilitou discernir que Aquele que
lhe visitava agora, era o mesmo Senhor que ele havia encontrado anteriormente.
Porém é necessário
compreendermos porque razão o irmão Branham disse que Melquisedeque era o Filho
de Deus, se em outras ocasiões ele afirmou que na verdade Melquisedeque era o
Pai de Jesus Cristo.
Hebreus
Capítulo Sete Nº. 1 (15/09/1957) § 93
Ele não era o Filho de Deus. Ele era o Deus do Filho. Ele não era o Filho de Deus, Melquisedeque não era, mas
Ele era o Pai do Filho de Deus.
Então se Melquisedeque
era o Pai do Filho de Deus, como o irmão Branham vai nos dizer agora que aquele
mesmo Melquisedeque que esteve com Miguel e Gabriel em visita a Abraão era o
Filho de Deus? Seria uma contradição? Aqueles que não estiverem familiarizados
com a linguagem e a “teologia” de William Branham sempre acabarão se
confundindo com as suas declarações, assim como alguns igualmente se confundem
pensando que Miguel e Cristo são a mesma pessoa. Na verdade Melquisedeque é o
Filho de Deus da mesma forma como Jesus é Deus ou como Cristo é Miguel: Ele é e
ao mesmo tempo não é.
Embora
Melquisedeque não seja o Filho de Deus, por outro lado, Ele também era o Filho
de Deus por várias razões. Certamente que ao fazer essa sua analogia, o irmão
Branham está remontando à Escritura de Hebreus 7:3 onde é dito que Melquisedeque foi feito semelhante ao
Filho de Deus. Essa palavra “semelhante” foi traduzida do grego “aphomoioo” que quer dizer:
1)
reproduzir um modelo, gerando uma imagem ou figura semelhante a ele;
2)
expressar-se através de uma imagem ou figura semelhante, copiar;
3)
produzir um fac-símile;
4) ser feito como, reproduzir similar.
Ou seja, Melquisedeque era em tipo uma reprodução antecipada
do Filho de Deus. Ele era Sacerdote, assim como Jesus também seria;
Melquisedeque era rei, assim como Jesus é rei. Esta é a razão pela qual o irmão
Branham também chegou a chamar Melquisedeque de “o grande Príncipe”, justamente
por este sacerdócio ser um tipo de Cristo, feito semelhante ao Filho de Deus. Nos
dias de Seu ministério sobre a terra, Jesus estava ali como o grande Príncipe e
Rei – todavia sem assumir essas posições – porque Seu Pai habitava Nele em
plenitude. No Milênio Jesus estará usando o título de “Filho de Davi”, que é o
título de um príncipe. Então novamente Jesus será de fato o grande Príncipe e
Rei ao mesmo tempo, pois Seu Pai estará outra vez habitando Nele.
A
outra razão do porque o irmão Branham disse que Melquisedeque era o Filho de Deus
foi devido à Sua teofania, que era o corpo Palavra do seu Filho e que ao mesmo
tempo era o corpo do próprio Deus Jeová. Deus não é uma teofania, mas Espírito,
contudo Deus sempre fez uso da teofania do Seu Filho para Se revelar. O irmão
Branham ensinava que quando Moisés pediu a Deus para vê-Lo, só o que ele pôde
ver foi na verdade as costas de um homem que era a teofania do Seu Filho Jesus
Cristo.
A Obra Prima (5/07/1964) § 74
Moisés
O viu de pé nesta rocha. Ele O viu passar, e ele disse: “É as costas de um
homem”. Veja, o Escultor estava apresentando a Moisés que era uma imagem potencial de Cristo, o que a
grande Obra Prima pareceria quando Ela estivesse perfeita. Ele passou seu...
Ele injetou... ou... ou projetou a Moisés a visão do que a Obra Prima
pareceria. Era as costas de um homem quando passou pelo deserto.
Hebreus Capítulo Um (21/08/1957) § 160
Agora,
ali de pé outra vez. Moisés O viu, O viu de costas, disse: “Parecia as costas
de um Homem”. O Logos que saiu de Deus.
Hebreus Capítulo Quatro (01/09/1957) § 133
Quando
- quando Moisés O viu, ele disse: “Deixe-me ver a Tua forma, Senhor”. E Deus
escondeu-lhe numa rocha. E quando Ele passou, ele disse que era as costas de um
homem. Aquilo era aquela Teofania.
Exatamente. Depois aquela teofania teve que
se fazer carne. Não outra pessoa, mas a mesma Pessoa teve que se tornar carne
para tirar o ferrão da morte.
O Poderoso Deus Desvelado Perante Nós (29/06/1964) Pág 5
(...) Ele desejou vê-Lo um dia, e Deus lhe disse: “Vá colocar-se
sobre a rocha.” E enquanto encontrava-se sobre a rocha, Moisés O viu passar.
Ele viu as costas Dele. E disse: “Parecia um homem”, as costas de um homem. No entanto ele não viu a Deus; ele somente viu o véu de
Deus. A Bíblia disse: “Deus nunca foi visto por alguém, mas o Unigênito do Pai O fez conhecer”. Assim
que Moisés O viu velado como homem. E vemos que o Jeová do Antigo Testamento
era justamente Jesus do Novo Testamento.
Quem é este Melquisedeque? (21/02/1965) § 99
Ele
disse: “Nenhum homem pode... ver Minha face.” Ele disse: “Porei Minha mão sobre
teus olhos, e Eu passarei. E você pode ver Minhas costas, porém não Minha
face.” Vê? E quando Ele o fez, era as costas de um Homem; era teofania.
Queríamos
Ver a Jesus (16/05/1957) § 15
No
princípio Deus era um Espírito. E toda a fonte de bondade e misericórdia e
poder, e todas as coisas boas do amor, Deus era o centro daquela fonte. E então
o Logos que saiu de Deus no princípio se tornou o que chamaríamos de uma
teofania, ou um – um corpo sobrenatural. Deus não é simplesmente como o ar,
porém Ele está em um corpo. Moisés O viu passar e disse que se parecia como as
costas de um homem, e assim por diante. E depois aquela mesma teofania se fez carne e habitou entre nós. E O
contemplamos, o Unigênito do Pai,
Cristo.
Hebreus
Capítulo Seis nº. 3 (15/09/1957) §§ 628-632
Aquele grande Diamante que foi cortado para refletir estas
cores, Deus foi feito carne e habitou no nosso meio, para que Ele pudesse
refletir a Sua bondade e misericórdia no nosso meio através dos dons e sinais e
maravilhas. Todo aquele grande arco-íris se tornou a teofania de... feito na
imagem como homem. Embora Ele não fosse um homem, Ele não possuía carne ainda,
Ele era uma teofania. Moisés
disse: “Eu gostaria de vê-Lo.” Deus o escondeu na rocha. E quando Ele passou,
virou Suas costas; Moisés disse: “Parecia as costas de um homem.” Então o que
aconteceu? Certo dia, lá embaixo quando Abraão estava assentado em sua tenda...
Chegaremos nisto nesta noite. Quando Abraão estava assentado em sua tenda, Deus apareceu para ele em um corpo de carne.
“Bem,” você diz: “Irmão Branham, ele era...” Nós O encontraremos aqui
encontrando com Abraão antes daquilo, na ordem de Melquisedeque; um
corpo de carne, que era Deus. Claro que era, Ele era Deus em carne.
Vemos
com tudo isso que Melquisedeque somente poderia ser o Filho de Deus porque Seu
Pai estava na teofania do Seu Filho, que é o véu de Deus pelo qual Ele pode Se
revelar, uma vez que ninguém pode ver a Deus. Então Melquisedeque era uma imagem
potencial de Cristo no corpo teofânico de Seu Filho, o véu de Deus, visto que é
o Unigênito do Pai que O faz conhecer, pois Ele é o Logos que saiu de Deus e
Sua teofania é o próprio corpo de Deus Jeová. Jesus também disse: “Eu estou no
Pai e o Pai está em Mim”. Sendo assim, onde o Pai estiver, de alguma maneira o
Filho também terá que estar ali. Jesus sempre foi e sempre será a máscara de
Deus, seja em uma teofania ou em um corpo de carne. Por quê? Porque Jesus
Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
Vejamos
mais uma outra ocasião onde o irmão Branham fala que Deus apareceu a Abraão em
uma teofania:
El
Shadai (16/04/1959) § 53
Sei que
muitos dos escritores tentam dizer que era uma teofania, e coisas assim. Mas isso não era assim...
Novamente para quem
não conhece a linguagem de William Branham isso seria uma outra de suas “contradições”.
Há pouco vimos ele nos dizer que foi uma teofania que apareceu a Abraão. Como que
agora ele vai nos dizer justamente o contrário, de que não era uma teofania? Porém
ele não está se contradizendo aqui. Acontece que o irmão Branham não cria no
mesmo tipo de manifestação teofânica que alguns estudiosos creem e ensinam, de
que nessa forma Deus e os Seus anjos não poderiam ter comido nada, mas apenas
fizeram de conta que comiam. Essa opinião se baseia nos escritos de Santo
Agostinho e também no livro apócrifo de Tobias. Ao contrário destes, o irmão
Branham cria que Deus e os demais comeram realmente em seus corpos teofânicos
revestidos por um corpo de carne criado. E é isso que ele vai nos dizer agora:
...Ele foi comer
carne e beber leite e comer pão de milho. Isso mesmo. Ele era absolutamente um
homem, assentado em carne humana. Alguém me disse há não muito tempo atrás,
disse: “Billy, você não quer me dizer que você acredita que foi um homem”. Eu
disse: “Absolutamente. Ele era Deus em carne”. Ele disse: “De onde Ele
conseguiu aquela carne?” Eu disse: “O grande Criador dos céus e da terra, os
dois Anjos com Ele... A Bíblia diz que eles eram dois Anjos e o próprio Deus”.
“Ora”, ele disse, “Onde Ele conseguiu esse corpo?”. Eu disse: “Do que somos
feitos? Dezesseis elementos: petróleo, e cálcio, potássio, e luz cósmica. Bem,
Deus apenas disse: “Venha cá, Gabriel. Venha
cá, Miguel. Vamos fazer uma pequena viagem até lá embaixo e ver o pai
Abraão’. Chegou lá e pegou um punhado de cálcio, e um pouco de potássio, e de
luz cósmica, e ‘pfft’, soprou isso junto assim, e entrou nisso, e falou com
ele”. Aleluia! Esse é o nosso Deus. Essa é a razão pela qual eu creio Nele na ressurreição.
Por
que isso? Porque o que Deus fez aqui é algo que Ele fará no futuro. Na
ressurreição nós estaremos em nossas teofanias habitando em um novo corpo de
carne tirado do mesmo pó da terra, porém numa forma glorificada. E na Ceia das
Bodas do Cordeiro quando a mesa for servida, nós não faremos de conta que
estaremos comendo, mas nós comeremos de verdade. É isso que o irmão Branham
está dizendo aqui.
Porém veja que mais
uma vez o irmão Branham disse que Miguel estava ali em um corpo de carne criado
à direita de Melquisedeque, o grande Príncipe (o Filho) e Rei (o Pai).
Miguel
é Cristo Por Comissão e Representação
Então
se o irmão Branham nos mostra uma distinção clara entre Cristo e Miguel ao não
fazer dos dois o mesmo ser, poderia ele ter criado uma contradição quando disse
que Cristo era Miguel? Como tentamos mostrar aqui e até mesmo em outras
publicações, não há contradições no ensino de William Branham acerca da
Deidade. Porém nem sempre o irmão Branham foi muito claro em certas declarações
que ele fazia, e isso tem feito com que alguns tirassem conclusões equivocadas
acerca do que ele ensinava. Embora ele tenha dito em poucas ocasiões que Cristo
era Miguel, ele nunca se esforçou em tentar explicar de que maneira isso seria
possível, se era porque Jesus estivesse na forma de Miguel, ou se Miguel seria
alguma espécie de um tipo de Cristo, ou se talvez pudesse ser até mesmo as duas
coisas.
O
que se percebe é que o irmão Branham não quis ser dogmático acerca dessa sua colocação,
uma vez que Cristo poderia ser Miguel de diversas formas, e embora Deus pudesse
usar Miguel de maneira que fosse compreensível ao nosso entendimento, por outro
lado, Ele também poderia fazer de uma forma que nós não poderíamos compreender
ou explicar, pois tudo isso pertence a uma outra dimensão da qual nós não
sabemos praticamente nada a respeito, visto que estamos tratando de coisas
celestiais, e não temos para isso até hoje uma língua terrena que possa
expressar fielmente aquilo que não é terreno. Só o que podemos fazer então é
usar os mesmos termos que o irmão Branham usou.
Porém o que se sabe com segurança é que
quando o irmão Branham diz que Miguel era Cristo, ele estava se referindo à unção de Deus sobre aquele arcanjo, porque é exatamente isso que a palavra
“Cristo” significa, e essa era a mesma unção que estava em Seu Filho, de modo
que Deus ungiu aquele anjo para que ele pudesse atuar com alguma limitação como
o Seu Filho. Assim como Deus escolheu entre os homens alguns para serem tipo de
Cristo sobre a terra, Ele também poderia ter escolhido esse arcanjo para ser um
tipo de Cristo nos céus, porém com limitações, assim como Moisés, José, Davi e
outros também foram. É como se Miguel assumisse dentro de um certo limite a
identidade de Cristo para atuar de forma representativa, quando na verdade é
Cristo mesmo que unge esse arcanjo para atuar por intermédio dele.
Miguel
não fazia nada sem que antes Deus lhe dissesse ou lhe desse permissão para
fazer, exatamente como Jesus fazia. Portanto Miguel é Cristo no
sentido de ser o Seu representante,
pois ele luta pela causa de Cristo. Miguel era comissionado por Deus para pelejar as Suas batalhas e era ungido
com a unção de Cristo para assim proceder e agir com autoridade. Mas embora Miguel
fosse o príncipe dos anjos, Jesus é o príncipe de toda a criação e o príncipe
dos reis da terra.
O fato de seu nome ser “Quem é como Deus?”
mostra que o papel do arcanjo Miguel é de sempre que ordenado pelo próprio
Deus, promover o reino, obediência, adoração e submissão ao único Deus. Porém
como nos ensinou o irmão Branham, Deus sabia desde o princípio que algum dia um
outro príncipe celestial, um anjo querubim chamado Lúcifer, se exaltaria e
desejaria ser como Deus, atraindo para si mesmo uma terça parte dos anjos. Portanto,
antes que algum dia Lúcifer desejasse ser como Deus, Miguel já estava ao seu
lado para lembrá-lo desde cedo de que ninguém poderia ser como Ele. Deste modo,
a presença de Miguel e o significado que o seu nome possuía tornava-se numa
constante provocação para aquele querubim, porque ele se convertia em uma
pergunta desafiadora e provocativa para Lúcifer, que tentava a todo custo ser
igual a Deus ou ter o que Ele tem. “Quem é como Deus” era um questionamento que
importunaria a Lúcifer em alguma ocasião porque em sua índole imperava um
desejo de ser igual a Deus e de ter a mesma autoridade sobre o reino dos céus e
a mesma unção que Miguel possuía. Miguel e Lúcifer possuíam duas unções
diferentes – embora essa diferença fosse de um fio de navalha – sendo que a de
Lúcifer poderia ser pervertida, o qual foi exatamente o que lhe aconteceu.
Então como já vimos até aqui, a palavra
“arcanjo” pode significar “o chefe ou o principal ou o mais elevado dos anjos”,
por isso que em Daniel 10:13 Miguel é chamado de “um dos primeiros príncipes”.
Lúcifer também era e ainda é um príncipe, porém não como Miguel, porque Lúcifer
é um querubim. E “anjo” quer dizer “mensageiro”; então onde Miguel era enviado
levava através de seus atos e até mesmo pelo seu próprio nome essa mensagem:
“Quem é como Deus?”. Então como entendemos, Miguel atuava realmente como um
representante ou um emissário de Deus e de Seu Cristo, visto que ele também
tinha a própria unção de Cristo para assim proceder. Ele não fazia nada por si
mesmo, ou por sua própria vontade, exatamente como Jesus, o Filho de Deus;
todos os profetas foram tipos de Cristo por causa de suas vidas, mensagem e
unção, e este arcanjo Miguel leva consigo uma atuação que se assemelha, embora
com limitações a Jesus, o Filho de Deus.
Por conseqüência da unção de Cristo estar em
Miguel, o próprio Cristo podia Se manifestar através desse arcanjo. Os dois
principais anjos que estavam ao lado de Deus no princípio era o arcanjo Miguel
e o querubim Lúcifer. Ambos lideravam na adoração a Deus e eram os assistentes
de confiança, especialmente Lúcifer, como disse o irmão Branham. Embora Lúcifer
possuísse uma classe de unção, ela não era a mesma que Miguel tinha, pois
percebemos pelas Escrituras que Miguel estava acima de Lúcifer, uma vez que
este arcanjo era o primeiro dos príncipes, e ainda que Lúcifer também fosse um
príncipe e gozasse de uma grande autoridade entre os da sua categoria, ele não
era como Miguel. E Lúcifer sabia disso, o qual lhe incomodava, principalmente
quando via Cristo atuar através de Miguel, sem porém nunca desejar ter feito o
mesmo por meio dele.
Deus Também Fala Por Meio dos Anjos, Seus Mensageiros
Quando os anjos eram enviados da presença do
Senhor, muitas vezes devido à unção profética que eles possuíam, Deus falava
por meio deles como em Zacarias 3:7 ou até mesmo como Jesus, o Filho de Deus,
falou por meio do Seu anjo em Apocalipse 22:16. É por essa razão que vemos
Escrituras mencionando que o anjo do Senhor está perante a alguém e quando
aquele anjo fala lemos: “E o Senhor falou”, ou seja, Deus mesmo proferia Suas
Palavras por meio daquele anjo.
Em apocalipse 22
Jesus passou para João as revelações que Deus Lhe deu por intermédio de Seu
anjo, ou seja, Jesus falou as Palavras de Deus através de Seu anjo. Semelhantemente,
Jesus poderia ter Se expressado e atuado assim por meio do arcanjo Miguel. O
modo como Jesus Se comunicou por intermédio de Seu anjo é uma maneira de compreendermos
sobre de que forma Cristo poderia operar e falar por meio de Miguel.
Apocalipse
22:8-20
E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as
ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar. E
disse-me: Olha, não faças tal; porque eu
sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras
deste livro. Adora a Deus. (Esse anjo é
conservo com os profetas porque ele está profetizando assim como os demais. Mas
ele não aceita adoração porque ele é apenas um anjo. Miguel também é um anjo,
portanto tampouco Miguel poderia aceitar adoração.) E
disse-me: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o
tempo. Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e
quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. (Agora
Jesus começa a falar por meio do anjo, ou seja, o anjo fala, mas as palavras
não são dele) E, eis que cedo venho, e o Meu
galardão está Comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o
Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro. Bem-aventurados aqueles
que guardam os Seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e
possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros,
e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e
comete a mentira. Eu, Jesus, enviei o Meu
anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a
geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã. (Jesus estava
falando por meio do anjo. As palavras de Jesus foram as que Deus Lhe revelou.
Mesmo Jesus estando naquele anjo Ele não aceitou a adoração.) E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga:
Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro
que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas
que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro
desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e
das coisas que estão escritas neste livro. Aquele que testifica estas coisas
diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus.
E assim, entendemos que Jesus podia atuar em Miguel
de maneira similar como atuou por meio desse anjo que testificou Dele para
João.
Lúcifer Era o Assistente de Confiança de Deus
Antes de concluirmos este estudo, cremos ser
proveitoso repassarmos algumas colocações que o irmão Branham fez envolvendo a
sua compreensão acerca da atuação deste arcanjo Miguel no passado, e de como
ele ainda poderá atuar no futuro. Miguel sempre esteve em luta constante com
Lúcifer ou Satanás, desde que este se revoltou contra Deus e foi expulso dos Céus.
E para compreendermos isso, o irmão Branham nos levava ao passado,
explicando-nos como tudo era antes que qualquer litígio ou batalha no Céu
tivesse começado.
Antes
de sua queda, Lúcifer gozava ao lado de Miguel de uma posição privilegiada para
com Deus, sendo o Seu assistente de confiança ou o Seu braço direito. Entretanto,
embora ele pudesse fazer qualquer coisa, ele não podia criar.
O Selo
do Anticristo (11/03/1955) §§ 17-18
Você sabia
que no céu, que o Diabo era o assistente de confiança de Deus no princípio,
aquele Lúcifer, o filho da manhã, que fora dado poder? E a razão dele ter
trazido o pecado para dentro do mundo, é porque ele foi capaz de tomar algo que
Deus havia criado, e pervertê-lo de volta em uma coisa maligna, no qual começou
todo este problema no princípio. Então Deus, antes que a fundação do mundo
fosse em algum tempo colocado, quando Ele viu o que Satanás fez... Em seu
orgulho foi para o norte, e levantou um reino, e lutou contra Miguel e seus
Anjos... Você vê isto? O
assistente de confiança do Deus Todo-Poderoso foi Lúcifer, o filho da manhã. No
começo, Deus concedeu a ele quase cooperadores com Ele; ele foi um cooperador,
parcialmente igual com Ele; Satanás somente não podia criar. Deus é o único
Criador, porém Satanás tomou algo que Deus criou e o perverteu de volta em
alguma outra coisa, maligna.
O Pecado Começou no Céu.
O irmão Branham disse
que antes que o pecado começasse na terra pela queda do casal no Jardim do
Éden, o pecado havia começado no Céu.
O Deus Desta Era Maligna
(01/08/1965) § 80
O pecado nunca começou no jardim do Éden; isto começou no Céu quando Lúcifer, o filho da manhã, se exaltou em beleza e queria
um reino mais bonito do que aquele de Miguel.
Satanás Foi Expulso dos Céus
O irmão Branham disse
que pela sua posição honrosa, Lúcifer acabou se tornando uma espécie de
“sabe-tudo”, desejando ser melhor que Miguel ou mesmo Deus. Com a revolta de
Lúcifer em desejar construir um reino semelhante ao de Miguel, este querubim
teve como punição a sua expulsão dos Céus. O irmão Branham disse que Lúcifer
foi expulso por Deus por meio de Miguel a quem Ele ungiu para fazer cumprir a
Sua vontade.
Perguntas e Respostas 9 (28/06/1959) § 99
Satanás foi literalmente expulso do céu por Miguel o
Arcanjo e Deus. E ele foi expulso para a terra, veio para a
terra, entrou na serpente, enganou a Eva, e então tem entrado nos homens,
mulheres, e por todas as eras com a mesma coisa que ele começou no princípio: o
de ter um grande reino, mais bonito do que o de outra pessoa, ser o governador
sobre tudo; o “sabe-tudo”.
Veja que o irmão Branham faz uma distinção de
Miguel e de Deus como dois Seres distintos, o que nos demonstra mais uma vez que
ele não cria da mesma maneira como os adventistas.
Miguel Versus Lúcifer: a Guerra nos Céus
Nessa batalha que foi
travada no Céu, Miguel guerrilhou com Lúcifer. Essa seria a primeira de outras
que ainda viriam.
A Maior Batalha Jamais Pelejada (11/03/1962) §§ 62-63
Esta primeira batalha que foi pelejada, começou
no céu quando Miguel e seus Anjos pelejaram contra Lúcifer e
seus anjos. Ela começou primeiro – a primeira batalha foi no céu, então o pecado não teve sua origem na
terra; ele se originou no Céu. E então ele foi lançado do céu, expulso do céu para a
terra, e caiu sobre os seres humanos. Depois a batalha dos Anjos se tornou uma batalha humana. E Satanás
veio para destruir a criação de Deus. O que Deus criou para Si mesmo, ele tinha (Satanás) vindo para destruir isto. Esse era o seu
propósito: destruir isso. Logo, a
batalha começou aqui sobre a terra, e começou em nós, e tem rugindo desde
então.
Perguntas e Respostas 9
(28/06/1959) § 75
Agora, enquanto eu obtenho a base para isto, que Lúcifer no Céu tratou de exaltar
a si mesmo e chegar até mesmo a estar mais alto que o seu Chefe. (Lembre-se que a
palavra “arcanjo” significa “chefe dos anjos”, portanto o chefe de Lúcifer era
Miguel) E ele
traiu Miguel, e fez a si
mesmo um grande reino no norte, e logo foi expulso para baixo. Ele e os seus
anjos foram lançados fora. A pessoa que perguntou de Apocalipse... isso é sobre
Apocalipse 12, sobre a ilha de Patmos.
Nesta mensagem o irmão Branham responde a
pergunta nº. 5 sobre a queda de Lúcifer onde ele citas as Escrituras de Isaías,
Ezequiel e Apocalipse que ele interpretava como um evento ocorrido no passado.
O
irmão Branham cria que as Escrituras às vezes poderiam ter um duplo sentido ou um significado composto, e embora
quando ele lesse uma Escritura e desse apenas uma interpretação para ela, isso
não significava que ele anulasse a outra interpretação que aquela mesma
Escritura poderia ter.
Lagarta, Locusta, Gafanhoto,
Pulgão (06/12/1953) § 37
Agora,
esta profecia, é claro, como todas as
outras profecias, possuem um significado composto. Uma profecia às vezes tem
um significado natural. Então ela tem um significado espiritual.
Abraão e Sua Descendência Após Ele (23/04/1961) § 9
E não
sendo eficaz na educação; portanto, eu me aproximo das Escrituras do ponto de
vista de um tipo, e mais como um tipologista para tipificar o que foi, o que
vai ser. Porque nós sabemos que as
Escrituras, cada uma tem um significado composto.
A Rainha de Sabá (03/05/1953) § 15
Todas
as Escrituras possuem um significado composto; qualquer estudante sabe isso,
por exemplo, em Mateus 3, quando Ele disse: “Para que se cumprisse ‘Do Egito,
chamei o meu filho’.” Se você for acompanhar a referência a isso, era o Seu
filho, Israel, mas isso também pertencia a Seu Filho, Jesus. As Escrituras possuem um significado
composto.
Certas
Escrituras proféticas podem possuir tanto uma aplicação para um evento passado
como também para um evento futuro. E com base nessa afirmação que o irmão
Branham costumava fazer, podemos então entender que embora o irmão Branham se detivesse
somente a uma interpretação para Apocalipse 12, remontando a uma batalha
angelical ocorrida no passado, podemos ao mesmo tempo apontar os mesmos relatos
desse capítulo a um evento futuro que ainda estaria por vir, principalmente
quando levamos em consideração a todos os elementos de seu contexto, os quais
passaremos a analisar agora:
Apocalipse
12:1-18
E viu-se um grande
sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e
uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estando grávida, gritava com
as dores do parto, sofrendo
tormentos para dar à luz.
Embora possa ser dado outras aplicações para essa mesma Escritura, essa
mulher pode ser uma representação da nação de Israel, ou como o irmão Branham também
chamava, “a igreja ortodoxa judia”, como ele afirmou em várias de suas
mensagens. Em uma delas, sendo o irmão Branham um tipologista, chegou a
mencionar que Noemi era um tipo dessa mesma igreja ortodoxa, os judeus eleitos,
enquanto Rute tipificava a Noiva gentílica. Não é a Igreja que gera esse Filho,
mas pelo contrário, é o Filho que gera para Si uma Igreja. Aqui neste caso,
essa mulher representa a nação de Israel de onde virá o Salvador prometido,
porque como disse Jesus “a salvação vem dos
judeus”. (João 4:22). Ao longo dos séculos, Israel esteve gerando este Filho varão que
simbolizava o Senhor Jesus Cristo. A figura das dores de parto tipifica as
grandes lutas, batalhas e perseguições pelas quais esse povo passaria até que
este Filho surgisse. Satanás sempre tentou de todas as maneiras impedir o
nascimento desse Filho provocando “dores de parto” a este povo. Suas dores começaram
lá no princípio quando Abel foi assassinado por Caim; um outro golpe dado por Satanás
aconteceu quando a linhagem de Sete se corrompeu misturando-se com a ímpia de
Caim; vemos também essa mesma perseguição depois se repetir com a matança das
crianças judias no Egito pelo faraó nos dias do nascimento de Moisés; também
vemos essa mesma estratégia se repetindo nas tentativas de Saul em matar a Davi
de onde viria o Messias; e as mesmas dores da perseguição ocorreram também durante
a trama de Hamã que pretendia exterminar os judeus; e por fim, na investida de
Herodes para matar os recém nascidos de até 2 anos, nos dias do nascimento de
Jesus.
Viu-se também outro
sinal no céu: eis um grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez
chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas; a sua cauda levava após si a
terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou
diante da mulher que estava para dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe
devorasse o filho. E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as
nações com vara de ferro; e o seu filho
foi arrebatado para Deus e para o seu trono.
Esse dragão é Satanás representado pelo império romano. Mas veja que
este Filho varão que nasceu não era um anjo, nem muito menos Miguel, porque ele
não era homem, visto que não somos irmãos de anjos, mas somos irmãos do Filho
Unigênito de Deus, nosso Irmão mais velho. Quando é dito que o Filho foi
arrebatado, isso não está tipificando somente a ressurreição e ascensão de
Jesus Cristo ao Céu, mas também de toda a Igreja, pois Ela é o Seu Corpo
místico. Ela já está inclusive agora morta, ressuscitada e assentada em lugares
celestiais juntamente com Ele. Portanto isso está tipificando não somente o
arrebatamento de Cristo, mas também dos Seus santos, pois os fatos que são
relatados a seguir seguem uma certa ordem cronológica de eventos que ocorrerão
durante a Grande Tribulação, que virá logo em seguida. Há, portanto, a partir
do versículo 6 em diante, um salto na história para outra vez se dirigir àquela
mesma igreja ortodoxa que continuará a ser perseguida.
E a mulher fugiu
para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse
alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.
Veja que agora o quadro profético apresentado aqui muda dramaticamente,
porque da ressurreição de Cristo pulamos direto para a perseguição aos judeus novamente,
agora pelo anticristo durante a Grande Tribulação, porque essa mulher que é
perseguida é a mesma que sofreu as dores de parto. Veja que o dragão não pôde
fazer nada contra o Filho e a Noiva; Ela não poderá ser destruída ou atribulada
porque já estará com Cristo, mas Israel terá que passar por tudo isso. E o que
vem a seguir é um relato de como sucederá todo o processo dessa perseguição futura
que durará 1260 dias ou três anos e meio.
Então houve guerra
no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus
anjos batalhavam, mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no
céu.
Embora essa passagem possa ser usada para se referir a algo ocorrido no
passado, essa Escritura possui um sentido composto porque está apontando igualmente
para um evento que ainda está para acontecer. Haverá uma batalha no céu com
Miguel de onde Satanás ainda tem acesso; porém após isso, seu lugar não será
mais encontrado. Atualmente Satanás ainda é um príncipe e uma potestade do ar,
e embora ele tenha perdido a comunhão com Deus no passado, ele ainda possui algum
tipo de acesso a Deus para nos tentar dia e noite diante Dele, como foi
relatado, por exemplo, no livro de Jó, na ocasião em que Satanás juntamente com
os seus anjos questionara a Deus acerca da fidelidade do Seu servo Jó. Vemos
inclusive o próprio Senhor mencionar ter visto a Satanás descendo do céu: “Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago”. (Lucas 10:18) Porém
após essa batalha com Miguel, Satanás não terá mais acesso a esse céu onde ele está
agora, pois será precipitado definitivamente sobre a terra, ocasião pela qual ele
se encarnará no seu anticristo.
E foi precipitado o
grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na
terra, e os seus anjos foram precipitados com ele. Então, ouvi uma grande voz
no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e o poder, e o reino do nosso
Deus, e a autoridade do Seu Cristo; porque já
foi lançado fora o acusador de nossos irmãos, o qual diante do nosso Deus
os acusava dia e noite.
“Que engana todo o mundo”. Esse “mundo” não se refere somente àqueles
anjos que foram enganados por Lúcifer no passado, mas é uma referência também a
toda a raça humana. Porém isso não poderia ser compreendido dessa forma, se fosse
interpretado que essa peleja com Miguel e a conseqüente precipitação de Satanás
à terra, tivesse acontecido somente antes da criação do homem e de sua
derradeira queda, pois antes disso não havia nenhum pecador na terra para ser
enganado. E observe também que essa peleja no céu que resultou na expulsão do
dragão, não pode estar se referindo somente a um evento anterior ao jardim do
Éden e à queda do homem, pois naquela época não havia nenhum irmão nosso ainda
aqui na terra em pecado para que o dragão pudesse acusar diante de Deus. Portanto
vemos mais uma vez que isso está tratando de algo para o futuro. Satanás terá
que ser expulso do céu porque não haverá mais como ele continuar nos acusando,
sendo que nós já estaremos juntos a Cristo, nosso Advogado. É por isso que a
expulsão de Satanás por Miguel é relatada aqui como um motivo de comemoração,
visto que ele perderá a sua atual posição como acusador, até mesmo contra
Israel, que ainda estará sobre a terra aguardando pela sua salvação.
E eles o venceram
pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas
vidas até a morte. Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Mas
ai da terra e do mar! Porque o Diabo desceu a vós com grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta.
Como já sabemos, esse tempo são os 1260 dias ou três anos e meio. Esse
será o pouco tempo que Satanás terá para agir depois que for expulso dos céus
por Miguel.
Quando o dragão se viu
precipitado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão.
Depois que a mulher (Israel) deu à luz ao Filho varão e este foi
arrebatado (que é Cristo e o Seu Corpo místico, a Noiva), o dragão será precipitado
na terra e passará a perseguir a mulher na Grande Tribulação. Aqui diz que o
dragão só foi precipitado à terra depois que a mulher deu à luz ao Filho varão
que foi arrebatado, não antes, e essa perseguição durará três anos e meio.
O
Significado Composto em Ezequiel e Isaías
Há registros igualmente dessa rebelião e queda de Satanás ocorrida
no passado nas Escrituras de Isaías e Ezequiel. Entretanto, se fizermos uma
observação atenta para essas Escrituras, assim como fizemos com a de Apocalipse
12, veremos que elas da mesma maneira nos apontam tanto para algo ocorrido no
passado, como ao mesmo tempo para algo que ainda ocorrerá no futuro.
Ezequiel
28:12-19 Filho do homem, levanta
uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Tu és
o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim
de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante,
o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda; de ouro te
fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles
preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no
monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus
caminhos, desde o dia em que foste criado até
que se achou iniquidade em ti. (Na teologia de William Branham ele teve
ciúmes de Miguel e desejou ter um reino igual ao dele e o traiu com um terço
dos anjos.) Na
multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e
pecaste; pelo que te lançarei, profanado,
fora do monte de Deus, e te farei perecer, (Isso está no
futuro, porque não se refere somente à Satanás quando pelejará outra vez com
Miguel, mas também ao seu anticristo) ó querubim da guarda, em meio ao brilho das
pedras. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua
sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te
pus, para que te contemplem. Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio, (essa
palavra “comércio” aparece duas vezes. Sabemos que no reinado do anticristo
nada poderá ser comercializado a menos que todos se submetam ao sistema imposto
pelo seu domínio) profanaste os teus santuários; Eu, pois, fiz sair do meio de ti um
fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplam. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti;
vens a ser objeto de espanto e jamais subsistirás.
Veja
que isso não está tratando somente de algo que teria ocorrido no passado, mas
também do que acontecerá no futuro. Todo o mundo verá literalmente a destruição
de Satanás e do seu anticristo.
Isaías
14:12-17
Como
caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por
terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao
céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da
congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais
altas, e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo, serás precipitado para o reino
dos mortos, no mais profundo do abismo. Os que te virem te contemplarão, hão de
fitar-te e dizer-te: É este o homem que fazia estremecer a terra e tremer os
reinos? Que punha o mundo como um deserto e assolava as suas cidades? Que a
seus cativos não deixava ir para casa?
Essa
Escritura, juntamente com a de Ezequiel, também é muito usada para se referir à
rebelião de Lúcifer no passado, mas Ela também pode ser usada para compreender
sobre de que maneira será a sua derradeira queda após a batalha com Miguel no
futuro; e o homem que fará tremer os povos e reinos será o anticristo que será
derrotado na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Miguel Virá em Favor do Povo de Deus no Tempo do Fim
O
irmão Branham ensinava que Miguel voltará para atuar como libertador de Israel
e dos santos de Deus.
O Princípio e o Fim da
Dispensação Gentia (9/10/1955) § 101
“Miguel, o grande príncipe, se levantará
pelo” (quê?) “pelo teu povo.” Muito bem. E
muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão (quando?) quando
estes períodos de tempo se derem, e uns
para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.
O Princípio e o Fim da Dispensação Gentia (9/10/1955) § 128
“Naquele dia, Miguel se levantará pelo povo.” Ele não se levantará pelas nações.
Ele se levantará pelo povo. “E muitos daqueles que dormem no pó da terra,
alguns ressuscitarão para a vergonha e o desprezo eterno. Porém aqueles que são
sábios e tornam muitos à justiça, brilharão como as estrelas para sempre e
sempre.” Aleluia!
Lúcifer e Miguel Se Encontrarão Novamente
E
assim como o irmão Branham falava de uma peleja ocorrida no passado entre
Miguel e Lúcifer, ele ao mesmo tempo afirmava que novamente ambos se
enfrentariam em uma outra batalha futura, que como nos mostram igualmente as
Escrituras, começará ainda no céu e terminará na terra. Nessa luta, Miguel não
batalhará por conta própria, mas por uma comissão dada por Deus, portanto na
verdade será uma batalha entre Cristo e Satanás.
A Festa das Trombetas
(19/07/1964) §§ 206-207
Observem, enquanto esse grupo está
cavalgando, aprontando-se para eliminar tudo que não concorde com eles, há
outro grupo sendo preparado, depois de um tempo, Apocalipse 19. A próxima vez
que se ouve da Igreja, Ela vem, também, não exatamente montada em cavalos, mas
a Bíblia diz: “Ele estava montado em um cavalo branco, e as hostes do Céu O
estavam seguindo, em cavalos brancos.” Está certo? Enquanto este grupo aqui embaixo
tem dois mil presos junto ao rio Eufrates, e têm estado presos por dois mil
anos, também essa igreja tem mantido o Espírito Santo preso por quase dois mil
anos, sob martírio lá atrás, e sob as eras da igreja. Tem estado preso, não
junto ao rio Eufrates, mas à porta de credos e dogmas, de modo que o Espírito
Santo não pode operar na igreja por causa de sistemas feitos pelo homem. Mas
Ela vai ser liberada, Ela está voltando, isso é o que a Bíblia diz. E esses dois se encontram um com o outro no campo de
batalha. Lúcifer e Miguel novamente, como no princípio, eles têm
estado presos por dois mil anos, quase, quase por dois mil anos.
O Quarto Selo
(21/03/1963) § 279
A
primeira coisa, no Céu, foi uma batalha. Lúcifer foi expulso, e veio para a
terra. Depois ele poluiu o Éden; e continuou poluindo desde então. E agora, da batalha no Céu, está chegando à
batalha na terra; e é para terminar na terra, no tempo do fim, numa batalha
chamada Armagedom. Agora, qualquer um sabe disso. A batalha começou no
Céu, santa, e assim eles o expulsaram. Miguel
e Seus Anjos o derrotaram, foi expulso. E quando o fizeram, caiu
exatamente no Éden, e aqui começou a batalha aqui embaixo.
E tão certo como Miguel venceu a primeira batalha no céu,
certamente que quando a última batalha ocorrer Ele voltará a vencer. Porém não
será a um anjo que a Noiva estará aguardando, mas ao Filho de Deus que virá em
um corpo visível para tomar a Sua Igreja. Deus prometeu isso em Sua Palavra e
Ele é fiel para cumpri-La, e é nessa promessa que nós confiamos o nosso destino
e o nosso futuro.
Shalom (19/01/1964) § 148
Agora vemos a Sua Palavra vindicada. Nós
cremos. Então se Ele vindicou a Palavra de hoje, o que Ela é, de que me importa
o que o ano traz? De que me importa o ano que vem? De que me importa se eu
viver hoje ou morrer hoje? Cada Palavra que Ele prometeu será vindicada, cada
uma! Se Ele pode fazer isso hoje, depois de prometer dois mil anos atrás; se
for cem mil anos, hoje, Jesus voltará à
terra num corpo visível, para uma Igreja, uma – uma Redimida, a Noiva, e
levá-La para fora daqui. Independente do que acontecer, de modas, de dizer
“continuem,” e as pessoas podem com dificuldade andar em trevas totais e crer
em qualquer coisa que queiram crer, mas Jesus
Cristo voltará novamente. Confio a Ele o futuro, então. “Senhor Deus, não
sei o que o amanhã reserva, mas sei que Tu tens o amanhã nas mãos.”
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